Um século e meio antes do cristianismo, o Império Romano de Augusto abraçou muitas línguas e muitas culturas. Era um mundo complicado em que as preocupações, crenças e práticas religiosas ocupavam o lugar central na vida das pessoas, das famílias e das comunidades.
A Palestina era um país de muitas nações, de muitas línguas e de muitos interesses.
Na Cidade Santa, havia muitas seitas dentro do tronco principal do Judaísmo, entre elas a que deu origem ao Cristianismo. As correntes religiosas da época eram diversas, podendo distinguir-se três amplas categorias de crença e de observância religiosa:
1- Havia a religião tradicional da família e dos deuses comunitários;
2- Havia os assim chamados “ cultos dos mistérios”, que tinham as suas raízes míticas em ritos locais de fertilidade;
3- Havia quem vivesse em busca da realização humana e da felicidade por meio do estudo e da prática da sabedoria filosófica;
As religiões que celebravam a natureza estavam espalhadas por todo o Mediterrâneo, e as mais populares eram os cultos da Grande Mãe, ou de Ísis, no Egipto, e o de Mithra na Pérsia.
No Judaísmo havia duas seitas principais que professavam ideias contrárias e alimentavam rancores recíprocos:
1. A dos fariseus: sacerdotes, escribas e leigos, que acreditavam e seguiam a Lei de Moisés. Eles colocavam a religião tradicional acima da política, sentindo que podiam viver com qualquer governo que não restringisse a liberdade religiosa. Eles aceitavam a Doutrina da Cooperação de Deus nos actos humanos, o livre arbítrio e a responsabilidade moral, e principalmente, que o Messias restauraria a dinastia divina e livraria os judeus do domínio do estrangeiro.
2. A dos saduceus: nobreza, ricos e hierarquia mais alta dos sacerdotes, não acreditavam na lei do retorno ou na ressurreição e sustentavam a crença de que havia um lugar na Terra para onde iam os mortos, sem julgamento. Negavam a existência de espíritos e anjos, e não acreditavam na Providencia ou na Orientação Divina, e nem que Deus pudesse atender ás suas preces. Defendiam o livre arbítrio.
Havia ainda os essénios, que tinham uma vida disciplinada, e demonstravam mais afeição uns pelos outros. Rejeitavam os prazeres, que consideravam perniciosos, e acreditavam que a não submissão às paixões era uma virtude. Com frequência rejeitavam o matrimónio, mas muitas vezes acolhiam os filhos dos outros enquanto estivessem em tenra idade e pudessem ser educados conforme os costumes essénios. Quando havia matrimónio, era entre duas pessoas que fossem compatíveis em todos os níveis de desenvolvimento, e a aliança era supervisionada pelos Altos Iniciados e pelos adeptos da seita essénia. Eram estudiosos de astrologia, numerologia, frenologia e do retorno dos indivíduos, as encarnações. Tratava-se de uma seita estabelecida para preparar o caminho para educar e treinar o Messias.
Os essénios eram os últimos remanescentes da Fraternidade dos Profetas, organizada por Samuel. Os essénios tinham dois centros importantes, um no Egipto perto do Lago Moeris, e outro na Palestina, perto do Mar Morto.
Os essénios dividiam-se em dois grupos:
1- Os Chefes de Família, que se casavam e moravam em casas nas vilas e cidades, como pessoas comuns, preparando-se por meio de estrita disciplina espiritual para a santidade da paternidade, com o objectivo de atrair egos evoluídos do mundo celeste, que desenvolveriam o trabalho da Ordem e de toda a humanidade.
2- O grupo mais esotérico, que compreendia os Iniciados e que faziam votos de perpétua virgindade, e se mantinham imaculados no mundo, vivendo habitualmente em comunidades monásticas isoladas, onde podiam devotar a sua vida às coisas do espírito.
Maria e José pertenciam à mais elevada ordem iniciática; daí o seu sacrifício em sair para o mundo e filiar-se ao grau menor dos Pais de Família ter sido muito maior.
Era comum que uma mulher iniciada nas muitas tradições dos mistérios fizesse um apelo a uma alma mais elevada para recebe-la no útero e, dessa forma, dar à luz um profeta, um mestre ou um ser semidivino. A alma escolhida para uma missão divina, vem do mundo divino livre e conscientemente, e para poder entrar na vida terrena, ela precisa de um veículo especial. Este é o chamado da mãe de elite, ela mesma uma iniciada, alguém que, pela capacidade moral e espiritual, pela pureza da alma e da vida, pelo elevado desenvolvimento dos seus sentidos, atrairia em seu sangue e carne a alma de um redentor ou profeta.
Jesus teria vindo de uma longa história de profetas judeus, pessoas que haviam sido dedicadas ao seu Deus pelos seus pais. As pessoas dessa linhagem com frequência eram citadas como “Emanuel”, o que significa “Deus no meio de nós”.
O espírito do Cristo Arcangélico é uma força tão grande que não poderia encarnar no útero de uma mulher ou no corpo de uma criança. Um corpo adulto seria necessário, um corpo vigoroso e treinado para conter e abrigar toda a força de um Arcanjo Solar. Uma alma altamente evoluída na qual seria estabelecida a harmonia perfeita nos níveis físico, etérico, astral, mental e espiritual. Quando se conseguisse esse preparo, então o Cristo Cósmico ou Arcangélico poderia encarnar e usar um veículo físico.
Entretanto, independentemente do grau de iniciação alcançado pela alma em outras vidas e do facto de ela ter sido um antigo mestre, a alma ainda teria de reconquistar o Eu Superior e expandi-lo por um esforço renovado. Todas as almas estão ligadas por certas leis universais e a reencarnação obscurece a consciência, exigindo que ela seja reacesa e expandida. Cada alma, cada profeta tem de ser iniciado. O Eu Superior tem de ser despertado e tornado consciente da sua força. Deve existir uma harmonização do corpo físico, etérico, e astral com o espiritual. O desenvolvimento tem que ser feito interiormente, e essa seria a tarefa daquele que conhecemos como Jesus, nos anos que antecederam ao “Baptismo”.
A RESSURREIÇÃO DOS MISTÉRIOS FEMININOS
Parte da função dos verdadeiros Mistérios Cristãos era resgatar o Feminino Divino. O equilíbrio entre o masculino e o feminino em cada pessoa. Só atingindo esse equilíbrio é que a criança divina interior pode nascer.
Nas escolas de mistério havia muitos mitos sobre as Mães Divinas do Mundo: Ísis, Tiamat, Gaia....
Intuição e Imaginação são dois princípios vitais do Feminino. Elas, por sua vez, dão luz a fertilidade, e a divindade. O Feminino simboliza a alma desperta e iluminada, o único tipo de alma no qual o divino em nós pode nascer. O aspecto Amor-Sabedoria enfatizado nos ensinamentos do Cristo Jesus é o Princípio Feminino em que se manifesta a verdadeira iluminação e em que o Reino do Céu é alcançado. O Amor é o principal aspecto do Feminino.
Há muitos símbolos e imagens referentes ao Feminino: o vaso, a noiva, a Lua, planetas, cavernas, vulcões, rios, lagos, leoas, serpentes, vacas éguas, baleias, corvos, garças, pombas, figueiras, milho, malmequeres....
Nas escrituras, há parábolas e ensinamentos em que aparecem as mesmas imagens e símbolos, demonstrando que o Cristo estava ensinando algum aspecto do Feminino.
Em alguns relatos sobre o nascimento de Jesus, a Sagrada Família está numa gruta, e não no estábulo. A parábola da noiva. A festa de bodas em Caná.
É a Sabedoria Materna que nos ajuda a recuperar a criança, e o Cristo falou muitas vezes das crianças.
Analisaremos os principais eventos da vida de Cristo Jesus como uma alegoria para as Sete Iniciações Femininas, também examinaremos o significado das principais personagens femininas nas escrituras, em particular, a mais alta iniciada da época, MARIA, a Mãe de Jesus.
OS SETE MISTÉRIOS CRÍSTICOS FEMININOS
1- A ANUNCIAÇÃO
A Anunciação a Maria, de que ela daria à luz Jesus, feita pelo Arcanjo Gabriel, manifesta a visão glorificada e a iluminação que decorrem do equilíbrio entre o masculino e o feminino.
2- A IMACULADA CONCEIÇAÕ
O poder espiritual da nova visão é impresso no corpo.
3- O NASCIMENTO SAGRADO
Manifesta o nascimento da vontade criativa, o despertar de um novo poder.
4- A APRESENTAÇÃO NO TEMPLO
O aspirante dedica a sua vida ao espiritual.
5- FUGA PARA O EGITO
O período de introspecção, que ocorre no processo de desenvolvimento de todos os aspirantes devido à influência do mundo exterior.
6- OS ENSINAMENTOS NO TEMPLO
Demonstra uma consciência ampliada por meio da fusão do coração e da mente.
7- O BATISMO
A iniciação de abrir-se à visão plena, consciente e à total compreensão do discernimento, indicada pela tentação que ocorre a seguir.
A TENTAÇÃO
O papel feminino, que Cristo Jesus ensinou e demonstrou é poderoso, mas também subtil. O feminino tem de ser buscado e manifestado em cada um de nós. As mulheres das quais temos alguma informação muitas vezes demonstram muita força e muita coragem. As primeiras testemunhas da ressurreição são Maria Madalena, Maria, a mãe de Jesus, e Joana. O aspecto intuitivo, feminino tornou-as mais sensíveis ao poder oculto do evento. Isso fica ainda mais evidente quando os apóstolos se negam a acreditar na história que elas contam. O aspecto masculino não pode ver com tanta clareza.
JOANA, casada com um alto oficial da corte de Herodes abandona o marido para seguir um novo caminho. Deixa a antiga energia masculina para afirmar a sua própria.
SALOMÉ, a mulher de Zebedeu, apresenta os seus dois filhos ao Cristo Jesus para que sejam os seus discípulos
MARIA, mãe de Marcos, abriu a sua casa em Jerusalém para o Cristo Jesus e seus discípulos. Em sua casa seria realizada a Última Ceia. É um símbolo dinâmico da energia feminina actuando através do serviço ao próximo.
MARTA e MARIA de Betânia: uma é prática e reflecte uma expressão exterior do feminino, e a outra é idealista e símbolo do interior. Ambos são necessários e, portanto eles sempre são mostrados juntos. Viajaram juntas com José de Arimatéia, ajudando-o a levar o cálice do Graal para novos países.
VERONICA, que aparece quando o Cristo Jesus está carregando a cruz para o Gólgota e enxuga o rosto dele, deixando-o impresso no pano. Simboliza a energia etérica humana que tem de se tornar mais sensível para que a energia do Cristo se expresse. Só então a verdadeira visão é recuperada.
O feminino se expressa em três aspectos: virgem, mãe, e mulher sábia.
São três as mulheres que primeiro sabem da ressurreição (Ana, Maria, Isabel), representam os três degraus do desenvolvimento profético.
As escrituras nos falam sobre três mulheres que presenciaram a morte de Jesus, e não há menção de homens celebrando a força que provém das energias femininas da vida. Isso é evidenciado também na negação de Pedro. A expressão masculina de amor não foi suficiente para suportar as pressões do mundo exterior. O amor feminino interior é suficientemente forte.
É normal nos perguntarmos porque tantas mulheres nas escrituras têm o nome Maria. No nível mais esotérico, esse facto tem grande importância, pois nos chama a atenção para o significado dos Mistérios Femininos. Este nome tem dois significados predominantes: “myrrh” (mirra) ou, se remontarmos à sua origem, “ do mar”. O elemento água, o mar, para simbolizar o Divino Feminino. Toda a vida surge no mar. O Grande Oceano do Divino dá nascimento ao universal. Das águas da vida vem o novo ser.
O facto de depararmos com o nome Maria, varias vezes deveria incitar-nos o desejo de pesquisar essa questão mais a fundo. Pode ser um nome adoptado por um iniciado, e que reflecte as energias reverenciadas e honradas por aquela pessoa.
Ainda temos, no caminho para o Gólgota, quando Jesus fala com um grupo de mulheres em prantos, depois de cair pela segunda vez, o que simboliza o reconhecimento e a tristeza pela degradação do Feminino Divino, mas também indica que é preciso extrair força do Feminino, já que o caminho completo da iniciação está se abrindo.
OS MISTÉRIOS DA MÃE ABENÇOADA
Maria, a mais alta iniciada. Tanto Maria quanto José eram padrões típicos da expressão espiritual do feminino e do masculino por meio dos mistérios menores do caminho iniciático.
Maria passou por Grandes Iniciações, a saber:
1- A iniciação pela água: trabalho com as emoções. Se nossas águas emocionais estão controladas, elas reflectem abrindo a visão espiritual, o que na vida de Maria foi indicado pela Anunciação.
2- A iniciação pelo fogo: envolve o domínio dos aspectos do desejo da alma. O fogo pode ser criativo e destrutivo. Pode inspirar ou queimar. Essa iniciação requer que se aprenda a controlar as forças interiores do nosso fogo criativo, a Kundalini, para que a mais elevada expressão de luz possa se manifestar. Isso foi representado na vida de Maria por meio da Imaculada Conceição.
3- A iniciação pelo ar: envolve controle e iluminação consciente da mente. Trata-se da Cristificação da mente pela qual se transcende tempo e espaço. Ela desperta o “poder do Verbo”. Essa iniciação foi representada na vida de Maria pelo Pentecostes.
4- A iniciação da terra: envolve o processo de transmutação dos átomos físicos de energia através da energia espiritual. É o domínio sobre tudo o que é físico. Isso foi simbolizado na vida de Maria, pela Assunção.
Esse aspecto de Maria, como a Grande Iniciada, se configura por todo o “caminho da cruz”. Ela era a única capaz de caminhar ao lado de Jesus por todo o trajecto do Gólgota. Era a única capaz de trilhar esse caminho no seu nível mais elevado e verdadeiro.
Ainda temos a sua comunicação com a hierarquia angélica durante a sua vida.
Cristo move-se de um Logos Solar externo para um Logos Planetário interior. Maria move-se de um protótipo Feminino interior para a presente energia Divina exterior. Com o nascimento dos Mistérios de Cristo, começa o processo de troca de polaridade na expressão da energia.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
MITOLOGIA PESSOAL - 2ª PARTE
O QUE É UM MITO PESSOAL
Você é capaz de reconhecer um mito pessoal? Poderia vê-lo em imagens?
Ele pode surgir como pensamentos que lhe dizem o que fazer?
Será que o seu coração dispara, se esse mito for desafiado?
Já percebeu como esse mito evolui como uma história, e você é o protagonista dessa história?
Sabemos que a criança tem uma variedade de impulsos, experiências, aptidões, incertezas, ideias, necessidades, temores e anseios. Também sabemos que a criança depende de modelos que existem no mundo exterior para ajudá-la a organizar o seu interior altamente saturado e orientá-lo. Os heróis culturais que a emocionam constituem poderosas influências na organização de sua vida de modo que isto tudo contribui para que consciente ou inconscientemente modele o comportamento dela. Uma vez incorporada essa imagem, a criança passa a ser controlada por ela, por exemplo, nos filmes de cowboy, a imagem do valentão, individualista, durão, personificado antigamente por John Wayne, ou actualmente por Rambo.
O que torna algumas imagens mais atraentes aos olhos da criança, em detrimento de outras, são que algumas dessas figuras são idolatradas pelos colegas e veneradas pela “máquina de fazer mitos” da nossa cultura e que exercem um poderoso apelo. Em termos pessoais, talvez a criança já tenha interiorizado a mensagem cultural, de que os homens devem parecer corajosos e fortes, principalmente se tem um pai omisso. Uma criança mais sensível ver-se-á às voltas com escolhas difíceis.
Os mitos evoluem com o tempo e experimentamos graves crises ao ver-nos forçados a harmonizar a disparidade entre “a forma” como achamos que devemos agir, com quem realmente somos.
Contudo, a imaginação fértil, as crenças complexas, os sentimentos apaixonados e as motivações poderosas vinculam-se a essa estrutura e completam o seu carácter.
Um mito pessoal é uma constelação de crenças, sentimentos e imagens organizadas em torno de um tema central, dentro de um dos domínios onde a mitologia tradicionalmente actua. Aí inclui-se, a ânsia de compreender o mundo natural, de maneira significativa, a busca de um caminho diferente ao longo de sucessivas épocas da vida humana, a necessidade de segurança e de relacionamentos satisfatórios dentro de uma comunidade, e a ânsia de conhecer o próprio papel, dentro da vasta maravilha e mistério do cosmos.
A mitologia pessoal pode ser considerada um sistema de mitos pessoais complementares e contraditórios que organiza o nosso sentido de realidade e orienta os nossos actos.
Os mitos pessoais também respondem às recompensas e punições que recebemos por comportamento ou aparência.
Imagens oriundas das profundezas do ser podem reflectir-se na mitologia.
Em geral, os mitos pessoais são conflituantes. Esse conflito latente pode tornar-se evidente quando as nossas crenças não mais se coadunam com o nosso comportamento.
O grande poder sugestivo das observações carregadas de emoção de um pai ou de uma mãe deixa imagens indeléveis, tais como, você é uma incompetente...
Os mitos pessoais com os quais nos identificamos conscientemente não são as únicas influências em jogo. Os mitos pessoais guardam íntima relação com sentimentos profundos, e se estivermos tão envolvidos emocionalmente com eles, talvez seja até mesmo difícil considerar explicações e possibilidades baseadas em premissas diferentes.
Em suma, os nossos mitos pessoais se relacionam com o nosso passado, com o nosso presente e com o nosso futuro, bem como com a nossa identidade e propósito de vida. Actuam de maneira típica, além da percepção, mas exercem poderoso efeito sobre os sentimentos, pensamentos e atitudes. Se a ”decepção amorosa” é um motivo dominante na nossa mitologia, seleccionaremos parceiros e faremos escolhas que nos levarão por este caminho. São mitos que inibem o nosso desenvolvimento.
Eles são influenciados pelas experiências acumuladas, pela orientação que a sociedade fornece e pelas visões da mente inconsciente.
Resumindo, os mitos pessoais reflectem os mitos da nossa cultura, apesar de serem relativamente independentes em relação a eles. No âmago de um mito pessoal encontra-se um motivo que dá forma às nossas percepções, orienta o nosso desenvolvimento, e determina o nosso papel na sociedade, ajudando-nos a encontrar significado e conexão espiritual.
A mitologia abastece as nossas emoções e talha as nossas crenças. E com essa compreensão, dos princípios através dos quais a nossa mitologia pessoal funciona, teremos condições de participar conscientemente do desenvolvimento dela.
COMO MUDAR A MITOLOGIA PESSOAL
A mitologia pessoal é constantemente desafiada a incorporar informações que contradizem as próprias premissas, a adaptar-se a novas circunstâncias e a desenvolver-se à medida que amadurecemos e acumulamos novos conhecimentos.
Existem diversas maneiras de participar conscientemente da própria evolução e de cultivá-la.
Contudo, há pessoas que passam toda uma vida tentando vivê-la segundo imagens culturais que nunca se adaptam a elas.
“Sempre que um cavaleiro do Graal tentava seguir o caminho do outro, ele se perdia”. Onde existe um caminho ou trilha, existem as pegadas de outrem. Cada um de nós tem de encontrar o próprio caminho, ninguém pode nos fornecer uma mitologia.
Desenvolvendo uma consciência mais profunda das próprias intuições, sentimentos e imagens interiores, adquirimos uma visão mais completa da nossa mitologia interior.
Penetrando de maneira imaginativa e sistemática nas profundezas do nosso ser, abrimos portas para uma visão mais profunda das preocupações diárias, ampliando os horizontes do autoconhecimento e alcançando um poder capaz de nos transformarmos.
A consciência da escolha aumenta muito quando reconhecemos que os padrões indesejáveis da nossa vida são mantidos por mitos não questionados. Se desafiar o mito e se abrir para uma intimidade maior, talvez se surpreenda com as inúmeras oportunidades de intimidade que surgirão pelo caminho.
Como saber quando um mito exige mudança?
Muitas vezes o exemplo de vida dos pais forma uma barreira que encobre a mitologia pessoal ou que se refere ao sucesso ou à realização; quebrar essa barreira constitui importante etapa do amadurecimento. Se conseguirmos reconhecer a dimensão mítica dos padrões que desejamos alterar, conseguiremos trabalhar de maneira mais eficiente com as nossas camadas mais profundas.
A liberdade está no reconhecimento desses temas latentes. Em vez de vivê-los automaticamente, desenvolvemos habilidades para reflectir a respeito deles e encontrar novas opções.
Esses padrões são conhecidos por “complexos”.
1- Complexo de Édipo (complexo de inferioridade, complexo de poder);
2- Complexo de Ícaro (expectativas muito altas onde sobrevêm com a queda, medo e apatia);
3- Complexo de Jonas (medo de realizar o próprio potencial integral).
O gradual aprimoramento da mitologia interior surge a partir do conflito inevitável que irá ocorrer entre as estruturas míticas existentes e as novas experiências. Quando as nossas experiências e mitos não encontram correspondência, duas são as possibilidades básicas de lidar com essa contradição; alterar a nossa percepção dessa experiência ou modificar o mito. Assimilação ou acomodação.
A mitologia também evolui com as nossas crises. Por vezes, mitos estabelecidos são tão fundamentais para a nossa identidade que renunciar a eles, apesar da sua “ disfuncionalidade”, implica um sofrimento que podemos caracterizar como, “pequenas mortes” que enfrentamos ao longo da vida.
Nas antigas escolas de mistérios exigia-se do indivíduo a morte para uma história, a fim de que houvesse renascimento para outra, mais abrangente. Diz-se que o desenvolvimento da alma começa com a ferida da psique causada por uma história mais abrangente. Como a nossa vida é organizada em torno da velha história, a ferida da psique provocada pela história mais abrangente constitui uma crise de amplas proporções. A história mais abrangente tem objectivos mais elevados e pode lançar por terra valores acalentados na antiga história. Ela exige um envolvimento mais integral, inimaginável na antiga história, e engloba áreas da psique que a antiga história temerosamente confiava às sombras.
A história mais abrangente é imensa, além da compreensão, daí a crise que se abate sobre o antigo mito, que não tem necessariamente que deixar uma nova imagem mítica em seu lugar.
“Quando os mitos não servem mais aos transes internos daqueles que os exigem, a transição para mitos recém-criados pode assumir o aspecto de uma viagem caótica ao interior, serão substituídas as certezas externas pela angústia da viagem interior”.
A ferida torna-se sagrada quando nos dispomos a nos libertar das antigas histórias e tornar-nos veículos através dos quais a nova história com o tempo possa emergir. A ferida abre as portas da nossa sensibilidade para uma realidade mais ampla, bloqueada do nosso ponto de vista condicionado e costumeiro. Se não conseguimos abrir-nos a essa realidade mais ampla, repetimos continuamente a velha história.
O mito antigo e o emergente envolvem-se caracteristicamente num embate nas profundezas do seu ser, uma luta entre o moribundo e aquele que se encontra em gestação pelo domínio das suas percepções, valores e motivações.
O ideal será uma síntese entre o mito antigo e o mito emergente.
Dificuldade de tomar decisões, medos e ansiedades desconhecidos, contradições, sonhos intrigantes, perplexidade insistente, ambivalência e até mesmo sintomas físicos tendem a indicar o conflito mítico. É exactamente nas áreas da sua vida em que você encontra maiores dificuldades ou insatisfação que o trabalho com a mitologia pessoal exercerá um maior impacto.
IDENTIFICAÇÃO COM OS PROGENITORES
Fique de pé numa sala ampla, de forma a poder movimentar-se em qualquer direcção.
Encontre uma posição confortável e feche os olhos.
Dê um passo para trás e imagine-se entrando no corpo e no ser do seu pai, se você for homem, ou da sua mãe, se você for mulher.
Permaneça alguns instantes assim, a fim de sentir como seria estar naquele corpo e naquela personalidade.
Quem você é? O que está vestindo? Quem está com você? Recorde-se de uma frase importante.
Dê outro passo para trás e entre no corpo e no ser dos seus avós do mesmo sexo.
Como eles fariam o relato de situações vividas por eles?
Quais seriam as suas maiores preocupações?
Quais seriam as principais fontes de satisfação?
Como compreende a sua posição na sociedade, as suas limitações, os privilégios, as responsabilidades.
Se uma autoridade não humana explica o destino humano, qual é a natureza deste?
Agora, dê mais um passo atrás e assuma uma postura que imagina ser típica desse ancestral. Dramatize essa postura. Você estará reflectindo a respeito das percepções do eu, do ambiente e dos propósitos dessa pessoa.
Agora, dê um passo à frente e volte a ser você. Encontre uma postura que represente a declaração que a sua própria vida está fazendo neste momento.
Ouça esta declaração como uma frase ou expressão real. Pode dizer em voz alta.
Repita essa afirmação.
Experimente um movimento. Exagere esse movimento.
Repouse e reflicta.
Ao identificar-se com esses progenitores, talvez tenha começado a sentir como eles se viam, como compreendiam as situações, o que valorizavam, em quem e no que confiavam.
Essas questões são fundamentais e presentes no âmago da sua mitologia.
Você consegue ver esses padrões a serem transmitidos geração após geração?
Será que você também transmite ou transmitiria esses padrões para os seus filhos?
(Baseado na obra de – David Feinstein e Stanley Krippner)
Você é capaz de reconhecer um mito pessoal? Poderia vê-lo em imagens?
Ele pode surgir como pensamentos que lhe dizem o que fazer?
Será que o seu coração dispara, se esse mito for desafiado?
Já percebeu como esse mito evolui como uma história, e você é o protagonista dessa história?
Sabemos que a criança tem uma variedade de impulsos, experiências, aptidões, incertezas, ideias, necessidades, temores e anseios. Também sabemos que a criança depende de modelos que existem no mundo exterior para ajudá-la a organizar o seu interior altamente saturado e orientá-lo. Os heróis culturais que a emocionam constituem poderosas influências na organização de sua vida de modo que isto tudo contribui para que consciente ou inconscientemente modele o comportamento dela. Uma vez incorporada essa imagem, a criança passa a ser controlada por ela, por exemplo, nos filmes de cowboy, a imagem do valentão, individualista, durão, personificado antigamente por John Wayne, ou actualmente por Rambo.
O que torna algumas imagens mais atraentes aos olhos da criança, em detrimento de outras, são que algumas dessas figuras são idolatradas pelos colegas e veneradas pela “máquina de fazer mitos” da nossa cultura e que exercem um poderoso apelo. Em termos pessoais, talvez a criança já tenha interiorizado a mensagem cultural, de que os homens devem parecer corajosos e fortes, principalmente se tem um pai omisso. Uma criança mais sensível ver-se-á às voltas com escolhas difíceis.
Os mitos evoluem com o tempo e experimentamos graves crises ao ver-nos forçados a harmonizar a disparidade entre “a forma” como achamos que devemos agir, com quem realmente somos.
Contudo, a imaginação fértil, as crenças complexas, os sentimentos apaixonados e as motivações poderosas vinculam-se a essa estrutura e completam o seu carácter.
Um mito pessoal é uma constelação de crenças, sentimentos e imagens organizadas em torno de um tema central, dentro de um dos domínios onde a mitologia tradicionalmente actua. Aí inclui-se, a ânsia de compreender o mundo natural, de maneira significativa, a busca de um caminho diferente ao longo de sucessivas épocas da vida humana, a necessidade de segurança e de relacionamentos satisfatórios dentro de uma comunidade, e a ânsia de conhecer o próprio papel, dentro da vasta maravilha e mistério do cosmos.
A mitologia pessoal pode ser considerada um sistema de mitos pessoais complementares e contraditórios que organiza o nosso sentido de realidade e orienta os nossos actos.
Os mitos pessoais também respondem às recompensas e punições que recebemos por comportamento ou aparência.
Imagens oriundas das profundezas do ser podem reflectir-se na mitologia.
Em geral, os mitos pessoais são conflituantes. Esse conflito latente pode tornar-se evidente quando as nossas crenças não mais se coadunam com o nosso comportamento.
O grande poder sugestivo das observações carregadas de emoção de um pai ou de uma mãe deixa imagens indeléveis, tais como, você é uma incompetente...
Os mitos pessoais com os quais nos identificamos conscientemente não são as únicas influências em jogo. Os mitos pessoais guardam íntima relação com sentimentos profundos, e se estivermos tão envolvidos emocionalmente com eles, talvez seja até mesmo difícil considerar explicações e possibilidades baseadas em premissas diferentes.
Em suma, os nossos mitos pessoais se relacionam com o nosso passado, com o nosso presente e com o nosso futuro, bem como com a nossa identidade e propósito de vida. Actuam de maneira típica, além da percepção, mas exercem poderoso efeito sobre os sentimentos, pensamentos e atitudes. Se a ”decepção amorosa” é um motivo dominante na nossa mitologia, seleccionaremos parceiros e faremos escolhas que nos levarão por este caminho. São mitos que inibem o nosso desenvolvimento.
Eles são influenciados pelas experiências acumuladas, pela orientação que a sociedade fornece e pelas visões da mente inconsciente.
Resumindo, os mitos pessoais reflectem os mitos da nossa cultura, apesar de serem relativamente independentes em relação a eles. No âmago de um mito pessoal encontra-se um motivo que dá forma às nossas percepções, orienta o nosso desenvolvimento, e determina o nosso papel na sociedade, ajudando-nos a encontrar significado e conexão espiritual.
A mitologia abastece as nossas emoções e talha as nossas crenças. E com essa compreensão, dos princípios através dos quais a nossa mitologia pessoal funciona, teremos condições de participar conscientemente do desenvolvimento dela.
COMO MUDAR A MITOLOGIA PESSOAL
A mitologia pessoal é constantemente desafiada a incorporar informações que contradizem as próprias premissas, a adaptar-se a novas circunstâncias e a desenvolver-se à medida que amadurecemos e acumulamos novos conhecimentos.
Existem diversas maneiras de participar conscientemente da própria evolução e de cultivá-la.
Contudo, há pessoas que passam toda uma vida tentando vivê-la segundo imagens culturais que nunca se adaptam a elas.
“Sempre que um cavaleiro do Graal tentava seguir o caminho do outro, ele se perdia”. Onde existe um caminho ou trilha, existem as pegadas de outrem. Cada um de nós tem de encontrar o próprio caminho, ninguém pode nos fornecer uma mitologia.
Desenvolvendo uma consciência mais profunda das próprias intuições, sentimentos e imagens interiores, adquirimos uma visão mais completa da nossa mitologia interior.
Penetrando de maneira imaginativa e sistemática nas profundezas do nosso ser, abrimos portas para uma visão mais profunda das preocupações diárias, ampliando os horizontes do autoconhecimento e alcançando um poder capaz de nos transformarmos.
A consciência da escolha aumenta muito quando reconhecemos que os padrões indesejáveis da nossa vida são mantidos por mitos não questionados. Se desafiar o mito e se abrir para uma intimidade maior, talvez se surpreenda com as inúmeras oportunidades de intimidade que surgirão pelo caminho.
Como saber quando um mito exige mudança?
Muitas vezes o exemplo de vida dos pais forma uma barreira que encobre a mitologia pessoal ou que se refere ao sucesso ou à realização; quebrar essa barreira constitui importante etapa do amadurecimento. Se conseguirmos reconhecer a dimensão mítica dos padrões que desejamos alterar, conseguiremos trabalhar de maneira mais eficiente com as nossas camadas mais profundas.
A liberdade está no reconhecimento desses temas latentes. Em vez de vivê-los automaticamente, desenvolvemos habilidades para reflectir a respeito deles e encontrar novas opções.
Esses padrões são conhecidos por “complexos”.
1- Complexo de Édipo (complexo de inferioridade, complexo de poder);
2- Complexo de Ícaro (expectativas muito altas onde sobrevêm com a queda, medo e apatia);
3- Complexo de Jonas (medo de realizar o próprio potencial integral).
O gradual aprimoramento da mitologia interior surge a partir do conflito inevitável que irá ocorrer entre as estruturas míticas existentes e as novas experiências. Quando as nossas experiências e mitos não encontram correspondência, duas são as possibilidades básicas de lidar com essa contradição; alterar a nossa percepção dessa experiência ou modificar o mito. Assimilação ou acomodação.
A mitologia também evolui com as nossas crises. Por vezes, mitos estabelecidos são tão fundamentais para a nossa identidade que renunciar a eles, apesar da sua “ disfuncionalidade”, implica um sofrimento que podemos caracterizar como, “pequenas mortes” que enfrentamos ao longo da vida.
Nas antigas escolas de mistérios exigia-se do indivíduo a morte para uma história, a fim de que houvesse renascimento para outra, mais abrangente. Diz-se que o desenvolvimento da alma começa com a ferida da psique causada por uma história mais abrangente. Como a nossa vida é organizada em torno da velha história, a ferida da psique provocada pela história mais abrangente constitui uma crise de amplas proporções. A história mais abrangente tem objectivos mais elevados e pode lançar por terra valores acalentados na antiga história. Ela exige um envolvimento mais integral, inimaginável na antiga história, e engloba áreas da psique que a antiga história temerosamente confiava às sombras.
A história mais abrangente é imensa, além da compreensão, daí a crise que se abate sobre o antigo mito, que não tem necessariamente que deixar uma nova imagem mítica em seu lugar.
“Quando os mitos não servem mais aos transes internos daqueles que os exigem, a transição para mitos recém-criados pode assumir o aspecto de uma viagem caótica ao interior, serão substituídas as certezas externas pela angústia da viagem interior”.
A ferida torna-se sagrada quando nos dispomos a nos libertar das antigas histórias e tornar-nos veículos através dos quais a nova história com o tempo possa emergir. A ferida abre as portas da nossa sensibilidade para uma realidade mais ampla, bloqueada do nosso ponto de vista condicionado e costumeiro. Se não conseguimos abrir-nos a essa realidade mais ampla, repetimos continuamente a velha história.
O mito antigo e o emergente envolvem-se caracteristicamente num embate nas profundezas do seu ser, uma luta entre o moribundo e aquele que se encontra em gestação pelo domínio das suas percepções, valores e motivações.
O ideal será uma síntese entre o mito antigo e o mito emergente.
Dificuldade de tomar decisões, medos e ansiedades desconhecidos, contradições, sonhos intrigantes, perplexidade insistente, ambivalência e até mesmo sintomas físicos tendem a indicar o conflito mítico. É exactamente nas áreas da sua vida em que você encontra maiores dificuldades ou insatisfação que o trabalho com a mitologia pessoal exercerá um maior impacto.
IDENTIFICAÇÃO COM OS PROGENITORES
Fique de pé numa sala ampla, de forma a poder movimentar-se em qualquer direcção.
Encontre uma posição confortável e feche os olhos.
Dê um passo para trás e imagine-se entrando no corpo e no ser do seu pai, se você for homem, ou da sua mãe, se você for mulher.
Permaneça alguns instantes assim, a fim de sentir como seria estar naquele corpo e naquela personalidade.
Quem você é? O que está vestindo? Quem está com você? Recorde-se de uma frase importante.
Dê outro passo para trás e entre no corpo e no ser dos seus avós do mesmo sexo.
Como eles fariam o relato de situações vividas por eles?
Quais seriam as suas maiores preocupações?
Quais seriam as principais fontes de satisfação?
Como compreende a sua posição na sociedade, as suas limitações, os privilégios, as responsabilidades.
Se uma autoridade não humana explica o destino humano, qual é a natureza deste?
Agora, dê mais um passo atrás e assuma uma postura que imagina ser típica desse ancestral. Dramatize essa postura. Você estará reflectindo a respeito das percepções do eu, do ambiente e dos propósitos dessa pessoa.
Agora, dê um passo à frente e volte a ser você. Encontre uma postura que represente a declaração que a sua própria vida está fazendo neste momento.
Ouça esta declaração como uma frase ou expressão real. Pode dizer em voz alta.
Repita essa afirmação.
Experimente um movimento. Exagere esse movimento.
Repouse e reflicta.
Ao identificar-se com esses progenitores, talvez tenha começado a sentir como eles se viam, como compreendiam as situações, o que valorizavam, em quem e no que confiavam.
Essas questões são fundamentais e presentes no âmago da sua mitologia.
Você consegue ver esses padrões a serem transmitidos geração após geração?
Será que você também transmite ou transmitiria esses padrões para os seus filhos?
(Baseado na obra de – David Feinstein e Stanley Krippner)
MITOLOGIA PESSOAL - 1ª PARTE
CRENÇAS E OU PARADIGMAS
As crenças dão origem a hábitos e formas de comportamento, daí a necessidade de questioná-las, a necessidade de descobrir padrões de comportamento destrutivos, e neutralizá-los. Necessidade de saber quem sou; o que pretendo resolver; o que penso, pois sou aquilo que penso, que palavras pronuncio; no que mais acredito, e que crendices são essas; que informações recebo e tomo como verdade absoluta. Que informações foram essas pelas quais moldei a minha realidade?
É preciso um tempo, tempo para ver e questionar todas essas crenças, superstições e projeções, inoculadas em nossos neurônios por gerações e gerações de visão distorcida, fruto da ignorância em que vivíamos. Sentimentos de culpa, pecado, medo do prazer, etc.
A nossa preocupação com as atividades do dia-a-dia, não nos deixa priorizar coisas importantes, como a reintegração com a natureza, o conhecimento das leis que governam o universo, o despertar de uma hipnose destruidora, que transforma o ser humano em “homem máquina”
Distraídos e acomodados, nos perdemos, nos encantamos com os nossos problemas e nossas criações diárias, e entorpecidos esquecemos do verdadeiro sentido da vida!
Temos 16 mil pensamentos por dia, e 90% deles são os mesmos de ontem, de anteontem, e perdidos nessa repetição pela desatenção, e desligados do nosso verdadeiro ser vamos criando os nossos padrões de comportamento negativo.
O que determina o nosso futuro é o conjunto de escolhas que fazemos, consciente ou inconscientemente. A grande magia é que essas escolhas interferem decisivamente no que está sendo tecido nessa imensa tapeçaria que é a vida.
Lembre-se que, a cada mudança nossa, o universo muda também. A verdadeira alquimia se processa no interior das pessoas ao longo da vida. Aonde vai um pensamento, uma molécula vai junto. Os pensamentos são pulsos de energia transformando-se a si mesmos em moléculas; essas moléculas chamadas de “mensageiras do espaço” mostram que a verdadeira comunicação não é verbal, mas hormonal ou energética. Tudo vibra e está em constante movimento, e o mesmo se dá com os pensamentos. Ao darmos vida ao pensamento, criamos matéria; se a mente aceita uma situação como presente, ela começa a tomar forma no mundo tridimensional, já que nossa mente se estende e influencia todo o ambiente, e aí é que está o perigo. Pensamentos recorrentes tornam-se realidade sem que percebamos que fomos nós os criadores. Portanto, cuidado com o medo e o desejo.
Vejo o pensamento como a semente que plantamos distraidamente. É aí que temos de focalizar a nossa atenção. Podemos e devemos tomar conta de nossos pensamentos, selecionando aqueles que nos fazem mal.
O pensamento é uma extensão atualizada de crenças da infancia.
O mestre JESUS, já dizia – “ Se conhece a árvore pelos frutos que dá”, e
se nos é difícil conhecer a árvore, traduzida aqui por nossas acções, que dirá as sementes, que são os nossos pensamentos, e que geraram essa árvore.
Os frutos são os resultados de nossas acções; amargos ou doces, de acordo com
As flores, os momentos de pura alegria, de amor e de doação.
Flores e frutos, são o resultado final dos ramos, ou seja, o efeito do que causamos com nossos padrões de comportamento.
O tronco é determinado pela qualidade da percepção com que durante a vida observamos o mundo a nossa volta; a forma como nos organizamos internamente para viver, baseado nas informações que recebemos dos pais, religião, meio e cultura, durante a infância.
As raízes, as emoções básicas que determinam a natureza da árvore ou do que somos.
Os fungos, que são a qualidade da energia que alimenta essas raízes – defesa e ataque ou, confiança e entrega.
As sementes, os pensamentos, a verdadeira e única origem da manifestação.
A grande obra é descobrir que tipo de sementes plantamos e mais, com que energia as alimentamos.
Podemos começar pelo mais óbvio, observando cuidadosamente os frutos e as flores de nossa árvore, perguntando, o que estou produzindo, e o que estou colhendo? Vamos verificar os galhos e ver onde estão precisando de poda? Ao observar o tronco e as raízes, percebo de que estarão se alimentando? Estou satisfeito com a qualidade do que está sendo semeado? Devo jogar fora esse tipo de semente, apesar de terem sido indicadas por pessoas queridas? Essas pessoas foram felizes e deram bons frutos?
É preciso estar consciente de que semeio a minha vida, com o que aprendi através do meu sistema de crenças, do que é certo ou errado, com o que intimamente acredito e que muitas vezes é completamente diferente daquilo que desejo.
Tenho que parar e questionar. O que vai nascer no meu jardim? Vou colher aquilo que semeei?
(Baseado no livro “A vida tende a dar certo” de Anna Sharp)
As crenças dão origem a hábitos e formas de comportamento, daí a necessidade de questioná-las, a necessidade de descobrir padrões de comportamento destrutivos, e neutralizá-los. Necessidade de saber quem sou; o que pretendo resolver; o que penso, pois sou aquilo que penso, que palavras pronuncio; no que mais acredito, e que crendices são essas; que informações recebo e tomo como verdade absoluta. Que informações foram essas pelas quais moldei a minha realidade?
É preciso um tempo, tempo para ver e questionar todas essas crenças, superstições e projeções, inoculadas em nossos neurônios por gerações e gerações de visão distorcida, fruto da ignorância em que vivíamos. Sentimentos de culpa, pecado, medo do prazer, etc.
A nossa preocupação com as atividades do dia-a-dia, não nos deixa priorizar coisas importantes, como a reintegração com a natureza, o conhecimento das leis que governam o universo, o despertar de uma hipnose destruidora, que transforma o ser humano em “homem máquina”
Distraídos e acomodados, nos perdemos, nos encantamos com os nossos problemas e nossas criações diárias, e entorpecidos esquecemos do verdadeiro sentido da vida!
Temos 16 mil pensamentos por dia, e 90% deles são os mesmos de ontem, de anteontem, e perdidos nessa repetição pela desatenção, e desligados do nosso verdadeiro ser vamos criando os nossos padrões de comportamento negativo.
O que determina o nosso futuro é o conjunto de escolhas que fazemos, consciente ou inconscientemente. A grande magia é que essas escolhas interferem decisivamente no que está sendo tecido nessa imensa tapeçaria que é a vida.
Lembre-se que, a cada mudança nossa, o universo muda também. A verdadeira alquimia se processa no interior das pessoas ao longo da vida. Aonde vai um pensamento, uma molécula vai junto. Os pensamentos são pulsos de energia transformando-se a si mesmos em moléculas; essas moléculas chamadas de “mensageiras do espaço” mostram que a verdadeira comunicação não é verbal, mas hormonal ou energética. Tudo vibra e está em constante movimento, e o mesmo se dá com os pensamentos. Ao darmos vida ao pensamento, criamos matéria; se a mente aceita uma situação como presente, ela começa a tomar forma no mundo tridimensional, já que nossa mente se estende e influencia todo o ambiente, e aí é que está o perigo. Pensamentos recorrentes tornam-se realidade sem que percebamos que fomos nós os criadores. Portanto, cuidado com o medo e o desejo.
Vejo o pensamento como a semente que plantamos distraidamente. É aí que temos de focalizar a nossa atenção. Podemos e devemos tomar conta de nossos pensamentos, selecionando aqueles que nos fazem mal.
O pensamento é uma extensão atualizada de crenças da infancia.
O mestre JESUS, já dizia – “ Se conhece a árvore pelos frutos que dá”, e
se nos é difícil conhecer a árvore, traduzida aqui por nossas acções, que dirá as sementes, que são os nossos pensamentos, e que geraram essa árvore.
Os frutos são os resultados de nossas acções; amargos ou doces, de acordo com
As flores, os momentos de pura alegria, de amor e de doação.
Flores e frutos, são o resultado final dos ramos, ou seja, o efeito do que causamos com nossos padrões de comportamento.
O tronco é determinado pela qualidade da percepção com que durante a vida observamos o mundo a nossa volta; a forma como nos organizamos internamente para viver, baseado nas informações que recebemos dos pais, religião, meio e cultura, durante a infância.
As raízes, as emoções básicas que determinam a natureza da árvore ou do que somos.
Os fungos, que são a qualidade da energia que alimenta essas raízes – defesa e ataque ou, confiança e entrega.
As sementes, os pensamentos, a verdadeira e única origem da manifestação.
A grande obra é descobrir que tipo de sementes plantamos e mais, com que energia as alimentamos.
Podemos começar pelo mais óbvio, observando cuidadosamente os frutos e as flores de nossa árvore, perguntando, o que estou produzindo, e o que estou colhendo? Vamos verificar os galhos e ver onde estão precisando de poda? Ao observar o tronco e as raízes, percebo de que estarão se alimentando? Estou satisfeito com a qualidade do que está sendo semeado? Devo jogar fora esse tipo de semente, apesar de terem sido indicadas por pessoas queridas? Essas pessoas foram felizes e deram bons frutos?
É preciso estar consciente de que semeio a minha vida, com o que aprendi através do meu sistema de crenças, do que é certo ou errado, com o que intimamente acredito e que muitas vezes é completamente diferente daquilo que desejo.
Tenho que parar e questionar. O que vai nascer no meu jardim? Vou colher aquilo que semeei?
(Baseado no livro “A vida tende a dar certo” de Anna Sharp)
terça-feira, 27 de novembro de 2007
AUTOCONHECIMENTO PELA ASTROLOGIA
Podemos resumir em poucas palavras alguns pontos essenciais relativos a astrologia. No momento do nascimento, cada indivíduo é associado de uma maneira alquímica a um dos planetas do Sistema Solar, por meio da essência vibratória e química que é insuflada em seu corpo e que estabelece uma afinidade química com a natureza e as características daquele planeta em particular. Assim, com o primeiro sopro de vida, algumas combinações químicas de energia vibratória são insufladas no corpo da criança, em consonância com aquelas dos diferentes planetas do nosso Sistema Solar, e durante toda a existência cada um de nós está ligado a esses planetas de acordo com a natureza alquímica de sua composição física. Assim, pode-se dizer que certas características, implantadas no corpo desde o nascimento, vão afetar as emoções, as tendências e os desejos de cada ser humano. Os doze tipos humanos fundamentais são representados pelos doze signos do Zodíaco e as diversas naturezas complexas que encontramos na Terra resultam das influências combinadas dos planetas e dos signos do Zodíaco.
Ainda que interessado pela astrologia no âmbito de um melhor autoconhecimento, nenhum místico deve jamais esquecer que o homem dispõe sempre do livre-arbítrio, faculdade fundamental de sua natureza altamente evoluída. De modo que todo estudante de astrologia deve constantemente ter em mente a célebre fórmula "astra inclinant, non necessitant", isto é, “ os astros inclinam, não obriga”'.
ZODÍACO E SAÚDE
OS PONTOS FRACOS DE CADA SIGNO
CARNEIRO- Sistema nervoso e cabeça, cáries, gengivites, febres.
TOURO- Garganta e parte superior do aparelho respiratório
GÊMEOS- Aparelho respiratório, bronquite, asma, enfísema.
CARANGUEJO- Aparelho digestivo, constipações, doenças de pele retenção de líquido.
LEÃO- Sistema cardiovascular, coluna vertebral.
VIRGEM- Intestinos e sistema nervoso.
BALANÇA- Rins, lumbago, nefrite, cálculos.
ESCORPIÃO- Órgãos reprodutores, hemorróidas, fistulas.
SAGITÁRIO- Disfunções circulatórias, gota, reumatismo, ciática,
Flebite.
CAPRICÓRNIO- Artroses, reumatismo, artrites, pele, cáries.
AQUÁRIO- Disfunções cardiovasculares, varizes, hemorróidas, cãimbras
PEIXES- Reumatismo, intoxicações, doenças de pele.
QUALIDADES ESPECÍFICAS DA ENERGIA
No signo onde O SOL está, vai nos mostrar como a pessoa é, como percebe a vida. O modo de ser.
No signo onde A LUA se encontra, a pessoa reage baseada em suas emoções e predisposições subconscientes.
No signo onde MERCÚRIO aparece, como a pessoa fala e se comunica.
No signo onde aparece VÊNUS, como a pessoa expressa afeição, amor, como ela se sente amada.
No signo onde MARTE se posiciona, como a pessoa se afirma ou expressa os seus desejos. Que tônica tem a ação dessa pessoa.
No signo onde está JÚPITER, indica como a pessoa procura desenvolver-se, e sentir confiança em si mesma, como estabelece os seus objetivos e metas.
No signo onde encontra-se SATURNO, como a pessoa procura estabelecer-se e, preservar-se através do esforço, do trabalho, e da responsabilidade.
REGENTES
ÁRIES MARTE
TOURO VÊNUS
GÊMEOS MERCÚRIO
CÂNCER LUA
LEÃO SOL
VIRGEM MERCÚRIO
LIBRA VÊNUS
ESCORPIÃO PLUTÃO
SAGITÁRIO JÚPITER
CAPRICÓRNIO SATURNO
AQUÁRIO URANO
PEIXES NETUNO
OS SIGNOS ESTÃO DIVIDIDOS EM 4 ELEMENTOS
TERRA - extrutura óssea
AR - respiração
ÁGUA - sangue e linfa
FOGO - temperatura do corpo
SIGNOS DE AR - GÊMEOS, LIBRA, AQUÁRIO
Processos mentais, pensamentos, reflexão, mente concreta e abstrata.
Tendem a se elevar acima dos conflitos , e a flutuar ao redor deles.
SIGNOS DE ÁGUA – CÂNCER, ESCORPIÃO, PEIXES
Processos emocionais. Tendem a escapar dos conflitos, a escorrer ao redor, ou então, desgastam as coisas e pessoas que servem de obstáculos.
SIGNOS DE TERRA - TOURO, VIRGEM, CAPRICÓRNIO
Nos limites entre espaço e tempo. O lado objetivo. Tendem a desdenhar o conflito. Preferem absorver o impacto lentamente. Tendem a agredir o obstáculo. Pouca enfase em signos de terra, essas pessoas não têm paciencia para esperar acontecer, para ver o que se começou progredir e chegar ao fim.
SIGNOS DE FOGO - ÁRIES, LEÃO, SAGITÁRIO.
A impulsividade, a força de vontade, a iniciativa, a decisão. Verdadeira bola de fogo girando. O próprio Sol. Esquentamento da cabeça. Ombros para cima. Na troca, o ar suaviza e refresca. Energia. Expor a cabeça e os ombros aos raios solares. Tendem a vencer os obstáculos pela força, queimando ou afugentando-os.
CARACTERÍSTICAS A SEREM VENCIDAS
AR –cobiça mental. Querer chegar a um conhecimento supremo
FOGO – a cólera.
ÁGUA – a paixão.
TERRA – a fixação e dificuldades pára mudar.
MANEIRA DE SER - de acordo com o número de planetas nas casas:
FOGO- I IX V - necessidade de expressão.
TERRA - II VI X - necessidade de dar forma aos pensamentos e necessidade de conquistar os espaços sociais.
AR – III VII XI – necessidade de projeção social. Pessoas inteligentes e sociáveis. Projetam muito bem.
ÁGUA - IV VIII – grande sensibilidade. Intuição, Necessidade de investigar psíquicamente.
CRUZ FIXO -TOURO ( terra )
- ESCORPIÃO (água )
- AQUÁRIO ( ar)
- LEÃO ( fogo )
Palavra chave- “Usar” – manter a energia
Característica - SINTETIZADORA
As pessoas que nascem nos signos fixos são mais resistentes, mais teimosas nas mudanças.
CRUZ CARDINAL – ÁRIES ( fogo )
- CAPRICÓRNIO - ( terra )
- LIBRA - ( ar)
- CÂNCER - ( água )
Palavra chave- “Ser” - mudar a energia.
Característica- INICIADORA
Essas pessoas têm força para fazer mudanças. Resistem menos.
CRUZ MUTÁVEL - GÊMEOS -( terra)
- PEIXES - ( ar)
- SAGITÁRIO – (fogo )
- VIRGEM - ( água )
Palavra chave- “transformar” -
Característica- MODIFICADORAA pessoa sempre vai entender a personalidade dela através do signo oposto, por exemplo- áries/libra. As partes em nós que aceitamos, e que no primeiro momento rejeitamos ou projetamos nos outros, acabamos por reconhecer em nós mesmos e aceitar, para que haja completa integração entre essas duas partes.
O oposto do signo solar, o lunar ou fundo do céu, é desafiador para o nosso processo.
A casa onde temos muitos planetas, também é aspecto desafiador, pois sempre tensionam.
Todos os ascendentes que têm planetas com a regencia Venus, dá ao indivíduo uma certa feminilidade.
Quanto aos signos de fogo, estes darão à pessoa uma força muito grande, ou certa atividade.
O fundo do céu refere-se ao passado e está assimilado.
O meio do céu refere-se ao futuro e é preciso integrar.
Os signos duais, como peixes/libra/gemeos, gera insegurança e dúvida. Sempre questiona as polaridades, luz/sombra, certo/errado....principalmente se o sol, a lua e o ascendente estiverem aqui estas características serão fortalecidas e as pessoas demoram para aceitar essas características nelas.
Geralmente, os piscianos são” fugitivos”, e os librianos possuem muitos aspectos desarmonicos.
O ASCENDENTE - ponto mais sensível
-ponto de conexão com o mundo externo
-senso de identidade e a personalidade que os outros conhecem
-a impressaõ que causamos nas pessoas, naquele primeiro encontro
persona
O MEIO DO CÉU –
- está ligado aos nossos objetivos e posição social.ambições e realizações mais altas.
-como o público nos vê
-nossa carreira profissional
O IMMUM COELI – ponto oposto ao meio do céu
-o lado oculto e inconsciente de nossas experiências
-esclarece aspectos do nosso comportamento, e atitudes para com o lar e a vida familiar
-o tipo de lar que construiremos, assim como nossas raízes familiares e tradições.
A PARTE SUPERIOR DO MAPA – ( sul)
- relaciona-se com a nossa experiência do mundo exteriorizado.
A PARTE INFERIOR DO MAPA – (norte)
-relaciona-se com o lado inconsciente e com nossas preocupações mais pessoais , e cotidiana.
O LADO LESTE – ligado às nossas atividades.
-O controle do Ego, que exerce-se sobre todas as coisas.
O LADO OESTE –
-as partes de nós, as influências planetárias que se ligam à influência dos outros, sobre nossas experiências de vida.
Ainda que interessado pela astrologia no âmbito de um melhor autoconhecimento, nenhum místico deve jamais esquecer que o homem dispõe sempre do livre-arbítrio, faculdade fundamental de sua natureza altamente evoluída. De modo que todo estudante de astrologia deve constantemente ter em mente a célebre fórmula "astra inclinant, non necessitant", isto é, “ os astros inclinam, não obriga”'.
ZODÍACO E SAÚDE
OS PONTOS FRACOS DE CADA SIGNO
CARNEIRO- Sistema nervoso e cabeça, cáries, gengivites, febres.
TOURO- Garganta e parte superior do aparelho respiratório
GÊMEOS- Aparelho respiratório, bronquite, asma, enfísema.
CARANGUEJO- Aparelho digestivo, constipações, doenças de pele retenção de líquido.
LEÃO- Sistema cardiovascular, coluna vertebral.
VIRGEM- Intestinos e sistema nervoso.
BALANÇA- Rins, lumbago, nefrite, cálculos.
ESCORPIÃO- Órgãos reprodutores, hemorróidas, fistulas.
SAGITÁRIO- Disfunções circulatórias, gota, reumatismo, ciática,
Flebite.
CAPRICÓRNIO- Artroses, reumatismo, artrites, pele, cáries.
AQUÁRIO- Disfunções cardiovasculares, varizes, hemorróidas, cãimbras
PEIXES- Reumatismo, intoxicações, doenças de pele.
QUALIDADES ESPECÍFICAS DA ENERGIA
No signo onde O SOL está, vai nos mostrar como a pessoa é, como percebe a vida. O modo de ser.
No signo onde A LUA se encontra, a pessoa reage baseada em suas emoções e predisposições subconscientes.
No signo onde MERCÚRIO aparece, como a pessoa fala e se comunica.
No signo onde aparece VÊNUS, como a pessoa expressa afeição, amor, como ela se sente amada.
No signo onde MARTE se posiciona, como a pessoa se afirma ou expressa os seus desejos. Que tônica tem a ação dessa pessoa.
No signo onde está JÚPITER, indica como a pessoa procura desenvolver-se, e sentir confiança em si mesma, como estabelece os seus objetivos e metas.
No signo onde encontra-se SATURNO, como a pessoa procura estabelecer-se e, preservar-se através do esforço, do trabalho, e da responsabilidade.
REGENTES
ÁRIES MARTE
TOURO VÊNUS
GÊMEOS MERCÚRIO
CÂNCER LUA
LEÃO SOL
VIRGEM MERCÚRIO
LIBRA VÊNUS
ESCORPIÃO PLUTÃO
SAGITÁRIO JÚPITER
CAPRICÓRNIO SATURNO
AQUÁRIO URANO
PEIXES NETUNO
OS SIGNOS ESTÃO DIVIDIDOS EM 4 ELEMENTOS
TERRA - extrutura óssea
AR - respiração
ÁGUA - sangue e linfa
FOGO - temperatura do corpo
SIGNOS DE AR - GÊMEOS, LIBRA, AQUÁRIO
Processos mentais, pensamentos, reflexão, mente concreta e abstrata.
Tendem a se elevar acima dos conflitos , e a flutuar ao redor deles.
SIGNOS DE ÁGUA – CÂNCER, ESCORPIÃO, PEIXES
Processos emocionais. Tendem a escapar dos conflitos, a escorrer ao redor, ou então, desgastam as coisas e pessoas que servem de obstáculos.
SIGNOS DE TERRA - TOURO, VIRGEM, CAPRICÓRNIO
Nos limites entre espaço e tempo. O lado objetivo. Tendem a desdenhar o conflito. Preferem absorver o impacto lentamente. Tendem a agredir o obstáculo. Pouca enfase em signos de terra, essas pessoas não têm paciencia para esperar acontecer, para ver o que se começou progredir e chegar ao fim.
SIGNOS DE FOGO - ÁRIES, LEÃO, SAGITÁRIO.
A impulsividade, a força de vontade, a iniciativa, a decisão. Verdadeira bola de fogo girando. O próprio Sol. Esquentamento da cabeça. Ombros para cima. Na troca, o ar suaviza e refresca. Energia. Expor a cabeça e os ombros aos raios solares. Tendem a vencer os obstáculos pela força, queimando ou afugentando-os.
CARACTERÍSTICAS A SEREM VENCIDAS
AR –cobiça mental. Querer chegar a um conhecimento supremo
FOGO – a cólera.
ÁGUA – a paixão.
TERRA – a fixação e dificuldades pára mudar.
MANEIRA DE SER - de acordo com o número de planetas nas casas:
FOGO- I IX V - necessidade de expressão.
TERRA - II VI X - necessidade de dar forma aos pensamentos e necessidade de conquistar os espaços sociais.
AR – III VII XI – necessidade de projeção social. Pessoas inteligentes e sociáveis. Projetam muito bem.
ÁGUA - IV VIII – grande sensibilidade. Intuição, Necessidade de investigar psíquicamente.
CRUZ FIXO -TOURO ( terra )
- ESCORPIÃO (água )
- AQUÁRIO ( ar)
- LEÃO ( fogo )
Palavra chave- “Usar” – manter a energia
Característica - SINTETIZADORA
As pessoas que nascem nos signos fixos são mais resistentes, mais teimosas nas mudanças.
CRUZ CARDINAL – ÁRIES ( fogo )
- CAPRICÓRNIO - ( terra )
- LIBRA - ( ar)
- CÂNCER - ( água )
Palavra chave- “Ser” - mudar a energia.
Característica- INICIADORA
Essas pessoas têm força para fazer mudanças. Resistem menos.
CRUZ MUTÁVEL - GÊMEOS -( terra)
- PEIXES - ( ar)
- SAGITÁRIO – (fogo )
- VIRGEM - ( água )
Palavra chave- “transformar” -
Característica- MODIFICADORAA pessoa sempre vai entender a personalidade dela através do signo oposto, por exemplo- áries/libra. As partes em nós que aceitamos, e que no primeiro momento rejeitamos ou projetamos nos outros, acabamos por reconhecer em nós mesmos e aceitar, para que haja completa integração entre essas duas partes.
O oposto do signo solar, o lunar ou fundo do céu, é desafiador para o nosso processo.
A casa onde temos muitos planetas, também é aspecto desafiador, pois sempre tensionam.
Todos os ascendentes que têm planetas com a regencia Venus, dá ao indivíduo uma certa feminilidade.
Quanto aos signos de fogo, estes darão à pessoa uma força muito grande, ou certa atividade.
O fundo do céu refere-se ao passado e está assimilado.
O meio do céu refere-se ao futuro e é preciso integrar.
Os signos duais, como peixes/libra/gemeos, gera insegurança e dúvida. Sempre questiona as polaridades, luz/sombra, certo/errado....principalmente se o sol, a lua e o ascendente estiverem aqui estas características serão fortalecidas e as pessoas demoram para aceitar essas características nelas.
Geralmente, os piscianos são” fugitivos”, e os librianos possuem muitos aspectos desarmonicos.
O ASCENDENTE - ponto mais sensível
-ponto de conexão com o mundo externo
-senso de identidade e a personalidade que os outros conhecem
-a impressaõ que causamos nas pessoas, naquele primeiro encontro
persona
O MEIO DO CÉU –
- está ligado aos nossos objetivos e posição social.ambições e realizações mais altas.
-como o público nos vê
-nossa carreira profissional
O IMMUM COELI – ponto oposto ao meio do céu
-o lado oculto e inconsciente de nossas experiências
-esclarece aspectos do nosso comportamento, e atitudes para com o lar e a vida familiar
-o tipo de lar que construiremos, assim como nossas raízes familiares e tradições.
A PARTE SUPERIOR DO MAPA – ( sul)
- relaciona-se com a nossa experiência do mundo exteriorizado.
A PARTE INFERIOR DO MAPA – (norte)
-relaciona-se com o lado inconsciente e com nossas preocupações mais pessoais , e cotidiana.
O LADO LESTE – ligado às nossas atividades.
-O controle do Ego, que exerce-se sobre todas as coisas.
O LADO OESTE –
-as partes de nós, as influências planetárias que se ligam à influência dos outros, sobre nossas experiências de vida.
sábado, 24 de novembro de 2007
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO
Relaxamento Físico
Muito se tem escrito sobre a relaxação, do ponto de vista objectivo. Pode o misticismo lançar alguma luz sobre este assunto?
Possui o místico qualquer chave ou processos singulares para conseguir a relaxação?
A relaxação é um factor muito mais importante para a vida, do que, infelizmente, a maioria de nós imagina. Há muitas coisas que podem ser mais facilmente conseguidas, não pela actividade, mas, pela passividade, ou por meio da relaxação.
Sabemos que a actividade física requer dispêndio de energia. Esse dispêndio é regulado pela quantidade de energia requerida pelos nossos esforços. Por exemplo, quando erguemos uma das mãos até o rosto, este acto em si mesmo, requer muito pouco esforço, talvez, raramente dele tenhamos consciência.
Por outro lado, se devemos levantar um peso de setenta quilos, como um alter, acima da nossa cabeça e com um só braço, então, despendemos muito mais esforço. Toda a força que a vontade concentrar será dirigida pela mente, através dos nervos motores, para contrair os músculos devidos, permitindo-nos assim impelir esse peso para cima.
Sabemos que a contínua demanda de nossa energia nos exaure. Então, a natureza exige que um estado oposto seja estabelecido, de modo que possamos recuperar a energia despendida. Esse estado oposto é conhecido como repouso.
Então, que é exactamente o repouso, no que concerne ao organismo humano?
O repouso pode ser melhor descrito pela palavra relaxação, que, por sua vez, significa afrouxar, ou seja, libertar-se de tensão ou esforço.
Tomemos a analogia da tira de borracha, para compreendermos melhor este ponto. A posição normal de uma tira de borracha é aquela em que ela não está estirada. Quando ela se encontra nessa posição normal, potencialmente capaz de trabalho. Isto é, nela existe a possibilidade de se estender a fim de realizar alguma função que chamaríamos de trabalho.
A distensão constante da tira de borracha acaba reduzindo seu potencial para realizar qualquer trabalho. Em outras palavras, a borracha perde sua elasticidade. Entretanto, se relaxamos periodicamente a tensão dessa tira, ela se contrai gradativamente e, então, afrouxa-se, retornando à sua posição normal e, portanto, recuperando sua elasticidade, seu potencial para realizar novo trabalho.
Isto é também verdadeiro em relação ao nosso corpo e ao nosso cérebro, ou seja, às nossas funções físicas e mentais.
Somos constituídos de tal forma que precisamos nos entregar a estados passivos, para recuperarmos as forças expendidas. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe relaxar, ou, se tem alguma ideia de como fazê-lo, por várias razões não acha tempo suficiente para isto.
Quando gastamos energia em alto grau, tornamo-nos fatigados. Esta fadiga, ou antes, a sensação de fadiga, é causada por uma condição tóxica que se estabelece no sangue. A natureza lança no sangue um ácido tânico, podemos dizer uma espécie de veneno, que age como uma droga e impede que prossigamos com a nossa actividade, sob pena de causarmos grande prejuízo a nós mesmos.
Talvez, ao nos estirarmos numa cama confortável, ou sentarmos numa poltrona macia, acreditemos que estamos relaxando, mas, nem sempre é o bastante. Naturalmente, isto proporciona uma sensação momentânea de alívio, que frequentemente nos engana, porque presumimos que constitui uma relaxação perfeita, e certos músculos e nervos são realmente aliviados de tensão, porém, repetimos, isto nem sempre é suficiente, e é por esta razão que sobrevem o cansaço, quando retomamos nossas actividades.
A relaxação não implica necessariamente em que o estado passivo se prolongue por muito tempo. É mais importante que a relaxação seja de natureza correcta.
Quando somos impelidos a executar continuamente alguma tarefa, ou a realizar uma série de actividades pelo uso da vontade, estabelecemos uma lei em nossa mente subjectiva, no sentido de agir da maneira desejada. Criamos um impulso que não pode ser facilmente detido, mesmo que decidamos parar.
Portanto, quando paramos de facto, devido ao cansaço, essa lei continua em operação e ainda pode afectar certas partes do nosso organismo. A mente subjectiva pode continuar a enviar impulsos pelos nervos motores, para certos plexos dos músculos que estivemos usando, sob a forma de estímulo. Esses estímulos poderão não ser suficientemente fortes para nos compelir a continuar trabalhando contra a nossa vontade, porém, impedirão relaxação total, mesmo que tenhamos cessado as actividades.
Para produzir a necessária relaxação é preciso aplicar às regiões do corpo que estiverem sendo usadas em excesso, uma verdadeira massagem mental. Naturalmente, convém, em primeiro lugar, colocar os braços e as pernas na posição mais confortável possível.
Não devemos sentar de modo que possa provocar qualquer cãibra. É necessário uma postura correcta e a roupa não deve estar muito apertada. Deve-se evitar que coisa alguma nos mantenha sob tensão.
Em seguida, devemos dirigir a nossa consciência para a região em particular que estamos usando em excesso (os braços, as pernas, as costas, etc.) qualquer ponto em que estejamos conscientes de fadiga.
Devemos dirigir a nossa consciência para esse ponto de modo que estejamos sensíveis apenas a essa região em particular. Tudo deverá se passar como se unicamente essa parte do nosso Ser estivesse viva. Tudo o mais deverá parecer adormecido ou sem vida. Finalmente, se formos bem sucedidos em dirigir nossa consciência deste modo, sentiremos uma ligeira pulsação, ou um certo calor, nessa região. Estaremos então verdadeiramente estimulando as células daquela área, por dirigirmos para elas a nossa energia mental.
Ao sentirmos esse calor e essa pulsação, devemos fazer uma série de inalações profundas, para trazer o elemento positivo.
Devemos sustar a respiração por quanto tempo pudermos fazê-lo convenientemente e, depois, exalar lentamente. Deste modo, dirigimos a vitalizada consciência psíquica às áreas deficientes de energia.
Quando não mais pudermos aumentar esse calor, isto é, a consciência do calor na área que estiver sendo focalizada, deveremos parar de nos concentrar.
Quando o fizermos a sensação de calor e pulsação cessará gradativamente. Mas, aqui está o factor importante: com o cessar destas sensações, o desconforto, ou a fadiga, também cessará. Isto se deve ao fato de termos aliviado os nervos e os músculos dessa área dos estímulos subjectivos, dos persistentes impulsos decorrentes do hábito que havíamos estabelecido ao nos compelirmos ao trabalho.
Esta massagem mental, como podemos adequadamente chamá-la, consiste, na realidade, no uso de nossa consciência para regenerar o nosso organismo.
Relaxamento mental
A relaxação mental requer uma técnica um pouco diferente. Nunca poderemos estar totalmente relaxados se a mente permanecer activa, mesmo que nos tenhamos aliviado do esforço do trabalho físico. Se, enquanto estivermos deitados, ainda for despendida energia mental em pensamentos, sobre os problemas do dia, ou planos, ou mesmo, na simples percepção das coisas que estão ao nosso redor, então, persistirá uma tensão.
Por conseguinte, devemos tentar permanecer tão isentos de actividade mental quanto possível.
O libertarmos de súbito a nossa mente de toda actividade, de todas as impressões existentes em nossa consciência, é muito difícil, como todos nós sabemos, por já termos tentado. Quando tentamos parar de pensar, ou suspender os processos mentais subitamente, quando a mente está bastante activa, passa a ocorrer uma ideação caótica. As ideias continuam a passar pela nossa consciência, porém, não são dirigidas e, por isto, constituem uma confusão de pensamentos desordenados.
Por analogia, suponhamos que estamos dirigindo numa estrada e, de repente, decidimos soltar o volante. O fato de o fazermos não significaria que o carro pararia imediatamente de se deslocar. Ele continuaria a correr, porém, fora de controle. As mesmas condições ocorrem quando tentamos relaxar de súbito a mente.
A transição do estado mental activo para o passivo deve ser necessariamente gradativa. Isto se consegue focalizando melhor a consciência em uma única ideia, tal como alguma forma visual simples. Por exemplo, podemos tentar pensar em um símbolo geométrico simples, como uma cruz, um triângulo, um quadrado ou um círculo. Devemos deixar que os outros pensamentos desapareçam da nossa mente. Devemos visualizar a imagem do círculo, por exemplo. Ele poderá ter um diâmetro pequeno, não ultrapassando alguns centímetros. Devemos nos forçar a criar uma imagem mental desse círculo. Se necessário, podemos primeiro traçar na tela da consciência uma metade do círculo e, depois, a outra metade. Se continuarmos a manter essa imagem na mente, nela focalizando exclusivamente a consciência, então a imagem acabará por se tornar monótona, porque a consciência é um estado activo.
Verificaremos que será necessário usar, cada vez mais, a força de vontade para reter a imagem do círculo na mente. Esta lutará para escapar à restrição desta única imagem. Por fim, a vontade será derrotada. Não perderemos a consciência, mas, verificaremos que seremos incapazes de continuar a sustentar o pensamento, ou antes, de continuar a visualizar o círculo. Quando essa imagem desaparecer de nossa consciência, não será substituída por qualquer outro pensamento. Estaremos quase completamente em um estado subjectivo. Sentiremos, então, muita tontura, e é recomendável que nos deixemos adormecer, mesmo que apenas por alguns instantes.
Esta relaxação é de grande benefício para o Eu psíquico. O período deste sono, quando tivermos realmente disciplinado nossa mente objectiva, é uma ocasião excelente para a harmonização. Estamos livres de quaisquer impressões objectivas dominantes, de modo que as mais subtis vibrações do Eu subjectivo, interior, podem se tornar manifestas. Ao acordarmos, talvez tenhamos consciência de impressões psíquicas que sentimos (de certas experiências).Nossa mente poderá estar estimulada com ideias criadoras e, de modo geral, sentir-nos-emos bastante revigorados, mental e fisicamente.
Muito se tem escrito sobre a relaxação, do ponto de vista objectivo. Pode o misticismo lançar alguma luz sobre este assunto?
Possui o místico qualquer chave ou processos singulares para conseguir a relaxação?
A relaxação é um factor muito mais importante para a vida, do que, infelizmente, a maioria de nós imagina. Há muitas coisas que podem ser mais facilmente conseguidas, não pela actividade, mas, pela passividade, ou por meio da relaxação.
Sabemos que a actividade física requer dispêndio de energia. Esse dispêndio é regulado pela quantidade de energia requerida pelos nossos esforços. Por exemplo, quando erguemos uma das mãos até o rosto, este acto em si mesmo, requer muito pouco esforço, talvez, raramente dele tenhamos consciência.
Por outro lado, se devemos levantar um peso de setenta quilos, como um alter, acima da nossa cabeça e com um só braço, então, despendemos muito mais esforço. Toda a força que a vontade concentrar será dirigida pela mente, através dos nervos motores, para contrair os músculos devidos, permitindo-nos assim impelir esse peso para cima.
Sabemos que a contínua demanda de nossa energia nos exaure. Então, a natureza exige que um estado oposto seja estabelecido, de modo que possamos recuperar a energia despendida. Esse estado oposto é conhecido como repouso.
Então, que é exactamente o repouso, no que concerne ao organismo humano?
O repouso pode ser melhor descrito pela palavra relaxação, que, por sua vez, significa afrouxar, ou seja, libertar-se de tensão ou esforço.
Tomemos a analogia da tira de borracha, para compreendermos melhor este ponto. A posição normal de uma tira de borracha é aquela em que ela não está estirada. Quando ela se encontra nessa posição normal, potencialmente capaz de trabalho. Isto é, nela existe a possibilidade de se estender a fim de realizar alguma função que chamaríamos de trabalho.
A distensão constante da tira de borracha acaba reduzindo seu potencial para realizar qualquer trabalho. Em outras palavras, a borracha perde sua elasticidade. Entretanto, se relaxamos periodicamente a tensão dessa tira, ela se contrai gradativamente e, então, afrouxa-se, retornando à sua posição normal e, portanto, recuperando sua elasticidade, seu potencial para realizar novo trabalho.
Isto é também verdadeiro em relação ao nosso corpo e ao nosso cérebro, ou seja, às nossas funções físicas e mentais.
Somos constituídos de tal forma que precisamos nos entregar a estados passivos, para recuperarmos as forças expendidas. Infelizmente, a maioria das pessoas não sabe relaxar, ou, se tem alguma ideia de como fazê-lo, por várias razões não acha tempo suficiente para isto.
Quando gastamos energia em alto grau, tornamo-nos fatigados. Esta fadiga, ou antes, a sensação de fadiga, é causada por uma condição tóxica que se estabelece no sangue. A natureza lança no sangue um ácido tânico, podemos dizer uma espécie de veneno, que age como uma droga e impede que prossigamos com a nossa actividade, sob pena de causarmos grande prejuízo a nós mesmos.
Talvez, ao nos estirarmos numa cama confortável, ou sentarmos numa poltrona macia, acreditemos que estamos relaxando, mas, nem sempre é o bastante. Naturalmente, isto proporciona uma sensação momentânea de alívio, que frequentemente nos engana, porque presumimos que constitui uma relaxação perfeita, e certos músculos e nervos são realmente aliviados de tensão, porém, repetimos, isto nem sempre é suficiente, e é por esta razão que sobrevem o cansaço, quando retomamos nossas actividades.
A relaxação não implica necessariamente em que o estado passivo se prolongue por muito tempo. É mais importante que a relaxação seja de natureza correcta.
Quando somos impelidos a executar continuamente alguma tarefa, ou a realizar uma série de actividades pelo uso da vontade, estabelecemos uma lei em nossa mente subjectiva, no sentido de agir da maneira desejada. Criamos um impulso que não pode ser facilmente detido, mesmo que decidamos parar.
Portanto, quando paramos de facto, devido ao cansaço, essa lei continua em operação e ainda pode afectar certas partes do nosso organismo. A mente subjectiva pode continuar a enviar impulsos pelos nervos motores, para certos plexos dos músculos que estivemos usando, sob a forma de estímulo. Esses estímulos poderão não ser suficientemente fortes para nos compelir a continuar trabalhando contra a nossa vontade, porém, impedirão relaxação total, mesmo que tenhamos cessado as actividades.
Para produzir a necessária relaxação é preciso aplicar às regiões do corpo que estiverem sendo usadas em excesso, uma verdadeira massagem mental. Naturalmente, convém, em primeiro lugar, colocar os braços e as pernas na posição mais confortável possível.
Não devemos sentar de modo que possa provocar qualquer cãibra. É necessário uma postura correcta e a roupa não deve estar muito apertada. Deve-se evitar que coisa alguma nos mantenha sob tensão.
Em seguida, devemos dirigir a nossa consciência para a região em particular que estamos usando em excesso (os braços, as pernas, as costas, etc.) qualquer ponto em que estejamos conscientes de fadiga.
Devemos dirigir a nossa consciência para esse ponto de modo que estejamos sensíveis apenas a essa região em particular. Tudo deverá se passar como se unicamente essa parte do nosso Ser estivesse viva. Tudo o mais deverá parecer adormecido ou sem vida. Finalmente, se formos bem sucedidos em dirigir nossa consciência deste modo, sentiremos uma ligeira pulsação, ou um certo calor, nessa região. Estaremos então verdadeiramente estimulando as células daquela área, por dirigirmos para elas a nossa energia mental.
Ao sentirmos esse calor e essa pulsação, devemos fazer uma série de inalações profundas, para trazer o elemento positivo.
Devemos sustar a respiração por quanto tempo pudermos fazê-lo convenientemente e, depois, exalar lentamente. Deste modo, dirigimos a vitalizada consciência psíquica às áreas deficientes de energia.
Quando não mais pudermos aumentar esse calor, isto é, a consciência do calor na área que estiver sendo focalizada, deveremos parar de nos concentrar.
Quando o fizermos a sensação de calor e pulsação cessará gradativamente. Mas, aqui está o factor importante: com o cessar destas sensações, o desconforto, ou a fadiga, também cessará. Isto se deve ao fato de termos aliviado os nervos e os músculos dessa área dos estímulos subjectivos, dos persistentes impulsos decorrentes do hábito que havíamos estabelecido ao nos compelirmos ao trabalho.
Esta massagem mental, como podemos adequadamente chamá-la, consiste, na realidade, no uso de nossa consciência para regenerar o nosso organismo.
Relaxamento mental
A relaxação mental requer uma técnica um pouco diferente. Nunca poderemos estar totalmente relaxados se a mente permanecer activa, mesmo que nos tenhamos aliviado do esforço do trabalho físico. Se, enquanto estivermos deitados, ainda for despendida energia mental em pensamentos, sobre os problemas do dia, ou planos, ou mesmo, na simples percepção das coisas que estão ao nosso redor, então, persistirá uma tensão.
Por conseguinte, devemos tentar permanecer tão isentos de actividade mental quanto possível.
O libertarmos de súbito a nossa mente de toda actividade, de todas as impressões existentes em nossa consciência, é muito difícil, como todos nós sabemos, por já termos tentado. Quando tentamos parar de pensar, ou suspender os processos mentais subitamente, quando a mente está bastante activa, passa a ocorrer uma ideação caótica. As ideias continuam a passar pela nossa consciência, porém, não são dirigidas e, por isto, constituem uma confusão de pensamentos desordenados.
Por analogia, suponhamos que estamos dirigindo numa estrada e, de repente, decidimos soltar o volante. O fato de o fazermos não significaria que o carro pararia imediatamente de se deslocar. Ele continuaria a correr, porém, fora de controle. As mesmas condições ocorrem quando tentamos relaxar de súbito a mente.
A transição do estado mental activo para o passivo deve ser necessariamente gradativa. Isto se consegue focalizando melhor a consciência em uma única ideia, tal como alguma forma visual simples. Por exemplo, podemos tentar pensar em um símbolo geométrico simples, como uma cruz, um triângulo, um quadrado ou um círculo. Devemos deixar que os outros pensamentos desapareçam da nossa mente. Devemos visualizar a imagem do círculo, por exemplo. Ele poderá ter um diâmetro pequeno, não ultrapassando alguns centímetros. Devemos nos forçar a criar uma imagem mental desse círculo. Se necessário, podemos primeiro traçar na tela da consciência uma metade do círculo e, depois, a outra metade. Se continuarmos a manter essa imagem na mente, nela focalizando exclusivamente a consciência, então a imagem acabará por se tornar monótona, porque a consciência é um estado activo.
Verificaremos que será necessário usar, cada vez mais, a força de vontade para reter a imagem do círculo na mente. Esta lutará para escapar à restrição desta única imagem. Por fim, a vontade será derrotada. Não perderemos a consciência, mas, verificaremos que seremos incapazes de continuar a sustentar o pensamento, ou antes, de continuar a visualizar o círculo. Quando essa imagem desaparecer de nossa consciência, não será substituída por qualquer outro pensamento. Estaremos quase completamente em um estado subjectivo. Sentiremos, então, muita tontura, e é recomendável que nos deixemos adormecer, mesmo que apenas por alguns instantes.
Esta relaxação é de grande benefício para o Eu psíquico. O período deste sono, quando tivermos realmente disciplinado nossa mente objectiva, é uma ocasião excelente para a harmonização. Estamos livres de quaisquer impressões objectivas dominantes, de modo que as mais subtis vibrações do Eu subjectivo, interior, podem se tornar manifestas. Ao acordarmos, talvez tenhamos consciência de impressões psíquicas que sentimos (de certas experiências).Nossa mente poderá estar estimulada com ideias criadoras e, de modo geral, sentir-nos-emos bastante revigorados, mental e fisicamente.
domingo, 18 de novembro de 2007
Meditação - A Busca do Mestre Interior
Quando alguém pergunta sobre aquilo que entendemos por meditação, qual é a imagem que se apresenta para cada um de nós? Será que a ideia que temos é de que meditação é igual a relaxamento? Ou ainda que meditação é igual a concentração? Ou será que meditar é visualizar?
No dicionário meditar é igual a reflexão, contemplação mental, pensar sobre, considerar, ponderar, reflectir…
Também podemos pensar que meditar é treinar sistematicamente a nossa atenção. É o esforço que fazemos para exercitar a atenção e aumentar a nossa capacidade de concentração.
Algo que precisamos saber é que, meditar e relaxar, são coisas diferentes.
Porém uma coisa é certa, é o método mais antigo que conhecemos para tranquilizar a mente e relaxar o corpo
Qual é o objectivo da meditação? Porquê e para quê meditamos?
O objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do auto conhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada. É desenvolver as nossas capacidades de concentração e de percepção.
Através da técnica de relaxamento proporcionamos ao corpo físico repouso profundo enquanto que a mente continua alerta. Nesta condição, no chamado “estado alfa”, fazemos baixar a pressão sanguínea e diminuímos o ritmo cardíaco, e assim o corpo físico pode recuperar-se do “stress” do dia a dia.
Temos medo de praticar a meditação? Que medo é esse?
Acreditamos que algumas pessoas não praticam a meditação por temerem entrar em contacto com o seu interior, ou melhor ainda, com o seu “eu interior”. E porque é que temem esse contacto? Porque ao fazê-lo, entram em contacto com o que existe de reprimido dentro de si, ou seja, em contacto com o seu lado sombra, essa parte mais escura do ser que todos nós possuímos e com a qual temos de aprender a conviver. Precisamos de conhecer essa nossa parte escura, trazê-la para o consciente, digeri-la e integrá-la em nós.
Este é o grande desafio que temos necessariamente de vencer, quando nos propomos conhecermo-nos a nós mesmos. E de que forma podemos vencer esse desafio?
1. Através do auto conhecimento. Conhecer o corpo físico (ter consciência corporal) Perceber o corpo psíquico. Devemos aprender a observar, a escutar e a entender as mensagens que recebemos.
2. Buscando o auto domínio. Conseguimos o domínio da vida pelo poder da vontade, uma vontade firme, disciplinada. Aprendendo a lidar com a dualidade do ser somos senhores do nosso corpo físico e psíquico.
3. Através da Meditação. Quando podemos alcançar o estado de “paz profunda”, ou iluminação.
Quais os benefícios que a prática da meditação nos proporciona? Somos ou não beneficiados?
Os ritmos cerebrais são medidos em ciclos por segundo. Temos quatro categorias de ritmos cerebrais que são, beta, alfa, teta e delta.
ALFA: é o sinal mais forte, tendo o máximo de energia eléctrica emitida pelo cérebro. Uma actividade de 8 a 12 ciclos por segundo.
BETA: é a frequência normal da maior parte das pessoas, que é de 13 a 28 ciclos por segundo. É quando estamos tensos e preocupados. Os neurónios estão bastante dispersos. O cérebro funciona 80% em Beta. É um ritmo consciente.
TETA: tem um ritmo ainda mais lento que o das ondas Alfa. Esse ritmo oscila entre 4 e 7 ciclos por segundo. Muitos orientais funcionam nessa frequência. (levitação, insensibilidade à dor, regressão de idade, criatividade).
DELTA: está relacionado com o nível inconsciente. Oscila entre 0,5 a 3,5 ciclos por segundo.
Cada vez que relaxamos, entramos em Alfa. É melhor entrar com plena consciência e domínio de si mesmo. Uma técnica para entrar no estado Alfa é fazer como os sacerdotes japoneses fazem, na contemplação, ficam com os olhos bem abertos, olhando fixamente para um ponto ou objecto. Hoje já se conhecem equipamentos que controlam as ondas cerebrais, pois esses estados são estados ideais para gerar mais energia proporcionando a regeneração dos tecidos. No estado Alfa, com o cérebro num ritmo de 10,5 ciclos por segundo, estamos em perfeita sintonia com o universo, pois isto também tem a ver com as vibrações do planeta Terra.
Mas, o mais importante é que com a prática da meditação talvez consigamos atingir a tão esperada e desejada “paz interior”. Aos poucos, desligamo-nos do “stress” adquirindo confiança em nós mesmos, calma e energia suficientes para enfrentarmos melhor os desafios diários.
Especialistas afirmam que o acto de meditar treina a capacidade de prestar atenção através dos exercícios de concentração, e que as pessoas que praticam a meditação estão entre as mais activas que já conheceram. Devido à capacidade que desenvolveram de prestar atenção ao que acontece ao seu redor, não deixando que a mente se disperse ou divague, são pessoas que têm uma habilidade especial para captar as manifestações mais subtis que podemos encontrar no nosso ambiente.
A pessoa que medita pode entrar num estado de relaxamento bastante profundo e produzir alterações neuroendócrinas tais como: aumento das defesas imunológicas contra tumores e vírus, doenças infecciosas, gripes e resfriados. Todos os tipos de técnicas de relaxamento estão sendo usados por pacientes dos mais diversos, principalmente nos casos em que o “stress” aparece como a causa principal dos problemas. Porém, a meditação difere de outras técnicas de relaxamento porque acrescenta componentes reflexivos. No entanto, algumas pessoas podem sentir reacções adversas por efeito de relaxamento, como o aumento da tensão, levando-as inclusive a entrar em pânico. Nestes casos, a técnica de relaxamento só deve ser introduzida após preparação especial, ou simplesmente não deve ser usada.
Nos estados emocionais agudos em que uma pessoa se encontra demasiadamente agitada, não é aconselhável iniciar uma meditação. A meditação não é apropriada nos seguintes casos:
§ Esquizofrenia: piora o contacto com a realidade e a pessoa é absorvida excessivamente pelas realidades interiores.
§ Obsessivos compulsivos: a pessoa fecha-se a novas experiências.
§ Problemas com o basal: ligação com a terra, “fuga”.
Mas as pesquisas evidenciam com a maior clareza que os métodos de meditação e relaxamento oferecem um poderoso meio de despertar a capacidade interior dos pacientes para que participem na sua própria cura.
Uma tarefa que temos pela frente é separar as diferenças significativas entre as técnicas de relaxamento e de meditação em relação às pessoas e problemas para os quais podem ser usadas com mais eficácia.
Acredito que o melhor para todos é uma “terapia de stress”, que agiria de forma preventiva, favorecendo o organismo como um todo. Temos outros processos de meditação que podem coincidir com vários aspectos da terapia pois, quando uma pessoa medita, volta a atenção para o seu interior, torna-se mais consciente dos pensamentos, sensações e estados que emergem espontaneamente. Assim, a meditação pode acarretar modificações importantes, não apenas nos estados de consciência, mas também no plano fisiológico.
Pesquisas com electroencefalogramas mostraram que durante a meditação, há frequentemente uma intensificação das ondas “alfa” do cérebro (ondas mais lentas). Descobriram que a meditação provoca um relaxamento mais profundo que o sono, e importante redução nas percentagens do metabolismo. Provoca também quedas verticais no consumo de oxigénio pelo organismo, no ritmo cardíaco e na respiração. Por outro lado, acontece um aumento da resistência eléctrica da pele, e redução da taxa de ácido láctico no sangue, que comprova a diminuição da excitação e da inquietude. Isto prova que o homem, efectivamente, pode dominar as ondas do seu cérebro e, consequentemente, os seus estados mentais.
Vemos assim que a meditação nos oferece inúmeras possibilidades nas áreas terapêuticas:
- Redução da tensão arterial e outras funções que escapam ao controle voluntário;
- Substituto para o uso de drogas, pois pode reduzir e eliminar o consumo após o início da prática de meditação;
- Para os psicólogos, um meio possível de desenvolvimento das faculdades extra-sensoriais. Por causa das relações existentes entre a meditação e as ondas “alfa”, pode-se estabelecer uma ligação entre a percepção extra-sensorial e as ondas “alfa”.
- Pesquisadores puderam estabelecer que as pessoas cuja percepção extra-sensorial é mais aguda tinham a impressão de se fundirem nos outros, e um sentimento de unicidade, como se os limites entre aquilo que sou e aquilo que não sou tivessem desaparecido.
Sujeitos que praticam meditação ou formas similares para o desenvolvimento do “Eu”, mostram-se superiores aos demais nos testes de psicocinésia. Quinze minutos diários em “alfa”, mais uma boa programação, ajudam a fortalecer a nossa consciência.
Pessoas centradas são conscientes das suas capacidades subjectivas. São intuitivas e contam com a protecção de um anjo da guarda – o mundo invisível, do espírito, é uma coisa concreta para elas.
A meditação melhora o acesso ao inconsciente e a tensão normalmente associada com o material reprimido diminui quando na terapia a meditação permite que esse material que causava sofrimento venha mais claramente á consciência. A tomada de consciência é o agente que transporta as mensagens que formam a experiência. Durante todo o processo de meditação temos a “ tomada de consciência”. Buda procurou, através da meditação, erradicar as fontes de sofrimento com uma “ reorientação radical da percepção”.
PREPARANDO-SE PARA A MEDITAÇÃO
Aqui não levamos em conta as variações peculiares da técnica ou da crença de qualquer uma das escolas existentes actualmente. O objectivo de todas essas escolas é único, é o de transformar a percepção.
Há pelo menos um fundamento comum entre os sistemas ou escolas de meditação:
1. A que se passar por um processo de purificação (a limpeza do corpo emocional), e a preparação exigida é quanto às atitudes de que a pessoa necessita para poder ser preparada para esse tipo de purificação.
2. Não há necessidade de sair das situações normais de vida. O melhor ambiente pode variar muito, porém na meditação transcendental, opõem-se a qualquer mudança forçada nos hábitos de vida daquele que medita. Ela é inserida no esquema normal diário.
Tanto Gurdjieff como Krishnamurti insistem que os ambientes da família, do trabalho e dos lugares públicos são o melhor contexto para a disciplina interior, fornecendo o material bruto para a meditação. O único ingrediente que não varia é a necessidade de que a pessoa que medita retenha a sua atenção ou através da concentração, ou através do estado consciente.
Sabemos que a mente humana mantém-se activa por sua própria natureza, para tanto devemos desenvolver e fortalecer tanto a nossa vontade quanto o poder de concentração acalmando o nosso turbilhão mental e, afastando os empecilhos para se conseguir uma mente bem governada e saudável, pois aquele que dispor de uma mente vigorosa, accionada por uma vontade desenvolvida e com forte poder de concentração, pode facilmente ter total controle sobre sua natureza física e alcançar a realização dessa vontade.
Porém, sabemos como é difícil controlar a mente. Mas, podemos conseguir.
1a lição – Não vença o pensamento e nem o ignore; expanda-o e ele se tornará meditação. É melhor observar os pensamentos, pois enquanto não soubermos o que a mente está fazendo, não podemos controlá-la.
O segredo é descobrir para onde esses pensamentos nos levam. Na verdade, é saber qual é a nossa preocupação neste exacto momento.
2a lição – Devemos restringir os vórtices mentais que nos atormentam, concentrando nossa energia sobre um objecto qualquer; focalizar com firmeza o objecto e conhecer todas as particularidades desse objecto, seja ele físico, mental ou espiritual. Se é um pensamento, dizemos, pensando... pensando... pensando.
3a lição – Disciplina na respiração, desenvolve o poder de concentração. É o poder de dirigir a força vital. Produz um efeito poderoso sobre a mente humana. Podemos até dizer que o alento é o único instrumento para o controle da mente. A respiração do homem comum é irregular, arrítmica, pela boca, quase sempre superficial e corresponde muitas vezes ao seu estado de espírito, que também flutua e é dispersivo. O factor tempo é de grande importância na respiração. É feita através de cadência regular, contando mentalmente a inspiração, a retenção e a expiração. A nossa parte animal gosta mesmo é de sentir e está relacionada com o cérebro reptiliano e límbico, tem a ver com territorialidade e sobrevivência da espécie. A parte humana está relacionada com a mente, com o intelecto e tem a ver com o cérebro neomamífero. A parte divina tem a ver com a contemplação e o êxtase, é aí que encontra a felicidade. Os sábios aconselham a iniciar uma meditação começando sempre com os objectos mais grosseiros e, lentamente, erguer-se para os mais subtis, até que se tornem objectos sem objectivos.
4a lição – Exercícios físicos, posturas corporais e domínio do corpo, para se conservar o corpo em boas condições.
Mantras e Sons Vocálicos são poderosos para acalmar a mente. O cantarolar constante cria tédio interior, e ajuda a obter calma. Porém, a neurose continua lá dentro de ti, e primeiro é preciso dissolver a neurose (manifestá-la conscientemente), dissolver a divisão interior e criar o estado de unicidade. Na meditação activa, a respiração caótica, rápida e vigorosa, sem ritmo, serve para puxar a energia nas células, através do oxigénio criar energia (electricidade), e menos fisicamente te sentirás, então estarás livre da neurose e mergulhará no som (mantra).
A concentração, a meditação e o êxtase são fases de um processo contínuo de unificação mental. A primeira fase conduz à absorção meditativa. A segunda fase, ou Iluminação, ocorre quando todos os redemoinhos de consciência comum despertados estão totalmente contidos na meditação.
Muitos nomes diferentes são usados para descrever a mesma e única experiência de meditação. E de acordo com a crença de cada pessoa, são eles: “samadhi”, “fana”, “jhana”, “daat”, “turiya”, “grande fixação e percepção transcendental”.
Apesar de um conjunto de crenças sobre estados alterados em meditação poder representar uma segurança, a pessoa que medita não precisa de conhecer previamente esses estados para os experimentar.
Na experiência da meditação o ser mergulhado no estado do não-ser, finalmente se encontra face a face com o sagrado que habita o seu interior mais íntimo e profundo. E para estar face a face com a sua essência, e no intuito de compreender esse sagrado, deve transcender o velho sistema de crenças adoptado. O “Eu” Superior pode triunfar sobre a nossa identidade egoísta e ser a força dominante na nossa vida. O ser pode irradiar essa consciência para além dos seus limites e atingir todos no nosso planeta.
Fazer a luz explodir de si mesmo implica compreender quem somos e o que estamos fazendo aqui dentro desta coisa chamada de “nosso corpo”, neste lugar chamado “Terra”, e neste momento da nossa vida. O ponto de partida é compreender que o Universo e a nossa participação nele não são obra do acaso. A inteligência flúi através de tudo no Universo e tem tido muitos nomes. Faz o planeta orbitar, as galáxias ficarem nos seus lugares, as plantas brotarem, as flores desabrocharem, respirarmos, andarmos e pensarmos. Essa inteligência invisível está em tudo e em todos os lugares. O você físico que podemos ver e tocar é feito da mesma matéria que tudo o mais é feito. Todavia somos diferentes das coisas que nos são exteriores. As diferenças não se encontram na aparência física das coisas, estão no que chamaremos de “consciência”, nos diferentes níveis de consciência.
Temos o poder de fazer contacto com a inteligência organizativa e de criar uma vida de alegria. Podemos conhecer essa inteligência divina que faz parte de nós, e se o sistema é inteligente, e essa inteligência é invisível, e a nossa presença aqui é uma parte dessa inteligência, precisamos apenas de olhar para a parte de nós que é invisível. É preciso olhar para dentro, para quem somos e o porquê de estarmos aqui, em vez de olharmos para fora, para o mundo físico e as coisas nele contidas.
Conhecer o “Eu” espiritual ou o Mestre Interior, é a nossa busca sagrada, o nosso desafio vital. Muitos de nós nos tornamos adultos acreditando que somos apenas o corpo que carregamos por aí, o trabalho que realizamos e a religião que professamos. Um dia o “Eu” físico irá repousar sob um sepulcro que registará a data do nosso nascimento e a data da nossa morte, mas a alma interior sabe que somos eternos, que não possuímos uma forma e nem limites. Aquilo que nasceu morrerá, aquilo que nunca nasceu não morrerá jamais.
O “Eu” sagrado é eternamente luminoso e divino, apesar do que tivermos feito ou deixado de fazer. Para a inteligência divina somos sagrados e temos um propósito para estar aqui. Quando pararmos de procurar a felicidade fora de nós, a totalidade reflectirá a nossa divindade.
O estado a que chamamos “iluminação” é uma experiência única para cada ser. Em muitos casos ocorrem apenas manifestações inferiores de fenómenos físicos influenciados pelas nossas emoções. Muito raramente se atinge esse estado de superconsciência conhecido por “luz do sol”, ou real iluminação espiritual. O que ocorre mais frequentemente é o estado conhecido por “luz da lua”, que são fenómenos do astral. Em todo o processo, a verdadeira natureza do “Eu” será revelada, e perceberemos então que o sagrado, a quem adoramos como separado de nós, não reside fora do nosso íntimo. Aqueles que alcançam esse estado terão um conhecimento de acontecimentos passados e futuros tais como:
- A faculdade de ver no interior do seu próprio corpo;
- O conhecimento de encarnações passadas;
- A capacidade de enviar pensamentos a mundos distantes;
- A libertação dos objectos do plano fenomenal;
- E outros fenómenos que nada têm de misterioso.
Para que a iluminação possa ser alcançada, outras etapas importantes precisam de ser vencidas:
1. O domínio dos impulsos naturais inerentes ao ser vivo pela prática da não-violência, da verdade, do uso correcto da energia sexual, etc.
2. O desenvolvimento de valores éticos tais como: a purificação do corpo e da mente; o cultivo da alegria, do despojamento, da fé e do respeito pela vida.
Em suma, o objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do autoconhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada.
Muitas pessoas podem pensar que meditação é uma forma de oração. Mas a meditação não é oração, a meditação é algo que você faz para si mesmo e não espera que Deus faça por você. Para evitar a meditação, as pessoas continuam orando. Elas oram para evitar fazer qualquer coisa, a oração é apenas uma fuga. Somente a meditação pode ajudar porque a meditação é algo a ser feito autenticamente por você, é um fazer da sua parte. Mas a oração também se pode tornar em meditação, quando não é apenas uma oração, quando é um profundo esforço, um profundo envolvimento.
Alguns recursos exteriores podem ser usados como ajuda na meditação, como por exemplo: sons vocálicos e mantras; danças utilizadas pelos derviches, no “tai-chi” e no “aiki-dô”; paradoxos ou “koans”. A dança é adoptada como empuxo. No centro, o silêncio, na circunferência o movimento.
No dicionário meditar é igual a reflexão, contemplação mental, pensar sobre, considerar, ponderar, reflectir…
Também podemos pensar que meditar é treinar sistematicamente a nossa atenção. É o esforço que fazemos para exercitar a atenção e aumentar a nossa capacidade de concentração.
Algo que precisamos saber é que, meditar e relaxar, são coisas diferentes.
Porém uma coisa é certa, é o método mais antigo que conhecemos para tranquilizar a mente e relaxar o corpo
Qual é o objectivo da meditação? Porquê e para quê meditamos?
O objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do auto conhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada. É desenvolver as nossas capacidades de concentração e de percepção.
Através da técnica de relaxamento proporcionamos ao corpo físico repouso profundo enquanto que a mente continua alerta. Nesta condição, no chamado “estado alfa”, fazemos baixar a pressão sanguínea e diminuímos o ritmo cardíaco, e assim o corpo físico pode recuperar-se do “stress” do dia a dia.
Temos medo de praticar a meditação? Que medo é esse?
Acreditamos que algumas pessoas não praticam a meditação por temerem entrar em contacto com o seu interior, ou melhor ainda, com o seu “eu interior”. E porque é que temem esse contacto? Porque ao fazê-lo, entram em contacto com o que existe de reprimido dentro de si, ou seja, em contacto com o seu lado sombra, essa parte mais escura do ser que todos nós possuímos e com a qual temos de aprender a conviver. Precisamos de conhecer essa nossa parte escura, trazê-la para o consciente, digeri-la e integrá-la em nós.
Este é o grande desafio que temos necessariamente de vencer, quando nos propomos conhecermo-nos a nós mesmos. E de que forma podemos vencer esse desafio?
1. Através do auto conhecimento. Conhecer o corpo físico (ter consciência corporal) Perceber o corpo psíquico. Devemos aprender a observar, a escutar e a entender as mensagens que recebemos.
2. Buscando o auto domínio. Conseguimos o domínio da vida pelo poder da vontade, uma vontade firme, disciplinada. Aprendendo a lidar com a dualidade do ser somos senhores do nosso corpo físico e psíquico.
3. Através da Meditação. Quando podemos alcançar o estado de “paz profunda”, ou iluminação.
Quais os benefícios que a prática da meditação nos proporciona? Somos ou não beneficiados?
Os ritmos cerebrais são medidos em ciclos por segundo. Temos quatro categorias de ritmos cerebrais que são, beta, alfa, teta e delta.
ALFA: é o sinal mais forte, tendo o máximo de energia eléctrica emitida pelo cérebro. Uma actividade de 8 a 12 ciclos por segundo.
BETA: é a frequência normal da maior parte das pessoas, que é de 13 a 28 ciclos por segundo. É quando estamos tensos e preocupados. Os neurónios estão bastante dispersos. O cérebro funciona 80% em Beta. É um ritmo consciente.
TETA: tem um ritmo ainda mais lento que o das ondas Alfa. Esse ritmo oscila entre 4 e 7 ciclos por segundo. Muitos orientais funcionam nessa frequência. (levitação, insensibilidade à dor, regressão de idade, criatividade).
DELTA: está relacionado com o nível inconsciente. Oscila entre 0,5 a 3,5 ciclos por segundo.
Cada vez que relaxamos, entramos em Alfa. É melhor entrar com plena consciência e domínio de si mesmo. Uma técnica para entrar no estado Alfa é fazer como os sacerdotes japoneses fazem, na contemplação, ficam com os olhos bem abertos, olhando fixamente para um ponto ou objecto. Hoje já se conhecem equipamentos que controlam as ondas cerebrais, pois esses estados são estados ideais para gerar mais energia proporcionando a regeneração dos tecidos. No estado Alfa, com o cérebro num ritmo de 10,5 ciclos por segundo, estamos em perfeita sintonia com o universo, pois isto também tem a ver com as vibrações do planeta Terra.
Mas, o mais importante é que com a prática da meditação talvez consigamos atingir a tão esperada e desejada “paz interior”. Aos poucos, desligamo-nos do “stress” adquirindo confiança em nós mesmos, calma e energia suficientes para enfrentarmos melhor os desafios diários.
Especialistas afirmam que o acto de meditar treina a capacidade de prestar atenção através dos exercícios de concentração, e que as pessoas que praticam a meditação estão entre as mais activas que já conheceram. Devido à capacidade que desenvolveram de prestar atenção ao que acontece ao seu redor, não deixando que a mente se disperse ou divague, são pessoas que têm uma habilidade especial para captar as manifestações mais subtis que podemos encontrar no nosso ambiente.
A pessoa que medita pode entrar num estado de relaxamento bastante profundo e produzir alterações neuroendócrinas tais como: aumento das defesas imunológicas contra tumores e vírus, doenças infecciosas, gripes e resfriados. Todos os tipos de técnicas de relaxamento estão sendo usados por pacientes dos mais diversos, principalmente nos casos em que o “stress” aparece como a causa principal dos problemas. Porém, a meditação difere de outras técnicas de relaxamento porque acrescenta componentes reflexivos. No entanto, algumas pessoas podem sentir reacções adversas por efeito de relaxamento, como o aumento da tensão, levando-as inclusive a entrar em pânico. Nestes casos, a técnica de relaxamento só deve ser introduzida após preparação especial, ou simplesmente não deve ser usada.
Nos estados emocionais agudos em que uma pessoa se encontra demasiadamente agitada, não é aconselhável iniciar uma meditação. A meditação não é apropriada nos seguintes casos:
§ Esquizofrenia: piora o contacto com a realidade e a pessoa é absorvida excessivamente pelas realidades interiores.
§ Obsessivos compulsivos: a pessoa fecha-se a novas experiências.
§ Problemas com o basal: ligação com a terra, “fuga”.
Mas as pesquisas evidenciam com a maior clareza que os métodos de meditação e relaxamento oferecem um poderoso meio de despertar a capacidade interior dos pacientes para que participem na sua própria cura.
Uma tarefa que temos pela frente é separar as diferenças significativas entre as técnicas de relaxamento e de meditação em relação às pessoas e problemas para os quais podem ser usadas com mais eficácia.
Acredito que o melhor para todos é uma “terapia de stress”, que agiria de forma preventiva, favorecendo o organismo como um todo. Temos outros processos de meditação que podem coincidir com vários aspectos da terapia pois, quando uma pessoa medita, volta a atenção para o seu interior, torna-se mais consciente dos pensamentos, sensações e estados que emergem espontaneamente. Assim, a meditação pode acarretar modificações importantes, não apenas nos estados de consciência, mas também no plano fisiológico.
Pesquisas com electroencefalogramas mostraram que durante a meditação, há frequentemente uma intensificação das ondas “alfa” do cérebro (ondas mais lentas). Descobriram que a meditação provoca um relaxamento mais profundo que o sono, e importante redução nas percentagens do metabolismo. Provoca também quedas verticais no consumo de oxigénio pelo organismo, no ritmo cardíaco e na respiração. Por outro lado, acontece um aumento da resistência eléctrica da pele, e redução da taxa de ácido láctico no sangue, que comprova a diminuição da excitação e da inquietude. Isto prova que o homem, efectivamente, pode dominar as ondas do seu cérebro e, consequentemente, os seus estados mentais.
Vemos assim que a meditação nos oferece inúmeras possibilidades nas áreas terapêuticas:
- Redução da tensão arterial e outras funções que escapam ao controle voluntário;
- Substituto para o uso de drogas, pois pode reduzir e eliminar o consumo após o início da prática de meditação;
- Para os psicólogos, um meio possível de desenvolvimento das faculdades extra-sensoriais. Por causa das relações existentes entre a meditação e as ondas “alfa”, pode-se estabelecer uma ligação entre a percepção extra-sensorial e as ondas “alfa”.
- Pesquisadores puderam estabelecer que as pessoas cuja percepção extra-sensorial é mais aguda tinham a impressão de se fundirem nos outros, e um sentimento de unicidade, como se os limites entre aquilo que sou e aquilo que não sou tivessem desaparecido.
Sujeitos que praticam meditação ou formas similares para o desenvolvimento do “Eu”, mostram-se superiores aos demais nos testes de psicocinésia. Quinze minutos diários em “alfa”, mais uma boa programação, ajudam a fortalecer a nossa consciência.
Pessoas centradas são conscientes das suas capacidades subjectivas. São intuitivas e contam com a protecção de um anjo da guarda – o mundo invisível, do espírito, é uma coisa concreta para elas.
A meditação melhora o acesso ao inconsciente e a tensão normalmente associada com o material reprimido diminui quando na terapia a meditação permite que esse material que causava sofrimento venha mais claramente á consciência. A tomada de consciência é o agente que transporta as mensagens que formam a experiência. Durante todo o processo de meditação temos a “ tomada de consciência”. Buda procurou, através da meditação, erradicar as fontes de sofrimento com uma “ reorientação radical da percepção”.
PREPARANDO-SE PARA A MEDITAÇÃO
Aqui não levamos em conta as variações peculiares da técnica ou da crença de qualquer uma das escolas existentes actualmente. O objectivo de todas essas escolas é único, é o de transformar a percepção.
Há pelo menos um fundamento comum entre os sistemas ou escolas de meditação:
1. A que se passar por um processo de purificação (a limpeza do corpo emocional), e a preparação exigida é quanto às atitudes de que a pessoa necessita para poder ser preparada para esse tipo de purificação.
2. Não há necessidade de sair das situações normais de vida. O melhor ambiente pode variar muito, porém na meditação transcendental, opõem-se a qualquer mudança forçada nos hábitos de vida daquele que medita. Ela é inserida no esquema normal diário.
Tanto Gurdjieff como Krishnamurti insistem que os ambientes da família, do trabalho e dos lugares públicos são o melhor contexto para a disciplina interior, fornecendo o material bruto para a meditação. O único ingrediente que não varia é a necessidade de que a pessoa que medita retenha a sua atenção ou através da concentração, ou através do estado consciente.
Sabemos que a mente humana mantém-se activa por sua própria natureza, para tanto devemos desenvolver e fortalecer tanto a nossa vontade quanto o poder de concentração acalmando o nosso turbilhão mental e, afastando os empecilhos para se conseguir uma mente bem governada e saudável, pois aquele que dispor de uma mente vigorosa, accionada por uma vontade desenvolvida e com forte poder de concentração, pode facilmente ter total controle sobre sua natureza física e alcançar a realização dessa vontade.
Porém, sabemos como é difícil controlar a mente. Mas, podemos conseguir.
1a lição – Não vença o pensamento e nem o ignore; expanda-o e ele se tornará meditação. É melhor observar os pensamentos, pois enquanto não soubermos o que a mente está fazendo, não podemos controlá-la.
O segredo é descobrir para onde esses pensamentos nos levam. Na verdade, é saber qual é a nossa preocupação neste exacto momento.
2a lição – Devemos restringir os vórtices mentais que nos atormentam, concentrando nossa energia sobre um objecto qualquer; focalizar com firmeza o objecto e conhecer todas as particularidades desse objecto, seja ele físico, mental ou espiritual. Se é um pensamento, dizemos, pensando... pensando... pensando.
3a lição – Disciplina na respiração, desenvolve o poder de concentração. É o poder de dirigir a força vital. Produz um efeito poderoso sobre a mente humana. Podemos até dizer que o alento é o único instrumento para o controle da mente. A respiração do homem comum é irregular, arrítmica, pela boca, quase sempre superficial e corresponde muitas vezes ao seu estado de espírito, que também flutua e é dispersivo. O factor tempo é de grande importância na respiração. É feita através de cadência regular, contando mentalmente a inspiração, a retenção e a expiração. A nossa parte animal gosta mesmo é de sentir e está relacionada com o cérebro reptiliano e límbico, tem a ver com territorialidade e sobrevivência da espécie. A parte humana está relacionada com a mente, com o intelecto e tem a ver com o cérebro neomamífero. A parte divina tem a ver com a contemplação e o êxtase, é aí que encontra a felicidade. Os sábios aconselham a iniciar uma meditação começando sempre com os objectos mais grosseiros e, lentamente, erguer-se para os mais subtis, até que se tornem objectos sem objectivos.
4a lição – Exercícios físicos, posturas corporais e domínio do corpo, para se conservar o corpo em boas condições.
Mantras e Sons Vocálicos são poderosos para acalmar a mente. O cantarolar constante cria tédio interior, e ajuda a obter calma. Porém, a neurose continua lá dentro de ti, e primeiro é preciso dissolver a neurose (manifestá-la conscientemente), dissolver a divisão interior e criar o estado de unicidade. Na meditação activa, a respiração caótica, rápida e vigorosa, sem ritmo, serve para puxar a energia nas células, através do oxigénio criar energia (electricidade), e menos fisicamente te sentirás, então estarás livre da neurose e mergulhará no som (mantra).
A concentração, a meditação e o êxtase são fases de um processo contínuo de unificação mental. A primeira fase conduz à absorção meditativa. A segunda fase, ou Iluminação, ocorre quando todos os redemoinhos de consciência comum despertados estão totalmente contidos na meditação.
Muitos nomes diferentes são usados para descrever a mesma e única experiência de meditação. E de acordo com a crença de cada pessoa, são eles: “samadhi”, “fana”, “jhana”, “daat”, “turiya”, “grande fixação e percepção transcendental”.
Apesar de um conjunto de crenças sobre estados alterados em meditação poder representar uma segurança, a pessoa que medita não precisa de conhecer previamente esses estados para os experimentar.
Na experiência da meditação o ser mergulhado no estado do não-ser, finalmente se encontra face a face com o sagrado que habita o seu interior mais íntimo e profundo. E para estar face a face com a sua essência, e no intuito de compreender esse sagrado, deve transcender o velho sistema de crenças adoptado. O “Eu” Superior pode triunfar sobre a nossa identidade egoísta e ser a força dominante na nossa vida. O ser pode irradiar essa consciência para além dos seus limites e atingir todos no nosso planeta.
Fazer a luz explodir de si mesmo implica compreender quem somos e o que estamos fazendo aqui dentro desta coisa chamada de “nosso corpo”, neste lugar chamado “Terra”, e neste momento da nossa vida. O ponto de partida é compreender que o Universo e a nossa participação nele não são obra do acaso. A inteligência flúi através de tudo no Universo e tem tido muitos nomes. Faz o planeta orbitar, as galáxias ficarem nos seus lugares, as plantas brotarem, as flores desabrocharem, respirarmos, andarmos e pensarmos. Essa inteligência invisível está em tudo e em todos os lugares. O você físico que podemos ver e tocar é feito da mesma matéria que tudo o mais é feito. Todavia somos diferentes das coisas que nos são exteriores. As diferenças não se encontram na aparência física das coisas, estão no que chamaremos de “consciência”, nos diferentes níveis de consciência.
Temos o poder de fazer contacto com a inteligência organizativa e de criar uma vida de alegria. Podemos conhecer essa inteligência divina que faz parte de nós, e se o sistema é inteligente, e essa inteligência é invisível, e a nossa presença aqui é uma parte dessa inteligência, precisamos apenas de olhar para a parte de nós que é invisível. É preciso olhar para dentro, para quem somos e o porquê de estarmos aqui, em vez de olharmos para fora, para o mundo físico e as coisas nele contidas.
Conhecer o “Eu” espiritual ou o Mestre Interior, é a nossa busca sagrada, o nosso desafio vital. Muitos de nós nos tornamos adultos acreditando que somos apenas o corpo que carregamos por aí, o trabalho que realizamos e a religião que professamos. Um dia o “Eu” físico irá repousar sob um sepulcro que registará a data do nosso nascimento e a data da nossa morte, mas a alma interior sabe que somos eternos, que não possuímos uma forma e nem limites. Aquilo que nasceu morrerá, aquilo que nunca nasceu não morrerá jamais.
O “Eu” sagrado é eternamente luminoso e divino, apesar do que tivermos feito ou deixado de fazer. Para a inteligência divina somos sagrados e temos um propósito para estar aqui. Quando pararmos de procurar a felicidade fora de nós, a totalidade reflectirá a nossa divindade.
O estado a que chamamos “iluminação” é uma experiência única para cada ser. Em muitos casos ocorrem apenas manifestações inferiores de fenómenos físicos influenciados pelas nossas emoções. Muito raramente se atinge esse estado de superconsciência conhecido por “luz do sol”, ou real iluminação espiritual. O que ocorre mais frequentemente é o estado conhecido por “luz da lua”, que são fenómenos do astral. Em todo o processo, a verdadeira natureza do “Eu” será revelada, e perceberemos então que o sagrado, a quem adoramos como separado de nós, não reside fora do nosso íntimo. Aqueles que alcançam esse estado terão um conhecimento de acontecimentos passados e futuros tais como:
- A faculdade de ver no interior do seu próprio corpo;
- O conhecimento de encarnações passadas;
- A capacidade de enviar pensamentos a mundos distantes;
- A libertação dos objectos do plano fenomenal;
- E outros fenómenos que nada têm de misterioso.
Para que a iluminação possa ser alcançada, outras etapas importantes precisam de ser vencidas:
1. O domínio dos impulsos naturais inerentes ao ser vivo pela prática da não-violência, da verdade, do uso correcto da energia sexual, etc.
2. O desenvolvimento de valores éticos tais como: a purificação do corpo e da mente; o cultivo da alegria, do despojamento, da fé e do respeito pela vida.
Em suma, o objectivo supremo de todas as técnicas de meditação é atingir, através do autoconhecimento e do acto da vontade, o domínio de si mesmo, ampliando a consciência e alcançando a iluminação. Portanto, a meditação pode constituir-se numa harmonização com o Cósmico que tem por objectivo nos tornar receptivos às inspirações que a Consciência Cósmica queira nos conceder. É a base para o desenvolvimento de uma consciência iluminada.
Muitas pessoas podem pensar que meditação é uma forma de oração. Mas a meditação não é oração, a meditação é algo que você faz para si mesmo e não espera que Deus faça por você. Para evitar a meditação, as pessoas continuam orando. Elas oram para evitar fazer qualquer coisa, a oração é apenas uma fuga. Somente a meditação pode ajudar porque a meditação é algo a ser feito autenticamente por você, é um fazer da sua parte. Mas a oração também se pode tornar em meditação, quando não é apenas uma oração, quando é um profundo esforço, um profundo envolvimento.
Alguns recursos exteriores podem ser usados como ajuda na meditação, como por exemplo: sons vocálicos e mantras; danças utilizadas pelos derviches, no “tai-chi” e no “aiki-dô”; paradoxos ou “koans”. A dança é adoptada como empuxo. No centro, o silêncio, na circunferência o movimento.
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