quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

MITOLOGIA PESSOAL - 1ª PARTE

CRENÇAS E OU PARADIGMAS

As crenças dão origem a hábitos e formas de comportamento, daí a necessidade de questioná-las, a necessidade de descobrir padrões de comportamento destrutivos, e neutralizá-los. Necessidade de saber quem sou; o que pretendo resolver; o que penso, pois sou aquilo que penso, que palavras pronuncio; no que mais acredito, e que crendices são essas; que informações recebo e tomo como verdade absoluta. Que informações foram essas pelas quais moldei a minha realidade?
É preciso um tempo, tempo para ver e questionar todas essas crenças, superstições e projeções, inoculadas em nossos neurônios por gerações e gerações de visão distorcida, fruto da ignorância em que vivíamos. Sentimentos de culpa, pecado, medo do prazer, etc.
A nossa preocupação com as atividades do dia-a-dia, não nos deixa priorizar coisas importantes, como a reintegração com a natureza, o conhecimento das leis que governam o universo, o despertar de uma hipnose destruidora, que transforma o ser humano em “homem máquina”
Distraídos e acomodados, nos perdemos, nos encantamos com os nossos problemas e nossas criações diárias, e entorpecidos esquecemos do verdadeiro sentido da vida!
Temos 16 mil pensamentos por dia, e 90% deles são os mesmos de ontem, de anteontem, e perdidos nessa repetição pela desatenção, e desligados do nosso verdadeiro ser vamos criando os nossos padrões de comportamento negativo.
O que determina o nosso futuro é o conjunto de escolhas que fazemos, consciente ou inconscientemente. A grande magia é que essas escolhas interferem decisivamente no que está sendo tecido nessa imensa tapeçaria que é a vida.
Lembre-se que, a cada mudança nossa, o universo muda também. A verdadeira alquimia se processa no interior das pessoas ao longo da vida. Aonde vai um pensamento, uma molécula vai junto. Os pensamentos são pulsos de energia transformando-se a si mesmos em moléculas; essas moléculas chamadas de “mensageiras do espaço” mostram que a verdadeira comunicação não é verbal, mas hormonal ou energética. Tudo vibra e está em constante movimento, e o mesmo se dá com os pensamentos. Ao darmos vida ao pensamento, criamos matéria; se a mente aceita uma situação como presente, ela começa a tomar forma no mundo tridimensional, já que nossa mente se estende e influencia todo o ambiente, e aí é que está o perigo. Pensamentos recorrentes tornam-se realidade sem que percebamos que fomos nós os criadores. Portanto, cuidado com o medo e o desejo.
Vejo o pensamento como a semente que plantamos distraidamente. É aí que temos de focalizar a nossa atenção. Podemos e devemos tomar conta de nossos pensamentos, selecionando aqueles que nos fazem mal.
O pensamento é uma extensão atualizada de crenças da infancia.
O mestre JESUS, já dizia – “ Se conhece a árvore pelos frutos que dá”, e
se nos é difícil conhecer a árvore, traduzida aqui por nossas acções, que dirá as sementes, que são os nossos pensamentos, e que geraram essa árvore.
Os frutos são os resultados de nossas acções; amargos ou doces, de acordo com
As flores, os momentos de pura alegria, de amor e de doação.
Flores e frutos, são o resultado final dos ramos, ou seja, o efeito do que causamos com nossos padrões de comportamento.
O tronco é determinado pela qualidade da percepção com que durante a vida observamos o mundo a nossa volta; a forma como nos organizamos internamente para viver, baseado nas informações que recebemos dos pais, religião, meio e cultura, durante a infância.
As raízes, as emoções básicas que determinam a natureza da árvore ou do que somos.
Os fungos, que são a qualidade da energia que alimenta essas raízes – defesa e ataque ou, confiança e entrega.
As sementes, os pensamentos, a verdadeira e única origem da manifestação.
A grande obra é descobrir que tipo de sementes plantamos e mais, com que energia as alimentamos.
Podemos começar pelo mais óbvio, observando cuidadosamente os frutos e as flores de nossa árvore, perguntando, o que estou produzindo, e o que estou colhendo? Vamos verificar os galhos e ver onde estão precisando de poda? Ao observar o tronco e as raízes, percebo de que estarão se alimentando? Estou satisfeito com a qualidade do que está sendo semeado? Devo jogar fora esse tipo de semente, apesar de terem sido indicadas por pessoas queridas? Essas pessoas foram felizes e deram bons frutos?
É preciso estar consciente de que semeio a minha vida, com o que aprendi através do meu sistema de crenças, do que é certo ou errado, com o que intimamente acredito e que muitas vezes é completamente diferente daquilo que desejo.
Tenho que parar e questionar. O que vai nascer no meu jardim? Vou colher aquilo que semeei?
(Baseado no livro “A vida tende a dar certo” de Anna Sharp)

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