Podemos resumir em poucas palavras alguns pontos essenciais relativos a astrologia. No momento do nascimento, cada indivíduo é associado de uma maneira alquímica a um dos planetas do Sistema Solar, por meio da essência vibratória e química que é insuflada em seu corpo e que estabelece uma afinidade química com a natureza e as características daquele planeta em particular. Assim, com o primeiro sopro de vida, algumas combinações químicas de energia vibratória são insufladas no corpo da criança, em consonância com aquelas dos diferentes planetas do nosso Sistema Solar, e durante toda a existência cada um de nós está ligado a esses planetas de acordo com a natureza alquímica de sua composição física. Assim, pode-se dizer que certas características, implantadas no corpo desde o nascimento, vão afetar as emoções, as tendências e os desejos de cada ser humano. Os doze tipos humanos fundamentais são representados pelos doze signos do Zodíaco e as diversas naturezas complexas que encontramos na Terra resultam das influências combinadas dos planetas e dos signos do Zodíaco.
Ainda que interessado pela astrologia no âmbito de um melhor autoconhecimento, nenhum místico deve jamais esquecer que o homem dispõe sempre do livre-arbítrio, faculdade fundamental de sua natureza altamente evoluída. De modo que todo estudante de astrologia deve constantemente ter em mente a célebre fórmula "astra inclinant, non necessitant", isto é, “ os astros inclinam, não obriga”'.
ZODÍACO E SAÚDE
OS PONTOS FRACOS DE CADA SIGNO
CARNEIRO- Sistema nervoso e cabeça, cáries, gengivites, febres.
TOURO- Garganta e parte superior do aparelho respiratório
GÊMEOS- Aparelho respiratório, bronquite, asma, enfísema.
CARANGUEJO- Aparelho digestivo, constipações, doenças de pele retenção de líquido.
LEÃO- Sistema cardiovascular, coluna vertebral.
VIRGEM- Intestinos e sistema nervoso.
BALANÇA- Rins, lumbago, nefrite, cálculos.
ESCORPIÃO- Órgãos reprodutores, hemorróidas, fistulas.
SAGITÁRIO- Disfunções circulatórias, gota, reumatismo, ciática,
Flebite.
CAPRICÓRNIO- Artroses, reumatismo, artrites, pele, cáries.
AQUÁRIO- Disfunções cardiovasculares, varizes, hemorróidas, cãimbras
PEIXES- Reumatismo, intoxicações, doenças de pele.
QUALIDADES ESPECÍFICAS DA ENERGIA
No signo onde O SOL está, vai nos mostrar como a pessoa é, como percebe a vida. O modo de ser.
No signo onde A LUA se encontra, a pessoa reage baseada em suas emoções e predisposições subconscientes.
No signo onde MERCÚRIO aparece, como a pessoa fala e se comunica.
No signo onde aparece VÊNUS, como a pessoa expressa afeição, amor, como ela se sente amada.
No signo onde MARTE se posiciona, como a pessoa se afirma ou expressa os seus desejos. Que tônica tem a ação dessa pessoa.
No signo onde está JÚPITER, indica como a pessoa procura desenvolver-se, e sentir confiança em si mesma, como estabelece os seus objetivos e metas.
No signo onde encontra-se SATURNO, como a pessoa procura estabelecer-se e, preservar-se através do esforço, do trabalho, e da responsabilidade.
REGENTES
ÁRIES MARTE
TOURO VÊNUS
GÊMEOS MERCÚRIO
CÂNCER LUA
LEÃO SOL
VIRGEM MERCÚRIO
LIBRA VÊNUS
ESCORPIÃO PLUTÃO
SAGITÁRIO JÚPITER
CAPRICÓRNIO SATURNO
AQUÁRIO URANO
PEIXES NETUNO
OS SIGNOS ESTÃO DIVIDIDOS EM 4 ELEMENTOS
TERRA - extrutura óssea
AR - respiração
ÁGUA - sangue e linfa
FOGO - temperatura do corpo
SIGNOS DE AR - GÊMEOS, LIBRA, AQUÁRIO
Processos mentais, pensamentos, reflexão, mente concreta e abstrata.
Tendem a se elevar acima dos conflitos , e a flutuar ao redor deles.
SIGNOS DE ÁGUA – CÂNCER, ESCORPIÃO, PEIXES
Processos emocionais. Tendem a escapar dos conflitos, a escorrer ao redor, ou então, desgastam as coisas e pessoas que servem de obstáculos.
SIGNOS DE TERRA - TOURO, VIRGEM, CAPRICÓRNIO
Nos limites entre espaço e tempo. O lado objetivo. Tendem a desdenhar o conflito. Preferem absorver o impacto lentamente. Tendem a agredir o obstáculo. Pouca enfase em signos de terra, essas pessoas não têm paciencia para esperar acontecer, para ver o que se começou progredir e chegar ao fim.
SIGNOS DE FOGO - ÁRIES, LEÃO, SAGITÁRIO.
A impulsividade, a força de vontade, a iniciativa, a decisão. Verdadeira bola de fogo girando. O próprio Sol. Esquentamento da cabeça. Ombros para cima. Na troca, o ar suaviza e refresca. Energia. Expor a cabeça e os ombros aos raios solares. Tendem a vencer os obstáculos pela força, queimando ou afugentando-os.
CARACTERÍSTICAS A SEREM VENCIDAS
AR –cobiça mental. Querer chegar a um conhecimento supremo
FOGO – a cólera.
ÁGUA – a paixão.
TERRA – a fixação e dificuldades pára mudar.
MANEIRA DE SER - de acordo com o número de planetas nas casas:
FOGO- I IX V - necessidade de expressão.
TERRA - II VI X - necessidade de dar forma aos pensamentos e necessidade de conquistar os espaços sociais.
AR – III VII XI – necessidade de projeção social. Pessoas inteligentes e sociáveis. Projetam muito bem.
ÁGUA - IV VIII – grande sensibilidade. Intuição, Necessidade de investigar psíquicamente.
CRUZ FIXO -TOURO ( terra )
- ESCORPIÃO (água )
- AQUÁRIO ( ar)
- LEÃO ( fogo )
Palavra chave- “Usar” – manter a energia
Característica - SINTETIZADORA
As pessoas que nascem nos signos fixos são mais resistentes, mais teimosas nas mudanças.
CRUZ CARDINAL – ÁRIES ( fogo )
- CAPRICÓRNIO - ( terra )
- LIBRA - ( ar)
- CÂNCER - ( água )
Palavra chave- “Ser” - mudar a energia.
Característica- INICIADORA
Essas pessoas têm força para fazer mudanças. Resistem menos.
CRUZ MUTÁVEL - GÊMEOS -( terra)
- PEIXES - ( ar)
- SAGITÁRIO – (fogo )
- VIRGEM - ( água )
Palavra chave- “transformar” -
Característica- MODIFICADORAA pessoa sempre vai entender a personalidade dela através do signo oposto, por exemplo- áries/libra. As partes em nós que aceitamos, e que no primeiro momento rejeitamos ou projetamos nos outros, acabamos por reconhecer em nós mesmos e aceitar, para que haja completa integração entre essas duas partes.
O oposto do signo solar, o lunar ou fundo do céu, é desafiador para o nosso processo.
A casa onde temos muitos planetas, também é aspecto desafiador, pois sempre tensionam.
Todos os ascendentes que têm planetas com a regencia Venus, dá ao indivíduo uma certa feminilidade.
Quanto aos signos de fogo, estes darão à pessoa uma força muito grande, ou certa atividade.
O fundo do céu refere-se ao passado e está assimilado.
O meio do céu refere-se ao futuro e é preciso integrar.
Os signos duais, como peixes/libra/gemeos, gera insegurança e dúvida. Sempre questiona as polaridades, luz/sombra, certo/errado....principalmente se o sol, a lua e o ascendente estiverem aqui estas características serão fortalecidas e as pessoas demoram para aceitar essas características nelas.
Geralmente, os piscianos são” fugitivos”, e os librianos possuem muitos aspectos desarmonicos.
O ASCENDENTE - ponto mais sensível
-ponto de conexão com o mundo externo
-senso de identidade e a personalidade que os outros conhecem
-a impressaõ que causamos nas pessoas, naquele primeiro encontro
persona
O MEIO DO CÉU –
- está ligado aos nossos objetivos e posição social.ambições e realizações mais altas.
-como o público nos vê
-nossa carreira profissional
O IMMUM COELI – ponto oposto ao meio do céu
-o lado oculto e inconsciente de nossas experiências
-esclarece aspectos do nosso comportamento, e atitudes para com o lar e a vida familiar
-o tipo de lar que construiremos, assim como nossas raízes familiares e tradições.
A PARTE SUPERIOR DO MAPA – ( sul)
- relaciona-se com a nossa experiência do mundo exteriorizado.
A PARTE INFERIOR DO MAPA – (norte)
-relaciona-se com o lado inconsciente e com nossas preocupações mais pessoais , e cotidiana.
O LADO LESTE – ligado às nossas atividades.
-O controle do Ego, que exerce-se sobre todas as coisas.
O LADO OESTE –
-as partes de nós, as influências planetárias que se ligam à influência dos outros, sobre nossas experiências de vida.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
sábado, 24 de novembro de 2007
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
Relaxamento Físico
Muito se tem escrito sobre a relaxação, do ponto de vista objectivo. Pode o misticismo lançar alguma luz sobre este assunto?
Possui o místico qualquer chave ou processos singulares para conseguir a relaxação?
A relaxação é um factor muito mais importante para a vida, do que, infelizmente, a maioria de nós imagina. Há muitas coisas que podem ser mais facilmente conseguidas, não pela actividade, mas, pela passividade, ou por meio da relaxação.
Sabemos que a actividade física requer dispêndio de energia. Esse dispêndio é regulado pela quantidade de energia requerida pelos nossos esforços. Por exemplo, quando erguemos uma das mãos até o rosto, este acto em si mesmo, requer muito pouco esforço, talvez, raramente dele tenhamos consciência.
Por outro lado, se devemos levantar um peso de setenta quilos, como um alter, acima da nossa cabeça e com um só braço, então, despendemos muito mais esforço. Toda a força que a vontade concentrar será dirigida pela mente, através dos nervos motores, para contrair os músculos devidos, permitindo-nos assim impelir esse peso para cima.
Sabemos que a contínua demanda de nossa energia nos exaure. Então, a natureza exige que um estado oposto seja estabelecido, de modo que possamos recuperar a energia despendida. Esse estado oposto é conhecido como repouso.
Então, que é exactamente o repouso, no que concerne ao organismo humano?
O repouso pode ser melhor descrito pela palavra relaxação, que, por sua vez, significa afrouxar, ou seja, libertar-se de tensão ou esforço.
Tomemos a analogia da tira de borracha, para compreendermos melhor este ponto. A posição normal de uma tira de borracha é aquela em que ela não está estirada. Quando ela se encontra nessa posição normal, potencialmente capaz de trabalho. Isto é, nela existe a possibilidade de se estender a fim de realizar alguma função que chamaríamos de trabalho.
A distensão constante da tira de borracha acaba reduzindo seu potencial para realizar qualquer trabalho. Em outras palavras, a borracha perde sua elasticidade. Entretanto, se relaxamos periodicamente a tensão dessa tira, ela se contrai gradativamente e, então, afrouxa-se, retornando à sua posição normal e, portanto, recuperando sua elasticidade, seu potencial para realizar novo trabalho.
Isto é também verdadeiro em relação ao nosso corpo e ao nosso cérebro, ou seja, às nossas funções físicas e mentais.
Somos constituídos de tal forma que precisamos nos entregar a estados passivos, para recuperarmos as forças expendidas. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe relaxar, ou, se tem alguma ideia de como fazê-lo, por várias razões não acha tempo suficiente para isto.
Quando gastamos energia em alto grau, tornamo-nos fatigados. Esta fadiga, ou antes, a sensação de fadiga, é causada por uma condição tóxica que se estabelece no sangue. A natureza lança no sangue um ácido tânico, podemos dizer uma espécie de veneno, que age como uma droga e impede que prossigamos com a nossa actividade, sob pena de causarmos grande prejuízo a nós mesmos.
Talvez, ao nos estirarmos numa cama confortável, ou sentarmos numa poltrona macia, acreditemos que estamos relaxando, mas, nem sempre é o bastante. Naturalmente, isto proporciona uma sensação momentânea de alívio, que frequentemente nos engana, porque presumimos que constitui uma relaxação perfeita, e certos músculos e nervos são realmente aliviados de tensão, porém, repetimos, isto nem sempre é suficiente, e é por esta razão que sobrevem o cansaço, quando retomamos nossas actividades.
A relaxação não implica necessariamente em que o estado passivo se prolongue por muito tempo. É mais importante que a relaxação seja de natureza correcta.
Quando somos impelidos a executar continuamente alguma tarefa, ou a realizar uma série de actividades pelo uso da vontade, estabelecemos uma lei em nossa mente subjectiva, no sentido de agir da maneira desejada. Criamos um impulso que não pode ser facilmente detido, mesmo que decidamos parar.
Portanto, quando paramos de facto, devido ao cansaço, essa lei continua em operação e ainda pode afectar certas partes do nosso organismo. A mente subjectiva pode continuar a enviar impulsos pelos nervos motores, para certos plexos dos músculos que estivemos usando, sob a forma de estímulo. Esses estímulos poderão não ser suficientemente fortes para nos compelir a continuar trabalhando contra a nossa vontade, porém, impedirão relaxação total, mesmo que tenhamos cessado as actividades.
Para produzir a necessária relaxação é preciso aplicar às regiões do corpo que estiverem sendo usadas em excesso, uma verdadeira massagem mental. Naturalmente, convém, em primeiro lugar, colocar os braços e as pernas na posição mais confortável possível.
Não devemos sentar de modo que possa provocar qualquer cãibra. É necessário uma postura correcta e a roupa não deve estar muito apertada. Deve-se evitar que coisa alguma nos mantenha sob tensão.
Em seguida, devemos dirigir a nossa consciência para a região em particular que estamos usando em excesso (os braços, as pernas, as costas, etc.) qualquer ponto em que estejamos conscientes de fadiga.
Devemos dirigir a nossa consciência para esse ponto de modo que estejamos sensíveis apenas a essa região em particular. Tudo deverá se passar como se unicamente essa parte do nosso Ser estivesse viva. Tudo o mais deverá parecer adormecido ou sem vida. Finalmente, se formos bem sucedidos em dirigir nossa consciência deste modo, sentiremos uma ligeira pulsação, ou um certo calor, nessa região. Estaremos então verdadeiramente estimulando as células daquela área, por dirigirmos para elas a nossa energia mental.
Ao sentirmos esse calor e essa pulsação, devemos fazer uma série de inalações profundas, para trazer o elemento positivo.
Devemos sustar a respiração por quanto tempo pudermos fazê-lo convenientemente e, depois, exalar lentamente. Deste modo, dirigimos a vitalizada consciência psíquica às áreas deficientes de energia.
Quando não mais pudermos aumentar esse calor, isto é, a consciência do calor na área que estiver sendo focalizada, deveremos parar de nos concentrar.
Quando o fizermos a sensação de calor e pulsação cessará gradativamente. Mas, aqui está o factor importante: com o cessar destas sensações, o desconforto, ou a fadiga, também cessará. Isto se deve ao fato de termos aliviado os nervos e os músculos dessa área dos estímulos subjectivos, dos persistentes impulsos decorrentes do hábito que havíamos estabelecido ao nos compelirmos ao trabalho.
Esta massagem mental, como podemos adequadamente chamá-la, consiste, na realidade, no uso de nossa consciência para regenerar o nosso organismo.
Relaxamento mental
A relaxação mental requer uma técnica um pouco diferente. Nunca poderemos estar totalmente relaxados se a mente permanecer activa, mesmo que nos tenhamos aliviado do esforço do trabalho físico. Se, enquanto estivermos deitados, ainda for despendida energia mental em pensamentos, sobre os problemas do dia, ou planos, ou mesmo, na simples percepção das coisas que estão ao nosso redor, então, persistirá uma tensão.
Por conseguinte, devemos tentar permanecer tão isentos de actividade mental quanto possível.
O libertarmos de súbito a nossa mente de toda actividade, de todas as impressões existentes em nossa consciência, é muito difícil, como todos nós sabemos, por já termos tentado. Quando tentamos parar de pensar, ou suspender os processos mentais subitamente, quando a mente está bastante activa, passa a ocorrer uma ideação caótica. As ideias continuam a passar pela nossa consciência, porém, não são dirigidas e, por isto, constituem uma confusão de pensamentos desordenados.
Por analogia, suponhamos que estamos dirigindo numa estrada e, de repente, decidimos soltar o volante. O fato de o fazermos não significaria que o carro pararia imediatamente de se deslocar. Ele continuaria a correr, porém, fora de controle. As mesmas condições ocorrem quando tentamos relaxar de súbito a mente.
A transição do estado mental activo para o passivo deve ser necessariamente gradativa. Isto se consegue focalizando melhor a consciência em uma única ideia, tal como alguma forma visual simples. Por exemplo, podemos tentar pensar em um símbolo geométrico simples, como uma cruz, um triângulo, um quadrado ou um círculo. Devemos deixar que os outros pensamentos desapareçam da nossa mente. Devemos visualizar a imagem do círculo, por exemplo. Ele poderá ter um diâmetro pequeno, não ultrapassando alguns centímetros. Devemos nos forçar a criar uma imagem mental desse círculo. Se necessário, podemos primeiro traçar na tela da consciência uma metade do círculo e, depois, a outra metade. Se continuarmos a manter essa imagem na mente, nela focalizando exclusivamente a consciência, então a imagem acabará por se tornar monótona, porque a consciência é um estado activo.
Verificaremos que será necessário usar, cada vez mais, a força de vontade para reter a imagem do círculo na mente. Esta lutará para escapar à restrição desta única imagem. Por fim, a vontade será derrotada. Não perderemos a consciência, mas, verificaremos que seremos incapazes de continuar a sustentar o pensamento, ou antes, de continuar a visualizar o círculo. Quando essa imagem desaparecer de nossa consciência, não será substituída por qualquer outro pensamento. Estaremos quase completamente em um estado subjectivo. Sentiremos, então, muita tontura, e é recomendável que nos deixemos adormecer, mesmo que apenas por alguns instantes.
Esta relaxação é de grande benefício para o Eu psíquico. O período deste sono, quando tivermos realmente disciplinado nossa mente objectiva, é uma ocasião excelente para a harmonização. Estamos livres de quaisquer impressões objectivas dominantes, de modo que as mais subtis vibrações do Eu subjectivo, interior, podem se tornar manifestas. Ao acordarmos, talvez tenhamos consciência de impressões psíquicas que sentimos (de certas experiências).Nossa mente poderá estar estimulada com ideias criadoras e, de modo geral, sentir-nos-emos bastante revigorados, mental e fisicamente.
Muito se tem escrito sobre a relaxação, do ponto de vista objectivo. Pode o misticismo lançar alguma luz sobre este assunto?
Possui o místico qualquer chave ou processos singulares para conseguir a relaxação?
A relaxação é um factor muito mais importante para a vida, do que, infelizmente, a maioria de nós imagina. Há muitas coisas que podem ser mais facilmente conseguidas, não pela actividade, mas, pela passividade, ou por meio da relaxação.
Sabemos que a actividade física requer dispêndio de energia. Esse dispêndio é regulado pela quantidade de energia requerida pelos nossos esforços. Por exemplo, quando erguemos uma das mãos até o rosto, este acto em si mesmo, requer muito pouco esforço, talvez, raramente dele tenhamos consciência.
Por outro lado, se devemos levantar um peso de setenta quilos, como um alter, acima da nossa cabeça e com um só braço, então, despendemos muito mais esforço. Toda a força que a vontade concentrar será dirigida pela mente, através dos nervos motores, para contrair os músculos devidos, permitindo-nos assim impelir esse peso para cima.
Sabemos que a contínua demanda de nossa energia nos exaure. Então, a natureza exige que um estado oposto seja estabelecido, de modo que possamos recuperar a energia despendida. Esse estado oposto é conhecido como repouso.
Então, que é exactamente o repouso, no que concerne ao organismo humano?
O repouso pode ser melhor descrito pela palavra relaxação, que, por sua vez, significa afrouxar, ou seja, libertar-se de tensão ou esforço.
Tomemos a analogia da tira de borracha, para compreendermos melhor este ponto. A posição normal de uma tira de borracha é aquela em que ela não está estirada. Quando ela se encontra nessa posição normal, potencialmente capaz de trabalho. Isto é, nela existe a possibilidade de se estender a fim de realizar alguma função que chamaríamos de trabalho.
A distensão constante da tira de borracha acaba reduzindo seu potencial para realizar qualquer trabalho. Em outras palavras, a borracha perde sua elasticidade. Entretanto, se relaxamos periodicamente a tensão dessa tira, ela se contrai gradativamente e, então, afrouxa-se, retornando à sua posição normal e, portanto, recuperando sua elasticidade, seu potencial para realizar novo trabalho.
Isto é também verdadeiro em relação ao nosso corpo e ao nosso cérebro, ou seja, às nossas funções físicas e mentais.
Somos constituídos de tal forma que precisamos nos entregar a estados passivos, para recuperarmos as forças expendidas. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe relaxar, ou, se tem alguma ideia de como fazê-lo, por várias razões não acha tempo suficiente para isto.
Quando gastamos energia em alto grau, tornamo-nos fatigados. Esta fadiga, ou antes, a sensação de fadiga, é causada por uma condição tóxica que se estabelece no sangue. A natureza lança no sangue um ácido tânico, podemos dizer uma espécie de veneno, que age como uma droga e impede que prossigamos com a nossa actividade, sob pena de causarmos grande prejuízo a nós mesmos.
Talvez, ao nos estirarmos numa cama confortável, ou sentarmos numa poltrona macia, acreditemos que estamos relaxando, mas, nem sempre é o bastante. Naturalmente, isto proporciona uma sensação momentânea de alívio, que frequentemente nos engana, porque presumimos que constitui uma relaxação perfeita, e certos músculos e nervos são realmente aliviados de tensão, porém, repetimos, isto nem sempre é suficiente, e é por esta razão que sobrevem o cansaço, quando retomamos nossas actividades.
A relaxação não implica necessariamente em que o estado passivo se prolongue por muito tempo. É mais importante que a relaxação seja de natureza correcta.
Quando somos impelidos a executar continuamente alguma tarefa, ou a realizar uma série de actividades pelo uso da vontade, estabelecemos uma lei em nossa mente subjectiva, no sentido de agir da maneira desejada. Criamos um impulso que não pode ser facilmente detido, mesmo que decidamos parar.
Portanto, quando paramos de facto, devido ao cansaço, essa lei continua em operação e ainda pode afectar certas partes do nosso organismo. A mente subjectiva pode continuar a enviar impulsos pelos nervos motores, para certos plexos dos músculos que estivemos usando, sob a forma de estímulo. Esses estímulos poderão não ser suficientemente fortes para nos compelir a continuar trabalhando contra a nossa vontade, porém, impedirão relaxação total, mesmo que tenhamos cessado as actividades.
Para produzir a necessária relaxação é preciso aplicar às regiões do corpo que estiverem sendo usadas em excesso, uma verdadeira massagem mental. Naturalmente, convém, em primeiro lugar, colocar os braços e as pernas na posição mais confortável possível.
Não devemos sentar de modo que possa provocar qualquer cãibra. É necessário uma postura correcta e a roupa não deve estar muito apertada. Deve-se evitar que coisa alguma nos mantenha sob tensão.
Em seguida, devemos dirigir a nossa consciência para a região em particular que estamos usando em excesso (os braços, as pernas, as costas, etc.) qualquer ponto em que estejamos conscientes de fadiga.
Devemos dirigir a nossa consciência para esse ponto de modo que estejamos sensíveis apenas a essa região em particular. Tudo deverá se passar como se unicamente essa parte do nosso Ser estivesse viva. Tudo o mais deverá parecer adormecido ou sem vida. Finalmente, se formos bem sucedidos em dirigir nossa consciência deste modo, sentiremos uma ligeira pulsação, ou um certo calor, nessa região. Estaremos então verdadeiramente estimulando as células daquela área, por dirigirmos para elas a nossa energia mental.
Ao sentirmos esse calor e essa pulsação, devemos fazer uma série de inalações profundas, para trazer o elemento positivo.
Devemos sustar a respiração por quanto tempo pudermos fazê-lo convenientemente e, depois, exalar lentamente. Deste modo, dirigimos a vitalizada consciência psíquica às áreas deficientes de energia.
Quando não mais pudermos aumentar esse calor, isto é, a consciência do calor na área que estiver sendo focalizada, deveremos parar de nos concentrar.
Quando o fizermos a sensação de calor e pulsação cessará gradativamente. Mas, aqui está o factor importante: com o cessar destas sensações, o desconforto, ou a fadiga, também cessará. Isto se deve ao fato de termos aliviado os nervos e os músculos dessa área dos estímulos subjectivos, dos persistentes impulsos decorrentes do hábito que havíamos estabelecido ao nos compelirmos ao trabalho.
Esta massagem mental, como podemos adequadamente chamá-la, consiste, na realidade, no uso de nossa consciência para regenerar o nosso organismo.
Relaxamento mental
A relaxação mental requer uma técnica um pouco diferente. Nunca poderemos estar totalmente relaxados se a mente permanecer activa, mesmo que nos tenhamos aliviado do esforço do trabalho físico. Se, enquanto estivermos deitados, ainda for despendida energia mental em pensamentos, sobre os problemas do dia, ou planos, ou mesmo, na simples percepção das coisas que estão ao nosso redor, então, persistirá uma tensão.
Por conseguinte, devemos tentar permanecer tão isentos de actividade mental quanto possível.
O libertarmos de súbito a nossa mente de toda actividade, de todas as impressões existentes em nossa consciência, é muito difícil, como todos nós sabemos, por já termos tentado. Quando tentamos parar de pensar, ou suspender os processos mentais subitamente, quando a mente está bastante activa, passa a ocorrer uma ideação caótica. As ideias continuam a passar pela nossa consciência, porém, não são dirigidas e, por isto, constituem uma confusão de pensamentos desordenados.
Por analogia, suponhamos que estamos dirigindo numa estrada e, de repente, decidimos soltar o volante. O fato de o fazermos não significaria que o carro pararia imediatamente de se deslocar. Ele continuaria a correr, porém, fora de controle. As mesmas condições ocorrem quando tentamos relaxar de súbito a mente.
A transição do estado mental activo para o passivo deve ser necessariamente gradativa. Isto se consegue focalizando melhor a consciência em uma única ideia, tal como alguma forma visual simples. Por exemplo, podemos tentar pensar em um símbolo geométrico simples, como uma cruz, um triângulo, um quadrado ou um círculo. Devemos deixar que os outros pensamentos desapareçam da nossa mente. Devemos visualizar a imagem do círculo, por exemplo. Ele poderá ter um diâmetro pequeno, não ultrapassando alguns centímetros. Devemos nos forçar a criar uma imagem mental desse círculo. Se necessário, podemos primeiro traçar na tela da consciência uma metade do círculo e, depois, a outra metade. Se continuarmos a manter essa imagem na mente, nela focalizando exclusivamente a consciência, então a imagem acabará por se tornar monótona, porque a consciência é um estado activo.
Verificaremos que será necessário usar, cada vez mais, a força de vontade para reter a imagem do círculo na mente. Esta lutará para escapar à restrição desta única imagem. Por fim, a vontade será derrotada. Não perderemos a consciência, mas, verificaremos que seremos incapazes de continuar a sustentar o pensamento, ou antes, de continuar a visualizar o círculo. Quando essa imagem desaparecer de nossa consciência, não será substituída por qualquer outro pensamento. Estaremos quase completamente em um estado subjectivo. Sentiremos, então, muita tontura, e é recomendável que nos deixemos adormecer, mesmo que apenas por alguns instantes.
Esta relaxação é de grande benefício para o Eu psíquico. O período deste sono, quando tivermos realmente disciplinado nossa mente objectiva, é uma ocasião excelente para a harmonização. Estamos livres de quaisquer impressões objectivas dominantes, de modo que as mais subtis vibrações do Eu subjectivo, interior, podem se tornar manifestas. Ao acordarmos, talvez tenhamos consciência de impressões psíquicas que sentimos (de certas experiências).Nossa mente poderá estar estimulada com ideias criadoras e, de modo geral, sentir-nos-emos bastante revigorados, mental e fisicamente.
domingo, 18 de novembro de 2007
Meditação - A Busca do Mestre Interior
Quando alguém pergunta sobre aquilo que entendemos por meditação, qual é a imagem que se apresenta para cada um de nós? Será que a ideia que temos é de que meditação é igual a relaxamento? Ou ainda que meditação é igual a concentração? Ou será que meditar é visualizar?
No dicionário meditar é igual a reflexão, contemplação mental, pensar sobre, considerar, ponderar, reflectir…
Também podemos pensar que meditar é treinar sistematicamente a nossa atenção. É o esforço que fazemos para exercitar a atenção e aumentar a nossa capacidade de concentração.
Algo que precisamos saber é que, meditar e relaxar, são coisas diferentes.
Porém uma coisa é certa, é o método mais antigo que conhecemos para tranquilizar a mente e relaxar o corpo
Qual é o objectivo da meditação? Porquê e para quê meditamos?
O objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do auto conhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada. É desenvolver as nossas capacidades de concentração e de percepção.
Através da técnica de relaxamento proporcionamos ao corpo físico repouso profundo enquanto que a mente continua alerta. Nesta condição, no chamado “estado alfa”, fazemos baixar a pressão sanguínea e diminuímos o ritmo cardíaco, e assim o corpo físico pode recuperar-se do “stress” do dia a dia.
Temos medo de praticar a meditação? Que medo é esse?
Acreditamos que algumas pessoas não praticam a meditação por temerem entrar em contacto com o seu interior, ou melhor ainda, com o seu “eu interior”. E porque é que temem esse contacto? Porque ao fazê-lo, entram em contacto com o que existe de reprimido dentro de si, ou seja, em contacto com o seu lado sombra, essa parte mais escura do ser que todos nós possuímos e com a qual temos de aprender a conviver. Precisamos de conhecer essa nossa parte escura, trazê-la para o consciente, digeri-la e integrá-la em nós.
Este é o grande desafio que temos necessariamente de vencer, quando nos propomos conhecermo-nos a nós mesmos. E de que forma podemos vencer esse desafio?
1. Através do auto conhecimento. Conhecer o corpo físico (ter consciência corporal) Perceber o corpo psíquico. Devemos aprender a observar, a escutar e a entender as mensagens que recebemos.
2. Buscando o auto domínio. Conseguimos o domínio da vida pelo poder da vontade, uma vontade firme, disciplinada. Aprendendo a lidar com a dualidade do ser somos senhores do nosso corpo físico e psíquico.
3. Através da Meditação. Quando podemos alcançar o estado de “paz profunda”, ou iluminação.
Quais os benefícios que a prática da meditação nos proporciona? Somos ou não beneficiados?
Os ritmos cerebrais são medidos em ciclos por segundo. Temos quatro categorias de ritmos cerebrais que são, beta, alfa, teta e delta.
ALFA: é o sinal mais forte, tendo o máximo de energia eléctrica emitida pelo cérebro. Uma actividade de 8 a 12 ciclos por segundo.
BETA: é a frequência normal da maior parte das pessoas, que é de 13 a 28 ciclos por segundo. É quando estamos tensos e preocupados. Os neurónios estão bastante dispersos. O cérebro funciona 80% em Beta. É um ritmo consciente.
TETA: tem um ritmo ainda mais lento que o das ondas Alfa. Esse ritmo oscila entre 4 e 7 ciclos por segundo. Muitos orientais funcionam nessa frequência. (levitação, insensibilidade à dor, regressão de idade, criatividade).
DELTA: está relacionado com o nível inconsciente. Oscila entre 0,5 a 3,5 ciclos por segundo.
Cada vez que relaxamos, entramos em Alfa. É melhor entrar com plena consciência e domínio de si mesmo. Uma técnica para entrar no estado Alfa é fazer como os sacerdotes japoneses fazem, na contemplação, ficam com os olhos bem abertos, olhando fixamente para um ponto ou objecto. Hoje já se conhecem equipamentos que controlam as ondas cerebrais, pois esses estados são estados ideais para gerar mais energia proporcionando a regeneração dos tecidos. No estado Alfa, com o cérebro num ritmo de 10,5 ciclos por segundo, estamos em perfeita sintonia com o universo, pois isto também tem a ver com as vibrações do planeta Terra.
Mas, o mais importante é que com a prática da meditação talvez consigamos atingir a tão esperada e desejada “paz interior”. Aos poucos, desligamo-nos do “stress” adquirindo confiança em nós mesmos, calma e energia suficientes para enfrentarmos melhor os desafios diários.
Especialistas afirmam que o acto de meditar treina a capacidade de prestar atenção através dos exercícios de concentração, e que as pessoas que praticam a meditação estão entre as mais activas que já conheceram. Devido à capacidade que desenvolveram de prestar atenção ao que acontece ao seu redor, não deixando que a mente se disperse ou divague, são pessoas que têm uma habilidade especial para captar as manifestações mais subtis que podemos encontrar no nosso ambiente.
A pessoa que medita pode entrar num estado de relaxamento bastante profundo e produzir alterações neuroendócrinas tais como: aumento das defesas imunológicas contra tumores e vírus, doenças infecciosas, gripes e resfriados. Todos os tipos de técnicas de relaxamento estão sendo usados por pacientes dos mais diversos, principalmente nos casos em que o “stress” aparece como a causa principal dos problemas. Porém, a meditação difere de outras técnicas de relaxamento porque acrescenta componentes reflexivos. No entanto, algumas pessoas podem sentir reacções adversas por efeito de relaxamento, como o aumento da tensão, levando-as inclusive a entrar em pânico. Nestes casos, a técnica de relaxamento só deve ser introduzida após preparação especial, ou simplesmente não deve ser usada.
Nos estados emocionais agudos em que uma pessoa se encontra demasiadamente agitada, não é aconselhável iniciar uma meditação. A meditação não é apropriada nos seguintes casos:
§ Esquizofrenia: piora o contacto com a realidade e a pessoa é absorvida excessivamente pelas realidades interiores.
§ Obsessivos compulsivos: a pessoa fecha-se a novas experiências.
§ Problemas com o basal: ligação com a terra, “fuga”.
Mas as pesquisas evidenciam com a maior clareza que os métodos de meditação e relaxamento oferecem um poderoso meio de despertar a capacidade interior dos pacientes para que participem na sua própria cura.
Uma tarefa que temos pela frente é separar as diferenças significativas entre as técnicas de relaxamento e de meditação em relação às pessoas e problemas para os quais podem ser usadas com mais eficácia.
Acredito que o melhor para todos é uma “terapia de stress”, que agiria de forma preventiva, favorecendo o organismo como um todo. Temos outros processos de meditação que podem coincidir com vários aspectos da terapia pois, quando uma pessoa medita, volta a atenção para o seu interior, torna-se mais consciente dos pensamentos, sensações e estados que emergem espontaneamente. Assim, a meditação pode acarretar modificações importantes, não apenas nos estados de consciência, mas também no plano fisiológico.
Pesquisas com electroencefalogramas mostraram que durante a meditação, há frequentemente uma intensificação das ondas “alfa” do cérebro (ondas mais lentas). Descobriram que a meditação provoca um relaxamento mais profundo que o sono, e importante redução nas percentagens do metabolismo. Provoca também quedas verticais no consumo de oxigénio pelo organismo, no ritmo cardíaco e na respiração. Por outro lado, acontece um aumento da resistência eléctrica da pele, e redução da taxa de ácido láctico no sangue, que comprova a diminuição da excitação e da inquietude. Isto prova que o homem, efectivamente, pode dominar as ondas do seu cérebro e, consequentemente, os seus estados mentais.
Vemos assim que a meditação nos oferece inúmeras possibilidades nas áreas terapêuticas:
- Redução da tensão arterial e outras funções que escapam ao controle voluntário;
- Substituto para o uso de drogas, pois pode reduzir e eliminar o consumo após o início da prática de meditação;
- Para os psicólogos, um meio possível de desenvolvimento das faculdades extra-sensoriais. Por causa das relações existentes entre a meditação e as ondas “alfa”, pode-se estabelecer uma ligação entre a percepção extra-sensorial e as ondas “alfa”.
- Pesquisadores puderam estabelecer que as pessoas cuja percepção extra-sensorial é mais aguda tinham a impressão de se fundirem nos outros, e um sentimento de unicidade, como se os limites entre aquilo que sou e aquilo que não sou tivessem desaparecido.
Sujeitos que praticam meditação ou formas similares para o desenvolvimento do “Eu”, mostram-se superiores aos demais nos testes de psicocinésia. Quinze minutos diários em “alfa”, mais uma boa programação, ajudam a fortalecer a nossa consciência.
Pessoas centradas são conscientes das suas capacidades subjectivas. São intuitivas e contam com a protecção de um anjo da guarda – o mundo invisível, do espírito, é uma coisa concreta para elas.
A meditação melhora o acesso ao inconsciente e a tensão normalmente associada com o material reprimido diminui quando na terapia a meditação permite que esse material que causava sofrimento venha mais claramente á consciência. A tomada de consciência é o agente que transporta as mensagens que formam a experiência. Durante todo o processo de meditação temos a “ tomada de consciência”. Buda procurou, através da meditação, erradicar as fontes de sofrimento com uma “ reorientação radical da percepção”.
PREPARANDO-SE PARA A MEDITAÇÃO
Aqui não levamos em conta as variações peculiares da técnica ou da crença de qualquer uma das escolas existentes actualmente. O objectivo de todas essas escolas é único, é o de transformar a percepção.
Há pelo menos um fundamento comum entre os sistemas ou escolas de meditação:
1. A que se passar por um processo de purificação (a limpeza do corpo emocional), e a preparação exigida é quanto às atitudes de que a pessoa necessita para poder ser preparada para esse tipo de purificação.
2. Não há necessidade de sair das situações normais de vida. O melhor ambiente pode variar muito, porém na meditação transcendental, opõem-se a qualquer mudança forçada nos hábitos de vida daquele que medita. Ela é inserida no esquema normal diário.
Tanto Gurdjieff como Krishnamurti insistem que os ambientes da família, do trabalho e dos lugares públicos são o melhor contexto para a disciplina interior, fornecendo o material bruto para a meditação. O único ingrediente que não varia é a necessidade de que a pessoa que medita retenha a sua atenção ou através da concentração, ou através do estado consciente.
Sabemos que a mente humana mantém-se activa por sua própria natureza, para tanto devemos desenvolver e fortalecer tanto a nossa vontade quanto o poder de concentração acalmando o nosso turbilhão mental e, afastando os empecilhos para se conseguir uma mente bem governada e saudável, pois aquele que dispor de uma mente vigorosa, accionada por uma vontade desenvolvida e com forte poder de concentração, pode facilmente ter total controle sobre sua natureza física e alcançar a realização dessa vontade.
Porém, sabemos como é difícil controlar a mente. Mas, podemos conseguir.
1a lição – Não vença o pensamento e nem o ignore; expanda-o e ele se tornará meditação. É melhor observar os pensamentos, pois enquanto não soubermos o que a mente está fazendo, não podemos controlá-la.
O segredo é descobrir para onde esses pensamentos nos levam. Na verdade, é saber qual é a nossa preocupação neste exacto momento.
2a lição – Devemos restringir os vórtices mentais que nos atormentam, concentrando nossa energia sobre um objecto qualquer; focalizar com firmeza o objecto e conhecer todas as particularidades desse objecto, seja ele físico, mental ou espiritual. Se é um pensamento, dizemos, pensando... pensando... pensando.
3a lição – Disciplina na respiração, desenvolve o poder de concentração. É o poder de dirigir a força vital. Produz um efeito poderoso sobre a mente humana. Podemos até dizer que o alento é o único instrumento para o controle da mente. A respiração do homem comum é irregular, arrítmica, pela boca, quase sempre superficial e corresponde muitas vezes ao seu estado de espírito, que também flutua e é dispersivo. O factor tempo é de grande importância na respiração. É feita através de cadência regular, contando mentalmente a inspiração, a retenção e a expiração. A nossa parte animal gosta mesmo é de sentir e está relacionada com o cérebro reptiliano e límbico, tem a ver com territorialidade e sobrevivência da espécie. A parte humana está relacionada com a mente, com o intelecto e tem a ver com o cérebro neomamífero. A parte divina tem a ver com a contemplação e o êxtase, é aí que encontra a felicidade. Os sábios aconselham a iniciar uma meditação começando sempre com os objectos mais grosseiros e, lentamente, erguer-se para os mais subtis, até que se tornem objectos sem objectivos.
4a lição – Exercícios físicos, posturas corporais e domínio do corpo, para se conservar o corpo em boas condições.
Mantras e Sons Vocálicos são poderosos para acalmar a mente. O cantarolar constante cria tédio interior, e ajuda a obter calma. Porém, a neurose continua lá dentro de ti, e primeiro é preciso dissolver a neurose (manifestá-la conscientemente), dissolver a divisão interior e criar o estado de unicidade. Na meditação activa, a respiração caótica, rápida e vigorosa, sem ritmo, serve para puxar a energia nas células, através do oxigénio criar energia (electricidade), e menos fisicamente te sentirás, então estarás livre da neurose e mergulhará no som (mantra).
A concentração, a meditação e o êxtase são fases de um processo contínuo de unificação mental. A primeira fase conduz à absorção meditativa. A segunda fase, ou Iluminação, ocorre quando todos os redemoinhos de consciência comum despertados estão totalmente contidos na meditação.
Muitos nomes diferentes são usados para descrever a mesma e única experiência de meditação. E de acordo com a crença de cada pessoa, são eles: “samadhi”, “fana”, “jhana”, “daat”, “turiya”, “grande fixação e percepção transcendental”.
Apesar de um conjunto de crenças sobre estados alterados em meditação poder representar uma segurança, a pessoa que medita não precisa de conhecer previamente esses estados para os experimentar.
Na experiência da meditação o ser mergulhado no estado do não-ser, finalmente se encontra face a face com o sagrado que habita o seu interior mais íntimo e profundo. E para estar face a face com a sua essência, e no intuito de compreender esse sagrado, deve transcender o velho sistema de crenças adoptado. O “Eu” Superior pode triunfar sobre a nossa identidade egoísta e ser a força dominante na nossa vida. O ser pode irradiar essa consciência para além dos seus limites e atingir todos no nosso planeta.
Fazer a luz explodir de si mesmo implica compreender quem somos e o que estamos fazendo aqui dentro desta coisa chamada de “nosso corpo”, neste lugar chamado “Terra”, e neste momento da nossa vida. O ponto de partida é compreender que o Universo e a nossa participação nele não são obra do acaso. A inteligência flúi através de tudo no Universo e tem tido muitos nomes. Faz o planeta orbitar, as galáxias ficarem nos seus lugares, as plantas brotarem, as flores desabrocharem, respirarmos, andarmos e pensarmos. Essa inteligência invisível está em tudo e em todos os lugares. O você físico que podemos ver e tocar é feito da mesma matéria que tudo o mais é feito. Todavia somos diferentes das coisas que nos são exteriores. As diferenças não se encontram na aparência física das coisas, estão no que chamaremos de “consciência”, nos diferentes níveis de consciência.
Temos o poder de fazer contacto com a inteligência organizativa e de criar uma vida de alegria. Podemos conhecer essa inteligência divina que faz parte de nós, e se o sistema é inteligente, e essa inteligência é invisível, e a nossa presença aqui é uma parte dessa inteligência, precisamos apenas de olhar para a parte de nós que é invisível. É preciso olhar para dentro, para quem somos e o porquê de estarmos aqui, em vez de olharmos para fora, para o mundo físico e as coisas nele contidas.
Conhecer o “Eu” espiritual ou o Mestre Interior, é a nossa busca sagrada, o nosso desafio vital. Muitos de nós nos tornamos adultos acreditando que somos apenas o corpo que carregamos por aí, o trabalho que realizamos e a religião que professamos. Um dia o “Eu” físico irá repousar sob um sepulcro que registará a data do nosso nascimento e a data da nossa morte, mas a alma interior sabe que somos eternos, que não possuímos uma forma e nem limites. Aquilo que nasceu morrerá, aquilo que nunca nasceu não morrerá jamais.
O “Eu” sagrado é eternamente luminoso e divino, apesar do que tivermos feito ou deixado de fazer. Para a inteligência divina somos sagrados e temos um propósito para estar aqui. Quando pararmos de procurar a felicidade fora de nós, a totalidade reflectirá a nossa divindade.
O estado a que chamamos “iluminação” é uma experiência única para cada ser. Em muitos casos ocorrem apenas manifestações inferiores de fenómenos físicos influenciados pelas nossas emoções. Muito raramente se atinge esse estado de superconsciência conhecido por “luz do sol”, ou real iluminação espiritual. O que ocorre mais frequentemente é o estado conhecido por “luz da lua”, que são fenómenos do astral. Em todo o processo, a verdadeira natureza do “Eu” será revelada, e perceberemos então que o sagrado, a quem adoramos como separado de nós, não reside fora do nosso íntimo. Aqueles que alcançam esse estado terão um conhecimento de acontecimentos passados e futuros tais como:
- A faculdade de ver no interior do seu próprio corpo;
- O conhecimento de encarnações passadas;
- A capacidade de enviar pensamentos a mundos distantes;
- A libertação dos objectos do plano fenomenal;
- E outros fenómenos que nada têm de misterioso.
Para que a iluminação possa ser alcançada, outras etapas importantes precisam de ser vencidas:
1. O domínio dos impulsos naturais inerentes ao ser vivo pela prática da não-violência, da verdade, do uso correcto da energia sexual, etc.
2. O desenvolvimento de valores éticos tais como: a purificação do corpo e da mente; o cultivo da alegria, do despojamento, da fé e do respeito pela vida.
Em suma, o objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do autoconhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada.
Muitas pessoas podem pensar que meditação é uma forma de oração. Mas a meditação não é oração, a meditação é algo que você faz para si mesmo e não espera que Deus faça por você. Para evitar a meditação, as pessoas continuam orando. Elas oram para evitar fazer qualquer coisa, a oração é apenas uma fuga. Somente a meditação pode ajudar porque a meditação é algo a ser feito autenticamente por você, é um fazer da sua parte. Mas a oração também se pode tornar em meditação, quando não é apenas uma oração, quando é um profundo esforço, um profundo envolvimento.
Alguns recursos exteriores podem ser usados como ajuda na meditação, como por exemplo: sons vocálicos e mantras; danças utilizadas pelos derviches, no “tai-chi” e no “aiki-dô”; paradoxos ou “koans”. A dança é adoptada como empuxo. No centro, o silêncio, na circunferência o movimento.
No dicionário meditar é igual a reflexão, contemplação mental, pensar sobre, considerar, ponderar, reflectir…
Também podemos pensar que meditar é treinar sistematicamente a nossa atenção. É o esforço que fazemos para exercitar a atenção e aumentar a nossa capacidade de concentração.
Algo que precisamos saber é que, meditar e relaxar, são coisas diferentes.
Porém uma coisa é certa, é o método mais antigo que conhecemos para tranquilizar a mente e relaxar o corpo
Qual é o objectivo da meditação? Porquê e para quê meditamos?
O objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do auto conhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada. É desenvolver as nossas capacidades de concentração e de percepção.
Através da técnica de relaxamento proporcionamos ao corpo físico repouso profundo enquanto que a mente continua alerta. Nesta condição, no chamado “estado alfa”, fazemos baixar a pressão sanguínea e diminuímos o ritmo cardíaco, e assim o corpo físico pode recuperar-se do “stress” do dia a dia.
Temos medo de praticar a meditação? Que medo é esse?
Acreditamos que algumas pessoas não praticam a meditação por temerem entrar em contacto com o seu interior, ou melhor ainda, com o seu “eu interior”. E porque é que temem esse contacto? Porque ao fazê-lo, entram em contacto com o que existe de reprimido dentro de si, ou seja, em contacto com o seu lado sombra, essa parte mais escura do ser que todos nós possuímos e com a qual temos de aprender a conviver. Precisamos de conhecer essa nossa parte escura, trazê-la para o consciente, digeri-la e integrá-la em nós.
Este é o grande desafio que temos necessariamente de vencer, quando nos propomos conhecermo-nos a nós mesmos. E de que forma podemos vencer esse desafio?
1. Através do auto conhecimento. Conhecer o corpo físico (ter consciência corporal) Perceber o corpo psíquico. Devemos aprender a observar, a escutar e a entender as mensagens que recebemos.
2. Buscando o auto domínio. Conseguimos o domínio da vida pelo poder da vontade, uma vontade firme, disciplinada. Aprendendo a lidar com a dualidade do ser somos senhores do nosso corpo físico e psíquico.
3. Através da Meditação. Quando podemos alcançar o estado de “paz profunda”, ou iluminação.
Quais os benefícios que a prática da meditação nos proporciona? Somos ou não beneficiados?
Os ritmos cerebrais são medidos em ciclos por segundo. Temos quatro categorias de ritmos cerebrais que são, beta, alfa, teta e delta.
ALFA: é o sinal mais forte, tendo o máximo de energia eléctrica emitida pelo cérebro. Uma actividade de 8 a 12 ciclos por segundo.
BETA: é a frequência normal da maior parte das pessoas, que é de 13 a 28 ciclos por segundo. É quando estamos tensos e preocupados. Os neurónios estão bastante dispersos. O cérebro funciona 80% em Beta. É um ritmo consciente.
TETA: tem um ritmo ainda mais lento que o das ondas Alfa. Esse ritmo oscila entre 4 e 7 ciclos por segundo. Muitos orientais funcionam nessa frequência. (levitação, insensibilidade à dor, regressão de idade, criatividade).
DELTA: está relacionado com o nível inconsciente. Oscila entre 0,5 a 3,5 ciclos por segundo.
Cada vez que relaxamos, entramos em Alfa. É melhor entrar com plena consciência e domínio de si mesmo. Uma técnica para entrar no estado Alfa é fazer como os sacerdotes japoneses fazem, na contemplação, ficam com os olhos bem abertos, olhando fixamente para um ponto ou objecto. Hoje já se conhecem equipamentos que controlam as ondas cerebrais, pois esses estados são estados ideais para gerar mais energia proporcionando a regeneração dos tecidos. No estado Alfa, com o cérebro num ritmo de 10,5 ciclos por segundo, estamos em perfeita sintonia com o universo, pois isto também tem a ver com as vibrações do planeta Terra.
Mas, o mais importante é que com a prática da meditação talvez consigamos atingir a tão esperada e desejada “paz interior”. Aos poucos, desligamo-nos do “stress” adquirindo confiança em nós mesmos, calma e energia suficientes para enfrentarmos melhor os desafios diários.
Especialistas afirmam que o acto de meditar treina a capacidade de prestar atenção através dos exercícios de concentração, e que as pessoas que praticam a meditação estão entre as mais activas que já conheceram. Devido à capacidade que desenvolveram de prestar atenção ao que acontece ao seu redor, não deixando que a mente se disperse ou divague, são pessoas que têm uma habilidade especial para captar as manifestações mais subtis que podemos encontrar no nosso ambiente.
A pessoa que medita pode entrar num estado de relaxamento bastante profundo e produzir alterações neuroendócrinas tais como: aumento das defesas imunológicas contra tumores e vírus, doenças infecciosas, gripes e resfriados. Todos os tipos de técnicas de relaxamento estão sendo usados por pacientes dos mais diversos, principalmente nos casos em que o “stress” aparece como a causa principal dos problemas. Porém, a meditação difere de outras técnicas de relaxamento porque acrescenta componentes reflexivos. No entanto, algumas pessoas podem sentir reacções adversas por efeito de relaxamento, como o aumento da tensão, levando-as inclusive a entrar em pânico. Nestes casos, a técnica de relaxamento só deve ser introduzida após preparação especial, ou simplesmente não deve ser usada.
Nos estados emocionais agudos em que uma pessoa se encontra demasiadamente agitada, não é aconselhável iniciar uma meditação. A meditação não é apropriada nos seguintes casos:
§ Esquizofrenia: piora o contacto com a realidade e a pessoa é absorvida excessivamente pelas realidades interiores.
§ Obsessivos compulsivos: a pessoa fecha-se a novas experiências.
§ Problemas com o basal: ligação com a terra, “fuga”.
Mas as pesquisas evidenciam com a maior clareza que os métodos de meditação e relaxamento oferecem um poderoso meio de despertar a capacidade interior dos pacientes para que participem na sua própria cura.
Uma tarefa que temos pela frente é separar as diferenças significativas entre as técnicas de relaxamento e de meditação em relação às pessoas e problemas para os quais podem ser usadas com mais eficácia.
Acredito que o melhor para todos é uma “terapia de stress”, que agiria de forma preventiva, favorecendo o organismo como um todo. Temos outros processos de meditação que podem coincidir com vários aspectos da terapia pois, quando uma pessoa medita, volta a atenção para o seu interior, torna-se mais consciente dos pensamentos, sensações e estados que emergem espontaneamente. Assim, a meditação pode acarretar modificações importantes, não apenas nos estados de consciência, mas também no plano fisiológico.
Pesquisas com electroencefalogramas mostraram que durante a meditação, há frequentemente uma intensificação das ondas “alfa” do cérebro (ondas mais lentas). Descobriram que a meditação provoca um relaxamento mais profundo que o sono, e importante redução nas percentagens do metabolismo. Provoca também quedas verticais no consumo de oxigénio pelo organismo, no ritmo cardíaco e na respiração. Por outro lado, acontece um aumento da resistência eléctrica da pele, e redução da taxa de ácido láctico no sangue, que comprova a diminuição da excitação e da inquietude. Isto prova que o homem, efectivamente, pode dominar as ondas do seu cérebro e, consequentemente, os seus estados mentais.
Vemos assim que a meditação nos oferece inúmeras possibilidades nas áreas terapêuticas:
- Redução da tensão arterial e outras funções que escapam ao controle voluntário;
- Substituto para o uso de drogas, pois pode reduzir e eliminar o consumo após o início da prática de meditação;
- Para os psicólogos, um meio possível de desenvolvimento das faculdades extra-sensoriais. Por causa das relações existentes entre a meditação e as ondas “alfa”, pode-se estabelecer uma ligação entre a percepção extra-sensorial e as ondas “alfa”.
- Pesquisadores puderam estabelecer que as pessoas cuja percepção extra-sensorial é mais aguda tinham a impressão de se fundirem nos outros, e um sentimento de unicidade, como se os limites entre aquilo que sou e aquilo que não sou tivessem desaparecido.
Sujeitos que praticam meditação ou formas similares para o desenvolvimento do “Eu”, mostram-se superiores aos demais nos testes de psicocinésia. Quinze minutos diários em “alfa”, mais uma boa programação, ajudam a fortalecer a nossa consciência.
Pessoas centradas são conscientes das suas capacidades subjectivas. São intuitivas e contam com a protecção de um anjo da guarda – o mundo invisível, do espírito, é uma coisa concreta para elas.
A meditação melhora o acesso ao inconsciente e a tensão normalmente associada com o material reprimido diminui quando na terapia a meditação permite que esse material que causava sofrimento venha mais claramente á consciência. A tomada de consciência é o agente que transporta as mensagens que formam a experiência. Durante todo o processo de meditação temos a “ tomada de consciência”. Buda procurou, através da meditação, erradicar as fontes de sofrimento com uma “ reorientação radical da percepção”.
PREPARANDO-SE PARA A MEDITAÇÃO
Aqui não levamos em conta as variações peculiares da técnica ou da crença de qualquer uma das escolas existentes actualmente. O objectivo de todas essas escolas é único, é o de transformar a percepção.
Há pelo menos um fundamento comum entre os sistemas ou escolas de meditação:
1. A que se passar por um processo de purificação (a limpeza do corpo emocional), e a preparação exigida é quanto às atitudes de que a pessoa necessita para poder ser preparada para esse tipo de purificação.
2. Não há necessidade de sair das situações normais de vida. O melhor ambiente pode variar muito, porém na meditação transcendental, opõem-se a qualquer mudança forçada nos hábitos de vida daquele que medita. Ela é inserida no esquema normal diário.
Tanto Gurdjieff como Krishnamurti insistem que os ambientes da família, do trabalho e dos lugares públicos são o melhor contexto para a disciplina interior, fornecendo o material bruto para a meditação. O único ingrediente que não varia é a necessidade de que a pessoa que medita retenha a sua atenção ou através da concentração, ou através do estado consciente.
Sabemos que a mente humana mantém-se activa por sua própria natureza, para tanto devemos desenvolver e fortalecer tanto a nossa vontade quanto o poder de concentração acalmando o nosso turbilhão mental e, afastando os empecilhos para se conseguir uma mente bem governada e saudável, pois aquele que dispor de uma mente vigorosa, accionada por uma vontade desenvolvida e com forte poder de concentração, pode facilmente ter total controle sobre sua natureza física e alcançar a realização dessa vontade.
Porém, sabemos como é difícil controlar a mente. Mas, podemos conseguir.
1a lição – Não vença o pensamento e nem o ignore; expanda-o e ele se tornará meditação. É melhor observar os pensamentos, pois enquanto não soubermos o que a mente está fazendo, não podemos controlá-la.
O segredo é descobrir para onde esses pensamentos nos levam. Na verdade, é saber qual é a nossa preocupação neste exacto momento.
2a lição – Devemos restringir os vórtices mentais que nos atormentam, concentrando nossa energia sobre um objecto qualquer; focalizar com firmeza o objecto e conhecer todas as particularidades desse objecto, seja ele físico, mental ou espiritual. Se é um pensamento, dizemos, pensando... pensando... pensando.
3a lição – Disciplina na respiração, desenvolve o poder de concentração. É o poder de dirigir a força vital. Produz um efeito poderoso sobre a mente humana. Podemos até dizer que o alento é o único instrumento para o controle da mente. A respiração do homem comum é irregular, arrítmica, pela boca, quase sempre superficial e corresponde muitas vezes ao seu estado de espírito, que também flutua e é dispersivo. O factor tempo é de grande importância na respiração. É feita através de cadência regular, contando mentalmente a inspiração, a retenção e a expiração. A nossa parte animal gosta mesmo é de sentir e está relacionada com o cérebro reptiliano e límbico, tem a ver com territorialidade e sobrevivência da espécie. A parte humana está relacionada com a mente, com o intelecto e tem a ver com o cérebro neomamífero. A parte divina tem a ver com a contemplação e o êxtase, é aí que encontra a felicidade. Os sábios aconselham a iniciar uma meditação começando sempre com os objectos mais grosseiros e, lentamente, erguer-se para os mais subtis, até que se tornem objectos sem objectivos.
4a lição – Exercícios físicos, posturas corporais e domínio do corpo, para se conservar o corpo em boas condições.
Mantras e Sons Vocálicos são poderosos para acalmar a mente. O cantarolar constante cria tédio interior, e ajuda a obter calma. Porém, a neurose continua lá dentro de ti, e primeiro é preciso dissolver a neurose (manifestá-la conscientemente), dissolver a divisão interior e criar o estado de unicidade. Na meditação activa, a respiração caótica, rápida e vigorosa, sem ritmo, serve para puxar a energia nas células, através do oxigénio criar energia (electricidade), e menos fisicamente te sentirás, então estarás livre da neurose e mergulhará no som (mantra).
A concentração, a meditação e o êxtase são fases de um processo contínuo de unificação mental. A primeira fase conduz à absorção meditativa. A segunda fase, ou Iluminação, ocorre quando todos os redemoinhos de consciência comum despertados estão totalmente contidos na meditação.
Muitos nomes diferentes são usados para descrever a mesma e única experiência de meditação. E de acordo com a crença de cada pessoa, são eles: “samadhi”, “fana”, “jhana”, “daat”, “turiya”, “grande fixação e percepção transcendental”.
Apesar de um conjunto de crenças sobre estados alterados em meditação poder representar uma segurança, a pessoa que medita não precisa de conhecer previamente esses estados para os experimentar.
Na experiência da meditação o ser mergulhado no estado do não-ser, finalmente se encontra face a face com o sagrado que habita o seu interior mais íntimo e profundo. E para estar face a face com a sua essência, e no intuito de compreender esse sagrado, deve transcender o velho sistema de crenças adoptado. O “Eu” Superior pode triunfar sobre a nossa identidade egoísta e ser a força dominante na nossa vida. O ser pode irradiar essa consciência para além dos seus limites e atingir todos no nosso planeta.
Fazer a luz explodir de si mesmo implica compreender quem somos e o que estamos fazendo aqui dentro desta coisa chamada de “nosso corpo”, neste lugar chamado “Terra”, e neste momento da nossa vida. O ponto de partida é compreender que o Universo e a nossa participação nele não são obra do acaso. A inteligência flúi através de tudo no Universo e tem tido muitos nomes. Faz o planeta orbitar, as galáxias ficarem nos seus lugares, as plantas brotarem, as flores desabrocharem, respirarmos, andarmos e pensarmos. Essa inteligência invisível está em tudo e em todos os lugares. O você físico que podemos ver e tocar é feito da mesma matéria que tudo o mais é feito. Todavia somos diferentes das coisas que nos são exteriores. As diferenças não se encontram na aparência física das coisas, estão no que chamaremos de “consciência”, nos diferentes níveis de consciência.
Temos o poder de fazer contacto com a inteligência organizativa e de criar uma vida de alegria. Podemos conhecer essa inteligência divina que faz parte de nós, e se o sistema é inteligente, e essa inteligência é invisível, e a nossa presença aqui é uma parte dessa inteligência, precisamos apenas de olhar para a parte de nós que é invisível. É preciso olhar para dentro, para quem somos e o porquê de estarmos aqui, em vez de olharmos para fora, para o mundo físico e as coisas nele contidas.
Conhecer o “Eu” espiritual ou o Mestre Interior, é a nossa busca sagrada, o nosso desafio vital. Muitos de nós nos tornamos adultos acreditando que somos apenas o corpo que carregamos por aí, o trabalho que realizamos e a religião que professamos. Um dia o “Eu” físico irá repousar sob um sepulcro que registará a data do nosso nascimento e a data da nossa morte, mas a alma interior sabe que somos eternos, que não possuímos uma forma e nem limites. Aquilo que nasceu morrerá, aquilo que nunca nasceu não morrerá jamais.
O “Eu” sagrado é eternamente luminoso e divino, apesar do que tivermos feito ou deixado de fazer. Para a inteligência divina somos sagrados e temos um propósito para estar aqui. Quando pararmos de procurar a felicidade fora de nós, a totalidade reflectirá a nossa divindade.
O estado a que chamamos “iluminação” é uma experiência única para cada ser. Em muitos casos ocorrem apenas manifestações inferiores de fenómenos físicos influenciados pelas nossas emoções. Muito raramente se atinge esse estado de superconsciência conhecido por “luz do sol”, ou real iluminação espiritual. O que ocorre mais frequentemente é o estado conhecido por “luz da lua”, que são fenómenos do astral. Em todo o processo, a verdadeira natureza do “Eu” será revelada, e perceberemos então que o sagrado, a quem adoramos como separado de nós, não reside fora do nosso íntimo. Aqueles que alcançam esse estado terão um conhecimento de acontecimentos passados e futuros tais como:
- A faculdade de ver no interior do seu próprio corpo;
- O conhecimento de encarnações passadas;
- A capacidade de enviar pensamentos a mundos distantes;
- A libertação dos objectos do plano fenomenal;
- E outros fenómenos que nada têm de misterioso.
Para que a iluminação possa ser alcançada, outras etapas importantes precisam de ser vencidas:
1. O domínio dos impulsos naturais inerentes ao ser vivo pela prática da não-violência, da verdade, do uso correcto da energia sexual, etc.
2. O desenvolvimento de valores éticos tais como: a purificação do corpo e da mente; o cultivo da alegria, do despojamento, da fé e do respeito pela vida.
Em suma, o objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do autoconhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada.
Muitas pessoas podem pensar que meditação é uma forma de oração. Mas a meditação não é oração, a meditação é algo que você faz para si mesmo e não espera que Deus faça por você. Para evitar a meditação, as pessoas continuam orando. Elas oram para evitar fazer qualquer coisa, a oração é apenas uma fuga. Somente a meditação pode ajudar porque a meditação é algo a ser feito autenticamente por você, é um fazer da sua parte. Mas a oração também se pode tornar em meditação, quando não é apenas uma oração, quando é um profundo esforço, um profundo envolvimento.
Alguns recursos exteriores podem ser usados como ajuda na meditação, como por exemplo: sons vocálicos e mantras; danças utilizadas pelos derviches, no “tai-chi” e no “aiki-dô”; paradoxos ou “koans”. A dança é adoptada como empuxo. No centro, o silêncio, na circunferência o movimento.
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