domingo, 1 de setembro de 2024
sábado, 19 de agosto de 2023
MEDITAÇÃO DO EQUINÓCIO DE PRIMAVERA
“Eis que faço novas todas as coisa!”
O outono é o tempo de plantar as
sementes; o inverno é o tempo de germinação e da formação das raízes; a
primavera é o florescimento dessas novas sementes, que trazem nova aspiração de
vida para a colheita do verão.
Significa, abertura do véu entre o
plano físico e o espiritual, para que se inaugure a ressurreição em nossa vida.
É a estação da criação, é o impulso
para elevar nossa vida a um plano superior, como uma semente que brota da
terra, erguendo-se no ar.
Os mitos sobre a ressurreição,
associados com a primavera, são muitos. Esse é o tempo para o fogo do que é
novo. O fogo é um elemento que consome e modifica, ele tanto pode destruir como
criar.
É fusão alquímica e mágica da água
com o fogo. As águas vivas dentro de nós (energias femininas) adquirem um novo
brilho (o fogo das energias masculinas), para que possamos expressá-las mais
plenamente.
Devemos iniciar uma nova ordem na
nossa vida; queimar o velho (escória), para que novas sementes possam brotar e
adquirir nova expressão; criar novos padrões de energia para acelerar a
iniciação; retirar do caminho as pedras da limitação pessoal e dos sentidos;
entender o processo dinâmico da cura; afirmar a Vontade sobre a personalidade;
e equilibrar as polaridades; elevar-se acima do Eu Inferior, dando plena
expressão à verdadeira energia Crística. Comunhão plena e verdadeira com a
hierarquia Angélica.
Rafael é o Anjo da correção, da
beleza, da cura e da vida. É o anjo da ciência e do conhecimento. Preceptor de
Isaac.
MEDITAÇÃO DO ARCANJO RAFAEL
À medida que você começa a relaxar, a
consciência do lugar onde você está desaparece. Um manto de escuridão cerca
você e o faz sentir-se estranhamente seguro. Quando você observa a escuridão,
ela começa e se dissipar. Você percebe que está no centro de uma pequena
montanha por onde corre um rio tranquilo. Suas águas são escuras e profundas. O
céu acima está repleto de nuvens rodopiantes de cor cinza escuro. As árvores e
arbustos são nus e cinzentos. Do outro lado do rio, há um templo antigo em
ruínas. Anoitece, e o Sol se põe atrás de você, levando consigo a derradeira
claridade do dia.
Você está em pé num caminho que chega até o rio escuro. Há
pessoas em fila de ambos os lados do rio, usando pintura e vestidas de luto.
Você anda silenciosamente entre elas, sem saber como reagir à sua tristeza e
também sem saber o que fazer.
Na margem do rio há um pequeno batelão e, sobre ele, um
altar coberto de preto. Parece um sarcófago aberto, e esse pensamento não faz
você se sentir bem. Perto do caminho, uma pessoa alta, vestida de preto, está
em pé. Em seu peito há um símbolo: um cálice dourado, sobre um fundo de cor
azul. No batelão, perto do sarcófago aberto, há três figuras encapuçadas
caladas e rígidas. Você sobe no batelão, buscando ver no rosto velado , dessas
personagens alguma indicação dos eventos que se seguirão. Silenciosamente, elas
ajudam você a se deitar sobre o altar e envolvem você, até o queixo, num pano negro de seda. No pano
há o bordado de uma fênix gigante erguendo-se do fogo e das cinzas.
As chamas cercam o batelão, água e fogo
juntos, um não extinguindo o outro. Quando
os seus guias se certificam de que você está plenamente consciente do fogo, o pano negro é puxado
para cima e dobrado sobre a sua cabeça .
De novo a escuridão. Você está só. Não deve ver nem ouvir
nada. Você sabe que o fogo está
queimando a água, mas não sabe que efeito terá sobre o batelão. Será que o fogo
irá consumir o batelão? Será que irá consumir você? Você faz força para
respirar profundamente e relaxar. De algum modo você sabe que pode dar novo
rumo aos acontecimentos, se quiser, mas também sabe que em alguma
ocasião essa viagem terá de ser feita.
Como sempre, a escolha é sua.
Você ouve as
palavras em sua mente: "Seja feita a Tua vontade," e toma a
decisão. Tudo está em silêncio. Você fica a sós com os próprios pensamentos
sobre a santidade da sua vida. A sua mente começa a observar o passado,
os acontecimentos da sua vida. Você revê todas as pessoas e fatos com que
deparou. Todas as mudanças pelas quais passou flutuam diante dos seus olhos,
mostrando-lhe como veio a tomar-se quem é agora. Você vê as pessoas a quem
feriu e vê as que o feriram. Vê e sente o amor que deu e o amor que perdeu.
Você vê sua vida entrelaçada com a vida de tantas pessoas, cada uma
acrescentando algo à essência de criatividade que você é agora!
Você se lembra de todas as tarefas inacabadas e tudo o que
prometeu que faria. Vê todas as ilusões da vida com que deparou e todas as
bênçãos que recebeu. Lembra-se das aptidões que demonstrou ter no passado e às
quais pode dar nascimento mais uma vez. Vê os sonhos, as esperanças e os
desejos que ainda tem de realizar, enquanto surge em você a compreensão de que
as oportunidades para realizá-los nunca passam. Elas sempre estão à mão!
Quando o batelão toca na areia da praia, ele dá um pequeno
solavanco. Você curva as costas, sentindo a rigidez dos músculos. Percebe que
se passou bastante tempo. Devagar, você tira o pano negro do rosto. As águas do
rio não estão mais ardendo. É a hora que antecede a aurora; o Sol ainda não
nasceu. E os seus guias foram embora.
Você percebe que está na margem, bem longe do lugar onde
começou a viagem. No lado do morro você pode enxergar a silhueta de um antigo
templo. Você se levanta do altar e pula do batelão para o chão.
Você sobe a montanha rumo ao templo distante. Ao chegar lá
em cima, você vê o templo magnífico, em sua glória luminosa. Ele não está mais
em ruínas. As duas árvores que ladeiam a porta principal estão repletas de
folhas verdes e você olha ao redor. Toda a terra está verdejante outra vez. As
árvores e arbustos estão repletos de nova vitalidade.
Nesse momento, os primeiros raios do Sol surgem no
horizonte, no Leste. Com isso, a porta do templo se escancara, convidando-o a
entrar. Ao pé no altar central estão os seus quatro guias, mas eles não estão
mais vestidos de preto. Sua cor é a dos grandes seres de luz; afinal, os seus
guias são os arcanjos das estações: Miguel, com a espada flamejante, Gabriel
com a rosa branca, Auriel em branco luminoso e Rafael no centro, segurando bem
acima da cabeça o Grande Cálice da Vida.
O templo é inundado com a música da harmonia e da vida.
Todos os que estavam de luto agora estão vestidos com as cores do arco-íris e,
à medida que cantam, o Sol vai surgindo do horizonte. Sua luz enche o templo,
trazendo novo fogo e vida para todos. Ele toca e enche o Santo Graal,
irradiando e reflectindo sobre a Terra.
Você olha para trás, para o rio, e vê a luz dourada do Sol
reflectindo-se nas águas e enchendo-as de nova radiação e de um fogo de luz,
não de chamas. Quando você se vira oura vez para o altar, Rafael se volta na
sua direcção, segurando no alto o Cálice Dourado. Ele levanta os olhos para os
céus e a luz jorra sobre você. A luz entra em você em espirais, atravessando o
seu corpo e você é renovado. Você toma a nascer. Sua aura se incendeia com novo
brilho e você pode vê-la em toda sua verdadeira glória. Ela é inspirada por uma
cruz de luz radiante que brilha jorrando sobre você como uma grande estrela no
céu, uma estrela que iluminará toda a sua vida.
Você fecha os olhos cheio de gratidão e ora, elevando os
pensamentos e o coração para o divino por meio da canção do Templo Interior.
Quando você abre os olhos, o templo desaparece, mas você ainda guarda dentro de
si a sua imagem viva. Suas energias aumentarão como o Sol que se levanta e sua
vida se mesclará aos fogos criadores de Cristo.
MEDITAÇÃO DO EQUINÓCIO DE OUTONO
segunda-feira, 12 de junho de 2023
AMOR COMPAIXÃO
Só quero fazer o bem
E, que não me impeça ninguém
Só quero fazer o bem
Não importa a quem
E, que não me impeça ninguém
Amanhã ao despertar
Bem depressa me levanto
Para auxiliar quem tanto precisa
Para socorrer os necessitados,
Carentes de amor e de afagos
Amar, afagar
Fazer o bem.
Arregaçar as mangas da camisa e agir
Porque na ação está a melhor opção.
E como só quero ajudar
Só quero fazer o bem, não importando a quem
Vou me colocando à disposição.
E, com certeza, oportunidades não faltarão
A tarefa logo vem.
Quando o desejo é forte
A natureza agradece
E a alma floresce
Quando alguém aparece.
Muitas pessoas precisam de mãos que afagam, que acalentam.
Então, o trabalho de servir começa,
E a vida agradece,
Tudo se transforma
E, o amor acontece.
A luz brilha
O planeta muda.
As pessoas crescem.
Então amanhece
E o novo dia acontece. Resplandece
Enaltecendo o ser humano.
O novo homem surge no horizonte
Ainda um pouco distante, mas vem
Vem vestido de sol cintilante
Muito mais brilhante
Que uma lua cheia.
Agora percebeu.
Aprendeu que fazer o bem
Sem nem mesmo olhar a quem
É inebriante. Divino.
É a manifestação na terra
Das obras do criador,
Que abençoa todos os seres
Que vieram para amar sem condições.
Vera Occhiucci - janeiro 2023
Inocência
No escurinho do
cinema....
Lembranças antigas
Saudades de um tempo
Memórias insistem em
voltar
Poesia....romance....
Pura magia.
Domingo era dia de
cinema
Encontros e
desencontros
Emoções disfarçadas
Um olhar, um aperto de
mão
Rubor e coração batendo
forte
Olhos semicerrados
Com medo de acordar
O lanterninha, não
descansava
Subia e descia a rampa
Nos intimidava
Como se estivéssemos
fazendo algo de muito grave
Mas, mesmo assim,
arriscávamos dar uma beijoca rápida
Quanta audácia, e
quanta inocência
O rubor nos cobria as
faces
Será que alguém viu?
Mea culpa, minha máxima
culpa
Juventude inocente
Andávamos em turma, com
irmãs “segurando vela”
Muita gozação...
Era demais...
Quanta cumplicidade
Namoro a três ou
mais....
Nenhuma intimidade.
Ficávamos pior que
estragado
Tudo era motivo de
gozação...
Mas, confesso, era
muito bom.
Vera Occhiucci –
outubro 2022
NEGRITUDE
Buraco negro, buraco
sem fim
Necessidades não
saciadas
Que perturbam, e
avassalam
Sai de baixo
Porque senão ele te
engole
Traça e ensaca
E como uma onda
Sonda, arrasta e mata
Aquele que está
desprevenido
Buraco negro
Buraco sem fim
Pessoa desprovida de
energia vital
Sugada,
Desequilibrada no seu
emocional, também no mental.
sugam, vampirizam a nossa energia
Tanto dos encarnados
quanto a dos desencarnados.
Sugam mesmo
Tudo e a todos que
encontram no caminho
Viciados...sofredores...
Melancólicos...vitimizados...
Que se cuidem os
espertos
Que se protejam os
santos
E, que sejam benzidos
com ramos de arruda
E com rezas das
rezadeiras
Que sejam livres os
bebês
Os puros de coração, e
os simplórios da vida
Porque o buraco negro
rouba, vampiriza nossas energias
Sobrevivem, vivem da
nossa ignorância
Que a corrente do bem
nos envolva e nos proteja com seus raios violeta
Interpenetrando o campo
áurico, limpando, expulsando
Preenchendo com amor
Todos à nossa volta
Rodopia... Luz azul...
Rodopia, luz violeta...
Perfuma com aromas
silvestres
Muda as vibrações
negativas
nos defenda, recupere, cure
Aprenda no mar, nas
matas, nas cachoeiras
Sobre energização
Leia bons livros,
converse com as plantas, com os pássaros
Converse com pessoas
sensatas e equilibradas
Boas conversas, boas
músicas
Emita luz. Receba luz. Seja o sol da vida das pessoas
Rei. Rainha, no seu lar
Na família, na
comunidade.
Vá ser feliz enquanto
pode
Exalte a luz do eu sou
Deixa que transpareça o
diamante lapidado
Esmerilhado ao longo
das encarnações
Agora é jóia preciosa
Lótus de mil pétalas no
reino celestial
Já desabrochou no alto
da sua cabeça
o arco-íris.
A auréola dos santos
Para sempre. Agora és o
hierofante.
‘om mane padme hum!”
Vera Occhiucci
- janeiro 2023
O MEU OLHAR NO TEU OLHAR
Quando olho pra você
Adivinho a sua idade.
Sinto nos ombros o peso e a tristeza da
sua caminhada.
Dificilmente o vejo sorrindo
Sempre pensativo e perdido nas
lembranças
De um passado.
Sofrido? Machucado? Cansado?
Vejo que mal quer abrir os olhos
Está perdido em pensamentos tumultuados
Tantas lembranças!
Vejo apenas sofrimento e falta de tesão
para viver
Pernas cansadas que se arrastam
pesadamente
Nem sabem para onde
Caminha, tropeça...
Sempre nas mesmas lembranças de vidas e
de mortes.
Fragilizado, chora por dentro
amargamente
Quer compreender, mas não consegue
Quer encontrar soluções, mas não tem
soluções.
A vida, é enigma que não se consegue
decifrar
Observo os tantos sonhos... Os tropeços
esquecidos no tempo
Como seria bom vê-lo sorrindo, mais
leve, descontraido.
Saiba que a vida não é fardo pesado para
ninguém
Que não precisa carregá-la sobre os
ombros.
A vida é feita de experiências vívidas,
Sentidas ou não nas ações de cada dia,
Nem que seja somente na imaginação.
Mas, quando olho prá voce
Vejo ali cem anos
Nesses seus olhos opacos, sem brilho e
quase já sem vida.
O que lhe falta?
Objetivos? Sonhos?
Não existe mais esperança?
Só consigo ver ali conflitos e medos.
E, quando olho prá você,
Não consigo penetrá-lo com meu olhar
Existe uma barreira imensa.
Muitos pensamentos. Muitos argumentos.
Tantas interrogações...
E, quando falo, nem me escuta, pois já
está pensando no que vai responder.
Está na ponta da língua. Sai como bala
de revólver.
Quando olho prá você durante as
refeições
Percebo um homem de negócios
Aquele que mal tem tempo de saborear o
que come.
Sempre na conversa, nas questões
urgentes da imprensa.
Prá você, são assuntos urgentes, que não
podem esperar.
O tempo voa e a vida passa tão depressa.
E, ainda olho prá você
Mas com saudades....
De um amor ardente e apaixonado.
Ainda hoje, um tanto descrente,
Busco você no antigamente.
Continuamos valsando por entre as
estrelas...
Saudades.... Carência....
De beijos, dos nossos corpos unidos,
Das energias comungando, e
completando-se alquimicamente.
Dançávamos, mesmo ao soprar das
turbulências.
Pegávamos fogo e nos queimávamos no
rítmo das paixões.
Que pena!
Passou tão depressa.
Acho que é hora de acordar.
Mas, ainda assim, quando olho nos seus
olhos,
Vejo a falta que você me faz.
Falta do amor... Falta do tesão...
Enfim... Falta de tudo.
Parece mesmo que a vida passou depressa
demais.
Vera Occhiucci -
agosto 2022