Um século e meio antes do cristianismo, o Império Romano de Augusto abraçou muitas línguas e muitas culturas. Era um mundo complicado em que as preocupações, crenças e práticas religiosas ocupavam o lugar central na vida das pessoas, das famílias e das comunidades.
A Palestina era um país de muitas nações, de muitas línguas e de muitos interesses.
Na Cidade Santa, havia muitas seitas dentro do tronco principal do Judaísmo, entre elas a que deu origem ao Cristianismo. As correntes religiosas da época eram diversas, podendo distinguir-se três amplas categorias de crença e de observância religiosa:
1- Havia a religião tradicional da família e dos deuses comunitários;
2- Havia os assim chamados “ cultos dos mistérios”, que tinham as suas raízes míticas em ritos locais de fertilidade;
3- Havia quem vivesse em busca da realização humana e da felicidade por meio do estudo e da prática da sabedoria filosófica;
As religiões que celebravam a natureza estavam espalhadas por todo o Mediterrâneo, e as mais populares eram os cultos da Grande Mãe, ou de Ísis, no Egipto, e o de Mithra na Pérsia.
No Judaísmo havia duas seitas principais que professavam ideias contrárias e alimentavam rancores recíprocos:
1. A dos fariseus: sacerdotes, escribas e leigos, que acreditavam e seguiam a Lei de Moisés. Eles colocavam a religião tradicional acima da política, sentindo que podiam viver com qualquer governo que não restringisse a liberdade religiosa. Eles aceitavam a Doutrina da Cooperação de Deus nos actos humanos, o livre arbítrio e a responsabilidade moral, e principalmente, que o Messias restauraria a dinastia divina e livraria os judeus do domínio do estrangeiro.
2. A dos saduceus: nobreza, ricos e hierarquia mais alta dos sacerdotes, não acreditavam na lei do retorno ou na ressurreição e sustentavam a crença de que havia um lugar na Terra para onde iam os mortos, sem julgamento. Negavam a existência de espíritos e anjos, e não acreditavam na Providencia ou na Orientação Divina, e nem que Deus pudesse atender ás suas preces. Defendiam o livre arbítrio.
Havia ainda os essénios, que tinham uma vida disciplinada, e demonstravam mais afeição uns pelos outros. Rejeitavam os prazeres, que consideravam perniciosos, e acreditavam que a não submissão às paixões era uma virtude. Com frequência rejeitavam o matrimónio, mas muitas vezes acolhiam os filhos dos outros enquanto estivessem em tenra idade e pudessem ser educados conforme os costumes essénios. Quando havia matrimónio, era entre duas pessoas que fossem compatíveis em todos os níveis de desenvolvimento, e a aliança era supervisionada pelos Altos Iniciados e pelos adeptos da seita essénia. Eram estudiosos de astrologia, numerologia, frenologia e do retorno dos indivíduos, as encarnações. Tratava-se de uma seita estabelecida para preparar o caminho para educar e treinar o Messias.
Os essénios eram os últimos remanescentes da Fraternidade dos Profetas, organizada por Samuel. Os essénios tinham dois centros importantes, um no Egipto perto do Lago Moeris, e outro na Palestina, perto do Mar Morto.
Os essénios dividiam-se em dois grupos:
1- Os Chefes de Família, que se casavam e moravam em casas nas vilas e cidades, como pessoas comuns, preparando-se por meio de estrita disciplina espiritual para a santidade da paternidade, com o objectivo de atrair egos evoluídos do mundo celeste, que desenvolveriam o trabalho da Ordem e de toda a humanidade.
2- O grupo mais esotérico, que compreendia os Iniciados e que faziam votos de perpétua virgindade, e se mantinham imaculados no mundo, vivendo habitualmente em comunidades monásticas isoladas, onde podiam devotar a sua vida às coisas do espírito.
Maria e José pertenciam à mais elevada ordem iniciática; daí o seu sacrifício em sair para o mundo e filiar-se ao grau menor dos Pais de Família ter sido muito maior.
Era comum que uma mulher iniciada nas muitas tradições dos mistérios fizesse um apelo a uma alma mais elevada para recebe-la no útero e, dessa forma, dar à luz um profeta, um mestre ou um ser semidivino. A alma escolhida para uma missão divina, vem do mundo divino livre e conscientemente, e para poder entrar na vida terrena, ela precisa de um veículo especial. Este é o chamado da mãe de elite, ela mesma uma iniciada, alguém que, pela capacidade moral e espiritual, pela pureza da alma e da vida, pelo elevado desenvolvimento dos seus sentidos, atrairia em seu sangue e carne a alma de um redentor ou profeta.
Jesus teria vindo de uma longa história de profetas judeus, pessoas que haviam sido dedicadas ao seu Deus pelos seus pais. As pessoas dessa linhagem com frequência eram citadas como “Emanuel”, o que significa “Deus no meio de nós”.
O espírito do Cristo Arcangélico é uma força tão grande que não poderia encarnar no útero de uma mulher ou no corpo de uma criança. Um corpo adulto seria necessário, um corpo vigoroso e treinado para conter e abrigar toda a força de um Arcanjo Solar. Uma alma altamente evoluída na qual seria estabelecida a harmonia perfeita nos níveis físico, etérico, astral, mental e espiritual. Quando se conseguisse esse preparo, então o Cristo Cósmico ou Arcangélico poderia encarnar e usar um veículo físico.
Entretanto, independentemente do grau de iniciação alcançado pela alma em outras vidas e do facto de ela ter sido um antigo mestre, a alma ainda teria de reconquistar o Eu Superior e expandi-lo por um esforço renovado. Todas as almas estão ligadas por certas leis universais e a reencarnação obscurece a consciência, exigindo que ela seja reacesa e expandida. Cada alma, cada profeta tem de ser iniciado. O Eu Superior tem de ser despertado e tornado consciente da sua força. Deve existir uma harmonização do corpo físico, etérico, e astral com o espiritual. O desenvolvimento tem que ser feito interiormente, e essa seria a tarefa daquele que conhecemos como Jesus, nos anos que antecederam ao “Baptismo”.
A RESSURREIÇÃO DOS MISTÉRIOS FEMININOS
Parte da função dos verdadeiros Mistérios Cristãos era resgatar o Feminino Divino. O equilíbrio entre o masculino e o feminino em cada pessoa. Só atingindo esse equilíbrio é que a criança divina interior pode nascer.
Nas escolas de mistério havia muitos mitos sobre as Mães Divinas do Mundo: Ísis, Tiamat, Gaia....
Intuição e Imaginação são dois princípios vitais do Feminino. Elas, por sua vez, dão luz a fertilidade, e a divindade. O Feminino simboliza a alma desperta e iluminada, o único tipo de alma no qual o divino em nós pode nascer. O aspecto Amor-Sabedoria enfatizado nos ensinamentos do Cristo Jesus é o Princípio Feminino em que se manifesta a verdadeira iluminação e em que o Reino do Céu é alcançado. O Amor é o principal aspecto do Feminino.
Há muitos símbolos e imagens referentes ao Feminino: o vaso, a noiva, a Lua, planetas, cavernas, vulcões, rios, lagos, leoas, serpentes, vacas éguas, baleias, corvos, garças, pombas, figueiras, milho, malmequeres....
Nas escrituras, há parábolas e ensinamentos em que aparecem as mesmas imagens e símbolos, demonstrando que o Cristo estava ensinando algum aspecto do Feminino.
Em alguns relatos sobre o nascimento de Jesus, a Sagrada Família está numa gruta, e não no estábulo. A parábola da noiva. A festa de bodas em Caná.
É a Sabedoria Materna que nos ajuda a recuperar a criança, e o Cristo falou muitas vezes das crianças.
Analisaremos os principais eventos da vida de Cristo Jesus como uma alegoria para as Sete Iniciações Femininas, também examinaremos o significado das principais personagens femininas nas escrituras, em particular, a mais alta iniciada da época, MARIA, a Mãe de Jesus.
OS SETE MISTÉRIOS CRÍSTICOS FEMININOS
1- A ANUNCIAÇÃO
A Anunciação a Maria, de que ela daria à luz Jesus, feita pelo Arcanjo Gabriel, manifesta a visão glorificada e a iluminação que decorrem do equilíbrio entre o masculino e o feminino.
2- A IMACULADA CONCEIÇAÕ
O poder espiritual da nova visão é impresso no corpo.
3- O NASCIMENTO SAGRADO
Manifesta o nascimento da vontade criativa, o despertar de um novo poder.
4- A APRESENTAÇÃO NO TEMPLO
O aspirante dedica a sua vida ao espiritual.
5- FUGA PARA O EGITO
O período de introspecção, que ocorre no processo de desenvolvimento de todos os aspirantes devido à influência do mundo exterior.
6- OS ENSINAMENTOS NO TEMPLO
Demonstra uma consciência ampliada por meio da fusão do coração e da mente.
7- O BATISMO
A iniciação de abrir-se à visão plena, consciente e à total compreensão do discernimento, indicada pela tentação que ocorre a seguir.
A TENTAÇÃO
O papel feminino, que Cristo Jesus ensinou e demonstrou é poderoso, mas também subtil. O feminino tem de ser buscado e manifestado em cada um de nós. As mulheres das quais temos alguma informação muitas vezes demonstram muita força e muita coragem. As primeiras testemunhas da ressurreição são Maria Madalena, Maria, a mãe de Jesus, e Joana. O aspecto intuitivo, feminino tornou-as mais sensíveis ao poder oculto do evento. Isso fica ainda mais evidente quando os apóstolos se negam a acreditar na história que elas contam. O aspecto masculino não pode ver com tanta clareza.
JOANA, casada com um alto oficial da corte de Herodes abandona o marido para seguir um novo caminho. Deixa a antiga energia masculina para afirmar a sua própria.
SALOMÉ, a mulher de Zebedeu, apresenta os seus dois filhos ao Cristo Jesus para que sejam os seus discípulos
MARIA, mãe de Marcos, abriu a sua casa em Jerusalém para o Cristo Jesus e seus discípulos. Em sua casa seria realizada a Última Ceia. É um símbolo dinâmico da energia feminina actuando através do serviço ao próximo.
MARTA e MARIA de Betânia: uma é prática e reflecte uma expressão exterior do feminino, e a outra é idealista e símbolo do interior. Ambos são necessários e, portanto eles sempre são mostrados juntos. Viajaram juntas com José de Arimatéia, ajudando-o a levar o cálice do Graal para novos países.
VERONICA, que aparece quando o Cristo Jesus está carregando a cruz para o Gólgota e enxuga o rosto dele, deixando-o impresso no pano. Simboliza a energia etérica humana que tem de se tornar mais sensível para que a energia do Cristo se expresse. Só então a verdadeira visão é recuperada.
O feminino se expressa em três aspectos: virgem, mãe, e mulher sábia.
São três as mulheres que primeiro sabem da ressurreição (Ana, Maria, Isabel), representam os três degraus do desenvolvimento profético.
As escrituras nos falam sobre três mulheres que presenciaram a morte de Jesus, e não há menção de homens celebrando a força que provém das energias femininas da vida. Isso é evidenciado também na negação de Pedro. A expressão masculina de amor não foi suficiente para suportar as pressões do mundo exterior. O amor feminino interior é suficientemente forte.
É normal nos perguntarmos porque tantas mulheres nas escrituras têm o nome Maria. No nível mais esotérico, esse facto tem grande importância, pois nos chama a atenção para o significado dos Mistérios Femininos. Este nome tem dois significados predominantes: “myrrh” (mirra) ou, se remontarmos à sua origem, “ do mar”. O elemento água, o mar, para simbolizar o Divino Feminino. Toda a vida surge no mar. O Grande Oceano do Divino dá nascimento ao universal. Das águas da vida vem o novo ser.
O facto de depararmos com o nome Maria, varias vezes deveria incitar-nos o desejo de pesquisar essa questão mais a fundo. Pode ser um nome adoptado por um iniciado, e que reflecte as energias reverenciadas e honradas por aquela pessoa.
Ainda temos, no caminho para o Gólgota, quando Jesus fala com um grupo de mulheres em prantos, depois de cair pela segunda vez, o que simboliza o reconhecimento e a tristeza pela degradação do Feminino Divino, mas também indica que é preciso extrair força do Feminino, já que o caminho completo da iniciação está se abrindo.
OS MISTÉRIOS DA MÃE ABENÇOADA
Maria, a mais alta iniciada. Tanto Maria quanto José eram padrões típicos da expressão espiritual do feminino e do masculino por meio dos mistérios menores do caminho iniciático.
Maria passou por Grandes Iniciações, a saber:
1- A iniciação pela água: trabalho com as emoções. Se nossas águas emocionais estão controladas, elas reflectem abrindo a visão espiritual, o que na vida de Maria foi indicado pela Anunciação.
2- A iniciação pelo fogo: envolve o domínio dos aspectos do desejo da alma. O fogo pode ser criativo e destrutivo. Pode inspirar ou queimar. Essa iniciação requer que se aprenda a controlar as forças interiores do nosso fogo criativo, a Kundalini, para que a mais elevada expressão de luz possa se manifestar. Isso foi representado na vida de Maria por meio da Imaculada Conceição.
3- A iniciação pelo ar: envolve controle e iluminação consciente da mente. Trata-se da Cristificação da mente pela qual se transcende tempo e espaço. Ela desperta o “poder do Verbo”. Essa iniciação foi representada na vida de Maria pelo Pentecostes.
4- A iniciação da terra: envolve o processo de transmutação dos átomos físicos de energia através da energia espiritual. É o domínio sobre tudo o que é físico. Isso foi simbolizado na vida de Maria, pela Assunção.
Esse aspecto de Maria, como a Grande Iniciada, se configura por todo o “caminho da cruz”. Ela era a única capaz de caminhar ao lado de Jesus por todo o trajecto do Gólgota. Era a única capaz de trilhar esse caminho no seu nível mais elevado e verdadeiro.
Ainda temos a sua comunicação com a hierarquia angélica durante a sua vida.
Cristo move-se de um Logos Solar externo para um Logos Planetário interior. Maria move-se de um protótipo Feminino interior para a presente energia Divina exterior. Com o nascimento dos Mistérios de Cristo, começa o processo de troca de polaridade na expressão da energia.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
MITOLOGIA PESSOAL - 2ª PARTE
O QUE É UM MITO PESSOAL
Você é capaz de reconhecer um mito pessoal? Poderia vê-lo em imagens?
Ele pode surgir como pensamentos que lhe dizem o que fazer?
Será que o seu coração dispara, se esse mito for desafiado?
Já percebeu como esse mito evolui como uma história, e você é o protagonista dessa história?
Sabemos que a criança tem uma variedade de impulsos, experiências, aptidões, incertezas, ideias, necessidades, temores e anseios. Também sabemos que a criança depende de modelos que existem no mundo exterior para ajudá-la a organizar o seu interior altamente saturado e orientá-lo. Os heróis culturais que a emocionam constituem poderosas influências na organização de sua vida de modo que isto tudo contribui para que consciente ou inconscientemente modele o comportamento dela. Uma vez incorporada essa imagem, a criança passa a ser controlada por ela, por exemplo, nos filmes de cowboy, a imagem do valentão, individualista, durão, personificado antigamente por John Wayne, ou actualmente por Rambo.
O que torna algumas imagens mais atraentes aos olhos da criança, em detrimento de outras, são que algumas dessas figuras são idolatradas pelos colegas e veneradas pela “máquina de fazer mitos” da nossa cultura e que exercem um poderoso apelo. Em termos pessoais, talvez a criança já tenha interiorizado a mensagem cultural, de que os homens devem parecer corajosos e fortes, principalmente se tem um pai omisso. Uma criança mais sensível ver-se-á às voltas com escolhas difíceis.
Os mitos evoluem com o tempo e experimentamos graves crises ao ver-nos forçados a harmonizar a disparidade entre “a forma” como achamos que devemos agir, com quem realmente somos.
Contudo, a imaginação fértil, as crenças complexas, os sentimentos apaixonados e as motivações poderosas vinculam-se a essa estrutura e completam o seu carácter.
Um mito pessoal é uma constelação de crenças, sentimentos e imagens organizadas em torno de um tema central, dentro de um dos domínios onde a mitologia tradicionalmente actua. Aí inclui-se, a ânsia de compreender o mundo natural, de maneira significativa, a busca de um caminho diferente ao longo de sucessivas épocas da vida humana, a necessidade de segurança e de relacionamentos satisfatórios dentro de uma comunidade, e a ânsia de conhecer o próprio papel, dentro da vasta maravilha e mistério do cosmos.
A mitologia pessoal pode ser considerada um sistema de mitos pessoais complementares e contraditórios que organiza o nosso sentido de realidade e orienta os nossos actos.
Os mitos pessoais também respondem às recompensas e punições que recebemos por comportamento ou aparência.
Imagens oriundas das profundezas do ser podem reflectir-se na mitologia.
Em geral, os mitos pessoais são conflituantes. Esse conflito latente pode tornar-se evidente quando as nossas crenças não mais se coadunam com o nosso comportamento.
O grande poder sugestivo das observações carregadas de emoção de um pai ou de uma mãe deixa imagens indeléveis, tais como, você é uma incompetente...
Os mitos pessoais com os quais nos identificamos conscientemente não são as únicas influências em jogo. Os mitos pessoais guardam íntima relação com sentimentos profundos, e se estivermos tão envolvidos emocionalmente com eles, talvez seja até mesmo difícil considerar explicações e possibilidades baseadas em premissas diferentes.
Em suma, os nossos mitos pessoais se relacionam com o nosso passado, com o nosso presente e com o nosso futuro, bem como com a nossa identidade e propósito de vida. Actuam de maneira típica, além da percepção, mas exercem poderoso efeito sobre os sentimentos, pensamentos e atitudes. Se a ”decepção amorosa” é um motivo dominante na nossa mitologia, seleccionaremos parceiros e faremos escolhas que nos levarão por este caminho. São mitos que inibem o nosso desenvolvimento.
Eles são influenciados pelas experiências acumuladas, pela orientação que a sociedade fornece e pelas visões da mente inconsciente.
Resumindo, os mitos pessoais reflectem os mitos da nossa cultura, apesar de serem relativamente independentes em relação a eles. No âmago de um mito pessoal encontra-se um motivo que dá forma às nossas percepções, orienta o nosso desenvolvimento, e determina o nosso papel na sociedade, ajudando-nos a encontrar significado e conexão espiritual.
A mitologia abastece as nossas emoções e talha as nossas crenças. E com essa compreensão, dos princípios através dos quais a nossa mitologia pessoal funciona, teremos condições de participar conscientemente do desenvolvimento dela.
COMO MUDAR A MITOLOGIA PESSOAL
A mitologia pessoal é constantemente desafiada a incorporar informações que contradizem as próprias premissas, a adaptar-se a novas circunstâncias e a desenvolver-se à medida que amadurecemos e acumulamos novos conhecimentos.
Existem diversas maneiras de participar conscientemente da própria evolução e de cultivá-la.
Contudo, há pessoas que passam toda uma vida tentando vivê-la segundo imagens culturais que nunca se adaptam a elas.
“Sempre que um cavaleiro do Graal tentava seguir o caminho do outro, ele se perdia”. Onde existe um caminho ou trilha, existem as pegadas de outrem. Cada um de nós tem de encontrar o próprio caminho, ninguém pode nos fornecer uma mitologia.
Desenvolvendo uma consciência mais profunda das próprias intuições, sentimentos e imagens interiores, adquirimos uma visão mais completa da nossa mitologia interior.
Penetrando de maneira imaginativa e sistemática nas profundezas do nosso ser, abrimos portas para uma visão mais profunda das preocupações diárias, ampliando os horizontes do autoconhecimento e alcançando um poder capaz de nos transformarmos.
A consciência da escolha aumenta muito quando reconhecemos que os padrões indesejáveis da nossa vida são mantidos por mitos não questionados. Se desafiar o mito e se abrir para uma intimidade maior, talvez se surpreenda com as inúmeras oportunidades de intimidade que surgirão pelo caminho.
Como saber quando um mito exige mudança?
Muitas vezes o exemplo de vida dos pais forma uma barreira que encobre a mitologia pessoal ou que se refere ao sucesso ou à realização; quebrar essa barreira constitui importante etapa do amadurecimento. Se conseguirmos reconhecer a dimensão mítica dos padrões que desejamos alterar, conseguiremos trabalhar de maneira mais eficiente com as nossas camadas mais profundas.
A liberdade está no reconhecimento desses temas latentes. Em vez de vivê-los automaticamente, desenvolvemos habilidades para reflectir a respeito deles e encontrar novas opções.
Esses padrões são conhecidos por “complexos”.
1- Complexo de Édipo (complexo de inferioridade, complexo de poder);
2- Complexo de Ícaro (expectativas muito altas onde sobrevêm com a queda, medo e apatia);
3- Complexo de Jonas (medo de realizar o próprio potencial integral).
O gradual aprimoramento da mitologia interior surge a partir do conflito inevitável que irá ocorrer entre as estruturas míticas existentes e as novas experiências. Quando as nossas experiências e mitos não encontram correspondência, duas são as possibilidades básicas de lidar com essa contradição; alterar a nossa percepção dessa experiência ou modificar o mito. Assimilação ou acomodação.
A mitologia também evolui com as nossas crises. Por vezes, mitos estabelecidos são tão fundamentais para a nossa identidade que renunciar a eles, apesar da sua “ disfuncionalidade”, implica um sofrimento que podemos caracterizar como, “pequenas mortes” que enfrentamos ao longo da vida.
Nas antigas escolas de mistérios exigia-se do indivíduo a morte para uma história, a fim de que houvesse renascimento para outra, mais abrangente. Diz-se que o desenvolvimento da alma começa com a ferida da psique causada por uma história mais abrangente. Como a nossa vida é organizada em torno da velha história, a ferida da psique provocada pela história mais abrangente constitui uma crise de amplas proporções. A história mais abrangente tem objectivos mais elevados e pode lançar por terra valores acalentados na antiga história. Ela exige um envolvimento mais integral, inimaginável na antiga história, e engloba áreas da psique que a antiga história temerosamente confiava às sombras.
A história mais abrangente é imensa, além da compreensão, daí a crise que se abate sobre o antigo mito, que não tem necessariamente que deixar uma nova imagem mítica em seu lugar.
“Quando os mitos não servem mais aos transes internos daqueles que os exigem, a transição para mitos recém-criados pode assumir o aspecto de uma viagem caótica ao interior, serão substituídas as certezas externas pela angústia da viagem interior”.
A ferida torna-se sagrada quando nos dispomos a nos libertar das antigas histórias e tornar-nos veículos através dos quais a nova história com o tempo possa emergir. A ferida abre as portas da nossa sensibilidade para uma realidade mais ampla, bloqueada do nosso ponto de vista condicionado e costumeiro. Se não conseguimos abrir-nos a essa realidade mais ampla, repetimos continuamente a velha história.
O mito antigo e o emergente envolvem-se caracteristicamente num embate nas profundezas do seu ser, uma luta entre o moribundo e aquele que se encontra em gestação pelo domínio das suas percepções, valores e motivações.
O ideal será uma síntese entre o mito antigo e o mito emergente.
Dificuldade de tomar decisões, medos e ansiedades desconhecidos, contradições, sonhos intrigantes, perplexidade insistente, ambivalência e até mesmo sintomas físicos tendem a indicar o conflito mítico. É exactamente nas áreas da sua vida em que você encontra maiores dificuldades ou insatisfação que o trabalho com a mitologia pessoal exercerá um maior impacto.
IDENTIFICAÇÃO COM OS PROGENITORES
Fique de pé numa sala ampla, de forma a poder movimentar-se em qualquer direcção.
Encontre uma posição confortável e feche os olhos.
Dê um passo para trás e imagine-se entrando no corpo e no ser do seu pai, se você for homem, ou da sua mãe, se você for mulher.
Permaneça alguns instantes assim, a fim de sentir como seria estar naquele corpo e naquela personalidade.
Quem você é? O que está vestindo? Quem está com você? Recorde-se de uma frase importante.
Dê outro passo para trás e entre no corpo e no ser dos seus avós do mesmo sexo.
Como eles fariam o relato de situações vividas por eles?
Quais seriam as suas maiores preocupações?
Quais seriam as principais fontes de satisfação?
Como compreende a sua posição na sociedade, as suas limitações, os privilégios, as responsabilidades.
Se uma autoridade não humana explica o destino humano, qual é a natureza deste?
Agora, dê mais um passo atrás e assuma uma postura que imagina ser típica desse ancestral. Dramatize essa postura. Você estará reflectindo a respeito das percepções do eu, do ambiente e dos propósitos dessa pessoa.
Agora, dê um passo à frente e volte a ser você. Encontre uma postura que represente a declaração que a sua própria vida está fazendo neste momento.
Ouça esta declaração como uma frase ou expressão real. Pode dizer em voz alta.
Repita essa afirmação.
Experimente um movimento. Exagere esse movimento.
Repouse e reflicta.
Ao identificar-se com esses progenitores, talvez tenha começado a sentir como eles se viam, como compreendiam as situações, o que valorizavam, em quem e no que confiavam.
Essas questões são fundamentais e presentes no âmago da sua mitologia.
Você consegue ver esses padrões a serem transmitidos geração após geração?
Será que você também transmite ou transmitiria esses padrões para os seus filhos?
(Baseado na obra de – David Feinstein e Stanley Krippner)
Você é capaz de reconhecer um mito pessoal? Poderia vê-lo em imagens?
Ele pode surgir como pensamentos que lhe dizem o que fazer?
Será que o seu coração dispara, se esse mito for desafiado?
Já percebeu como esse mito evolui como uma história, e você é o protagonista dessa história?
Sabemos que a criança tem uma variedade de impulsos, experiências, aptidões, incertezas, ideias, necessidades, temores e anseios. Também sabemos que a criança depende de modelos que existem no mundo exterior para ajudá-la a organizar o seu interior altamente saturado e orientá-lo. Os heróis culturais que a emocionam constituem poderosas influências na organização de sua vida de modo que isto tudo contribui para que consciente ou inconscientemente modele o comportamento dela. Uma vez incorporada essa imagem, a criança passa a ser controlada por ela, por exemplo, nos filmes de cowboy, a imagem do valentão, individualista, durão, personificado antigamente por John Wayne, ou actualmente por Rambo.
O que torna algumas imagens mais atraentes aos olhos da criança, em detrimento de outras, são que algumas dessas figuras são idolatradas pelos colegas e veneradas pela “máquina de fazer mitos” da nossa cultura e que exercem um poderoso apelo. Em termos pessoais, talvez a criança já tenha interiorizado a mensagem cultural, de que os homens devem parecer corajosos e fortes, principalmente se tem um pai omisso. Uma criança mais sensível ver-se-á às voltas com escolhas difíceis.
Os mitos evoluem com o tempo e experimentamos graves crises ao ver-nos forçados a harmonizar a disparidade entre “a forma” como achamos que devemos agir, com quem realmente somos.
Contudo, a imaginação fértil, as crenças complexas, os sentimentos apaixonados e as motivações poderosas vinculam-se a essa estrutura e completam o seu carácter.
Um mito pessoal é uma constelação de crenças, sentimentos e imagens organizadas em torno de um tema central, dentro de um dos domínios onde a mitologia tradicionalmente actua. Aí inclui-se, a ânsia de compreender o mundo natural, de maneira significativa, a busca de um caminho diferente ao longo de sucessivas épocas da vida humana, a necessidade de segurança e de relacionamentos satisfatórios dentro de uma comunidade, e a ânsia de conhecer o próprio papel, dentro da vasta maravilha e mistério do cosmos.
A mitologia pessoal pode ser considerada um sistema de mitos pessoais complementares e contraditórios que organiza o nosso sentido de realidade e orienta os nossos actos.
Os mitos pessoais também respondem às recompensas e punições que recebemos por comportamento ou aparência.
Imagens oriundas das profundezas do ser podem reflectir-se na mitologia.
Em geral, os mitos pessoais são conflituantes. Esse conflito latente pode tornar-se evidente quando as nossas crenças não mais se coadunam com o nosso comportamento.
O grande poder sugestivo das observações carregadas de emoção de um pai ou de uma mãe deixa imagens indeléveis, tais como, você é uma incompetente...
Os mitos pessoais com os quais nos identificamos conscientemente não são as únicas influências em jogo. Os mitos pessoais guardam íntima relação com sentimentos profundos, e se estivermos tão envolvidos emocionalmente com eles, talvez seja até mesmo difícil considerar explicações e possibilidades baseadas em premissas diferentes.
Em suma, os nossos mitos pessoais se relacionam com o nosso passado, com o nosso presente e com o nosso futuro, bem como com a nossa identidade e propósito de vida. Actuam de maneira típica, além da percepção, mas exercem poderoso efeito sobre os sentimentos, pensamentos e atitudes. Se a ”decepção amorosa” é um motivo dominante na nossa mitologia, seleccionaremos parceiros e faremos escolhas que nos levarão por este caminho. São mitos que inibem o nosso desenvolvimento.
Eles são influenciados pelas experiências acumuladas, pela orientação que a sociedade fornece e pelas visões da mente inconsciente.
Resumindo, os mitos pessoais reflectem os mitos da nossa cultura, apesar de serem relativamente independentes em relação a eles. No âmago de um mito pessoal encontra-se um motivo que dá forma às nossas percepções, orienta o nosso desenvolvimento, e determina o nosso papel na sociedade, ajudando-nos a encontrar significado e conexão espiritual.
A mitologia abastece as nossas emoções e talha as nossas crenças. E com essa compreensão, dos princípios através dos quais a nossa mitologia pessoal funciona, teremos condições de participar conscientemente do desenvolvimento dela.
COMO MUDAR A MITOLOGIA PESSOAL
A mitologia pessoal é constantemente desafiada a incorporar informações que contradizem as próprias premissas, a adaptar-se a novas circunstâncias e a desenvolver-se à medida que amadurecemos e acumulamos novos conhecimentos.
Existem diversas maneiras de participar conscientemente da própria evolução e de cultivá-la.
Contudo, há pessoas que passam toda uma vida tentando vivê-la segundo imagens culturais que nunca se adaptam a elas.
“Sempre que um cavaleiro do Graal tentava seguir o caminho do outro, ele se perdia”. Onde existe um caminho ou trilha, existem as pegadas de outrem. Cada um de nós tem de encontrar o próprio caminho, ninguém pode nos fornecer uma mitologia.
Desenvolvendo uma consciência mais profunda das próprias intuições, sentimentos e imagens interiores, adquirimos uma visão mais completa da nossa mitologia interior.
Penetrando de maneira imaginativa e sistemática nas profundezas do nosso ser, abrimos portas para uma visão mais profunda das preocupações diárias, ampliando os horizontes do autoconhecimento e alcançando um poder capaz de nos transformarmos.
A consciência da escolha aumenta muito quando reconhecemos que os padrões indesejáveis da nossa vida são mantidos por mitos não questionados. Se desafiar o mito e se abrir para uma intimidade maior, talvez se surpreenda com as inúmeras oportunidades de intimidade que surgirão pelo caminho.
Como saber quando um mito exige mudança?
Muitas vezes o exemplo de vida dos pais forma uma barreira que encobre a mitologia pessoal ou que se refere ao sucesso ou à realização; quebrar essa barreira constitui importante etapa do amadurecimento. Se conseguirmos reconhecer a dimensão mítica dos padrões que desejamos alterar, conseguiremos trabalhar de maneira mais eficiente com as nossas camadas mais profundas.
A liberdade está no reconhecimento desses temas latentes. Em vez de vivê-los automaticamente, desenvolvemos habilidades para reflectir a respeito deles e encontrar novas opções.
Esses padrões são conhecidos por “complexos”.
1- Complexo de Édipo (complexo de inferioridade, complexo de poder);
2- Complexo de Ícaro (expectativas muito altas onde sobrevêm com a queda, medo e apatia);
3- Complexo de Jonas (medo de realizar o próprio potencial integral).
O gradual aprimoramento da mitologia interior surge a partir do conflito inevitável que irá ocorrer entre as estruturas míticas existentes e as novas experiências. Quando as nossas experiências e mitos não encontram correspondência, duas são as possibilidades básicas de lidar com essa contradição; alterar a nossa percepção dessa experiência ou modificar o mito. Assimilação ou acomodação.
A mitologia também evolui com as nossas crises. Por vezes, mitos estabelecidos são tão fundamentais para a nossa identidade que renunciar a eles, apesar da sua “ disfuncionalidade”, implica um sofrimento que podemos caracterizar como, “pequenas mortes” que enfrentamos ao longo da vida.
Nas antigas escolas de mistérios exigia-se do indivíduo a morte para uma história, a fim de que houvesse renascimento para outra, mais abrangente. Diz-se que o desenvolvimento da alma começa com a ferida da psique causada por uma história mais abrangente. Como a nossa vida é organizada em torno da velha história, a ferida da psique provocada pela história mais abrangente constitui uma crise de amplas proporções. A história mais abrangente tem objectivos mais elevados e pode lançar por terra valores acalentados na antiga história. Ela exige um envolvimento mais integral, inimaginável na antiga história, e engloba áreas da psique que a antiga história temerosamente confiava às sombras.
A história mais abrangente é imensa, além da compreensão, daí a crise que se abate sobre o antigo mito, que não tem necessariamente que deixar uma nova imagem mítica em seu lugar.
“Quando os mitos não servem mais aos transes internos daqueles que os exigem, a transição para mitos recém-criados pode assumir o aspecto de uma viagem caótica ao interior, serão substituídas as certezas externas pela angústia da viagem interior”.
A ferida torna-se sagrada quando nos dispomos a nos libertar das antigas histórias e tornar-nos veículos através dos quais a nova história com o tempo possa emergir. A ferida abre as portas da nossa sensibilidade para uma realidade mais ampla, bloqueada do nosso ponto de vista condicionado e costumeiro. Se não conseguimos abrir-nos a essa realidade mais ampla, repetimos continuamente a velha história.
O mito antigo e o emergente envolvem-se caracteristicamente num embate nas profundezas do seu ser, uma luta entre o moribundo e aquele que se encontra em gestação pelo domínio das suas percepções, valores e motivações.
O ideal será uma síntese entre o mito antigo e o mito emergente.
Dificuldade de tomar decisões, medos e ansiedades desconhecidos, contradições, sonhos intrigantes, perplexidade insistente, ambivalência e até mesmo sintomas físicos tendem a indicar o conflito mítico. É exactamente nas áreas da sua vida em que você encontra maiores dificuldades ou insatisfação que o trabalho com a mitologia pessoal exercerá um maior impacto.
IDENTIFICAÇÃO COM OS PROGENITORES
Fique de pé numa sala ampla, de forma a poder movimentar-se em qualquer direcção.
Encontre uma posição confortável e feche os olhos.
Dê um passo para trás e imagine-se entrando no corpo e no ser do seu pai, se você for homem, ou da sua mãe, se você for mulher.
Permaneça alguns instantes assim, a fim de sentir como seria estar naquele corpo e naquela personalidade.
Quem você é? O que está vestindo? Quem está com você? Recorde-se de uma frase importante.
Dê outro passo para trás e entre no corpo e no ser dos seus avós do mesmo sexo.
Como eles fariam o relato de situações vividas por eles?
Quais seriam as suas maiores preocupações?
Quais seriam as principais fontes de satisfação?
Como compreende a sua posição na sociedade, as suas limitações, os privilégios, as responsabilidades.
Se uma autoridade não humana explica o destino humano, qual é a natureza deste?
Agora, dê mais um passo atrás e assuma uma postura que imagina ser típica desse ancestral. Dramatize essa postura. Você estará reflectindo a respeito das percepções do eu, do ambiente e dos propósitos dessa pessoa.
Agora, dê um passo à frente e volte a ser você. Encontre uma postura que represente a declaração que a sua própria vida está fazendo neste momento.
Ouça esta declaração como uma frase ou expressão real. Pode dizer em voz alta.
Repita essa afirmação.
Experimente um movimento. Exagere esse movimento.
Repouse e reflicta.
Ao identificar-se com esses progenitores, talvez tenha começado a sentir como eles se viam, como compreendiam as situações, o que valorizavam, em quem e no que confiavam.
Essas questões são fundamentais e presentes no âmago da sua mitologia.
Você consegue ver esses padrões a serem transmitidos geração após geração?
Será que você também transmite ou transmitiria esses padrões para os seus filhos?
(Baseado na obra de – David Feinstein e Stanley Krippner)
MITOLOGIA PESSOAL - 1ª PARTE
CRENÇAS E OU PARADIGMAS
As crenças dão origem a hábitos e formas de comportamento, daí a necessidade de questioná-las, a necessidade de descobrir padrões de comportamento destrutivos, e neutralizá-los. Necessidade de saber quem sou; o que pretendo resolver; o que penso, pois sou aquilo que penso, que palavras pronuncio; no que mais acredito, e que crendices são essas; que informações recebo e tomo como verdade absoluta. Que informações foram essas pelas quais moldei a minha realidade?
É preciso um tempo, tempo para ver e questionar todas essas crenças, superstições e projeções, inoculadas em nossos neurônios por gerações e gerações de visão distorcida, fruto da ignorância em que vivíamos. Sentimentos de culpa, pecado, medo do prazer, etc.
A nossa preocupação com as atividades do dia-a-dia, não nos deixa priorizar coisas importantes, como a reintegração com a natureza, o conhecimento das leis que governam o universo, o despertar de uma hipnose destruidora, que transforma o ser humano em “homem máquina”
Distraídos e acomodados, nos perdemos, nos encantamos com os nossos problemas e nossas criações diárias, e entorpecidos esquecemos do verdadeiro sentido da vida!
Temos 16 mil pensamentos por dia, e 90% deles são os mesmos de ontem, de anteontem, e perdidos nessa repetição pela desatenção, e desligados do nosso verdadeiro ser vamos criando os nossos padrões de comportamento negativo.
O que determina o nosso futuro é o conjunto de escolhas que fazemos, consciente ou inconscientemente. A grande magia é que essas escolhas interferem decisivamente no que está sendo tecido nessa imensa tapeçaria que é a vida.
Lembre-se que, a cada mudança nossa, o universo muda também. A verdadeira alquimia se processa no interior das pessoas ao longo da vida. Aonde vai um pensamento, uma molécula vai junto. Os pensamentos são pulsos de energia transformando-se a si mesmos em moléculas; essas moléculas chamadas de “mensageiras do espaço” mostram que a verdadeira comunicação não é verbal, mas hormonal ou energética. Tudo vibra e está em constante movimento, e o mesmo se dá com os pensamentos. Ao darmos vida ao pensamento, criamos matéria; se a mente aceita uma situação como presente, ela começa a tomar forma no mundo tridimensional, já que nossa mente se estende e influencia todo o ambiente, e aí é que está o perigo. Pensamentos recorrentes tornam-se realidade sem que percebamos que fomos nós os criadores. Portanto, cuidado com o medo e o desejo.
Vejo o pensamento como a semente que plantamos distraidamente. É aí que temos de focalizar a nossa atenção. Podemos e devemos tomar conta de nossos pensamentos, selecionando aqueles que nos fazem mal.
O pensamento é uma extensão atualizada de crenças da infancia.
O mestre JESUS, já dizia – “ Se conhece a árvore pelos frutos que dá”, e
se nos é difícil conhecer a árvore, traduzida aqui por nossas acções, que dirá as sementes, que são os nossos pensamentos, e que geraram essa árvore.
Os frutos são os resultados de nossas acções; amargos ou doces, de acordo com
As flores, os momentos de pura alegria, de amor e de doação.
Flores e frutos, são o resultado final dos ramos, ou seja, o efeito do que causamos com nossos padrões de comportamento.
O tronco é determinado pela qualidade da percepção com que durante a vida observamos o mundo a nossa volta; a forma como nos organizamos internamente para viver, baseado nas informações que recebemos dos pais, religião, meio e cultura, durante a infância.
As raízes, as emoções básicas que determinam a natureza da árvore ou do que somos.
Os fungos, que são a qualidade da energia que alimenta essas raízes – defesa e ataque ou, confiança e entrega.
As sementes, os pensamentos, a verdadeira e única origem da manifestação.
A grande obra é descobrir que tipo de sementes plantamos e mais, com que energia as alimentamos.
Podemos começar pelo mais óbvio, observando cuidadosamente os frutos e as flores de nossa árvore, perguntando, o que estou produzindo, e o que estou colhendo? Vamos verificar os galhos e ver onde estão precisando de poda? Ao observar o tronco e as raízes, percebo de que estarão se alimentando? Estou satisfeito com a qualidade do que está sendo semeado? Devo jogar fora esse tipo de semente, apesar de terem sido indicadas por pessoas queridas? Essas pessoas foram felizes e deram bons frutos?
É preciso estar consciente de que semeio a minha vida, com o que aprendi através do meu sistema de crenças, do que é certo ou errado, com o que intimamente acredito e que muitas vezes é completamente diferente daquilo que desejo.
Tenho que parar e questionar. O que vai nascer no meu jardim? Vou colher aquilo que semeei?
(Baseado no livro “A vida tende a dar certo” de Anna Sharp)
As crenças dão origem a hábitos e formas de comportamento, daí a necessidade de questioná-las, a necessidade de descobrir padrões de comportamento destrutivos, e neutralizá-los. Necessidade de saber quem sou; o que pretendo resolver; o que penso, pois sou aquilo que penso, que palavras pronuncio; no que mais acredito, e que crendices são essas; que informações recebo e tomo como verdade absoluta. Que informações foram essas pelas quais moldei a minha realidade?
É preciso um tempo, tempo para ver e questionar todas essas crenças, superstições e projeções, inoculadas em nossos neurônios por gerações e gerações de visão distorcida, fruto da ignorância em que vivíamos. Sentimentos de culpa, pecado, medo do prazer, etc.
A nossa preocupação com as atividades do dia-a-dia, não nos deixa priorizar coisas importantes, como a reintegração com a natureza, o conhecimento das leis que governam o universo, o despertar de uma hipnose destruidora, que transforma o ser humano em “homem máquina”
Distraídos e acomodados, nos perdemos, nos encantamos com os nossos problemas e nossas criações diárias, e entorpecidos esquecemos do verdadeiro sentido da vida!
Temos 16 mil pensamentos por dia, e 90% deles são os mesmos de ontem, de anteontem, e perdidos nessa repetição pela desatenção, e desligados do nosso verdadeiro ser vamos criando os nossos padrões de comportamento negativo.
O que determina o nosso futuro é o conjunto de escolhas que fazemos, consciente ou inconscientemente. A grande magia é que essas escolhas interferem decisivamente no que está sendo tecido nessa imensa tapeçaria que é a vida.
Lembre-se que, a cada mudança nossa, o universo muda também. A verdadeira alquimia se processa no interior das pessoas ao longo da vida. Aonde vai um pensamento, uma molécula vai junto. Os pensamentos são pulsos de energia transformando-se a si mesmos em moléculas; essas moléculas chamadas de “mensageiras do espaço” mostram que a verdadeira comunicação não é verbal, mas hormonal ou energética. Tudo vibra e está em constante movimento, e o mesmo se dá com os pensamentos. Ao darmos vida ao pensamento, criamos matéria; se a mente aceita uma situação como presente, ela começa a tomar forma no mundo tridimensional, já que nossa mente se estende e influencia todo o ambiente, e aí é que está o perigo. Pensamentos recorrentes tornam-se realidade sem que percebamos que fomos nós os criadores. Portanto, cuidado com o medo e o desejo.
Vejo o pensamento como a semente que plantamos distraidamente. É aí que temos de focalizar a nossa atenção. Podemos e devemos tomar conta de nossos pensamentos, selecionando aqueles que nos fazem mal.
O pensamento é uma extensão atualizada de crenças da infancia.
O mestre JESUS, já dizia – “ Se conhece a árvore pelos frutos que dá”, e
se nos é difícil conhecer a árvore, traduzida aqui por nossas acções, que dirá as sementes, que são os nossos pensamentos, e que geraram essa árvore.
Os frutos são os resultados de nossas acções; amargos ou doces, de acordo com
As flores, os momentos de pura alegria, de amor e de doação.
Flores e frutos, são o resultado final dos ramos, ou seja, o efeito do que causamos com nossos padrões de comportamento.
O tronco é determinado pela qualidade da percepção com que durante a vida observamos o mundo a nossa volta; a forma como nos organizamos internamente para viver, baseado nas informações que recebemos dos pais, religião, meio e cultura, durante a infância.
As raízes, as emoções básicas que determinam a natureza da árvore ou do que somos.
Os fungos, que são a qualidade da energia que alimenta essas raízes – defesa e ataque ou, confiança e entrega.
As sementes, os pensamentos, a verdadeira e única origem da manifestação.
A grande obra é descobrir que tipo de sementes plantamos e mais, com que energia as alimentamos.
Podemos começar pelo mais óbvio, observando cuidadosamente os frutos e as flores de nossa árvore, perguntando, o que estou produzindo, e o que estou colhendo? Vamos verificar os galhos e ver onde estão precisando de poda? Ao observar o tronco e as raízes, percebo de que estarão se alimentando? Estou satisfeito com a qualidade do que está sendo semeado? Devo jogar fora esse tipo de semente, apesar de terem sido indicadas por pessoas queridas? Essas pessoas foram felizes e deram bons frutos?
É preciso estar consciente de que semeio a minha vida, com o que aprendi através do meu sistema de crenças, do que é certo ou errado, com o que intimamente acredito e que muitas vezes é completamente diferente daquilo que desejo.
Tenho que parar e questionar. O que vai nascer no meu jardim? Vou colher aquilo que semeei?
(Baseado no livro “A vida tende a dar certo” de Anna Sharp)
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