A NATUREZA DO SER E A IMORTALIDADE
AURA E CORPOS SUBTIS
O homem é composto de duas naturezas, e a tradição sustenta o conceito de que o homem é constituído de três princípios, a saber:- alma, envoltório fluídico e corpo material.
A alma como propriedade espiritual do homem é imortal.
O envoltório fluídico ou plástico que liga a alma ao corpo físico e que possibilita o nascimento das emoções.
O envoltório plástico anima o corpo físico. Serve a alma e o corpo físico ao mesmo tempo.
Serve ao corpo físico presidindo a vida orgânica ou animal.
Serve a alma fornecendo-lhe meios de comunicar o conhecimento intelectual.
O papel do envoltório plástico é de fornecer a eletricidade ou força nervosa necessária para a interação entre alma e matéria.
A circulação da força nervosa no homem faz com que ele entre em comunicação com o universo.
A pergunta que se faz é – Que parte nossa é mortal e que parte é imortal?
A chave para essa questão está em que, segundo a tradição esotérica, há uma vida mortal no plano biológico e uma vida imortal a nível de alma.
Cada ser humano tem na verdade pelo menos sete tipos de consciência, situados em diferentes níveis da realidade, sendo os quatro primeiros mortais e os três últimos imortais. Logo além do corpo físico denso, o corpo sutil ou etérico organiza o fluxo de energia vital propriamente dita. É sobre este corpo que atuam a acupuntura e a homeopatia.
O corpo imediatamente superior é o astral ou emocional, que nos faz sentir apego e rejeição, amor e rancor, paz e conflito.
Segue-se o corpo mental concreto, que expõe em forma de raciocínio os nossos desejos emocionais e trabalha pela sua realização.
Estes são os quatro princípios mortais do homem.
Os três imortais são, a inteligência no plano mental abstrato, a intuição no plano do amor universal, e a vontade espiritual no plano mais elevado da realidade.
Nestes dois últimos planos, cada ser humano está em profunda unidade, respectivamente com a energia de Cristo, e com a lei ou força que mantêm todo o universo em evolução.
Logo depois da morte física, a vida se translada para o corpo físico sutil.
Mais adiante, o foco se transfere para diversos subníveis, cada vez mais elevados.
É verdade que estes corpos sutis podem viver muito mais tempo do que o corpo físico denso, mas para eles não existe reencarnação, porque pertencem à parte mortal do ser humano.
Esgotada a necessidade de viver nestes planos, a centelha divina que é o nosso Eu Superior, liberta-se dos mundos mortais e retorna enriquecida para o plano mental abstrato de onde saiu um dia, com a intenção de nascer e expressar-se no plano físico.
De volta à casa paterna, a alma vive ali o seu paraíso.
Entre uma vida terrestre e outra, a nossa alma imortal deve primeiro livrar-se dos níveis inferiores do mundo sutil, para depois aproveitar esta bem-aventurança durante o tempo que quiser ou for necessário.
Quanto mais experiências puder expressar a alma, mais ela será capaz de inspirar a vida da personalidade, afastando-a gradualmente de paixões cegas, conflitos e busca de prazeres ligados ao mundo material físico, e dando-lhe o contentamento dos mundos superiores, onde reina a vontade divina.
Mas, só podemos nos aproximar do Eu Superior, transcendendo psicológicamente o nosso Eu Inferior (o instinto animal, a sombra).
O Eu Inferior deve servir lealmente à alma imortal.
O corpo físico é submetido a um fim humilhante, mas o homem possui um corpo imaterial, glorioso e perfeito, que lhe confere poderes de imortalidade
OBSERVAÇÃO- No homem psíquico o quaternário aparece no centro vital coccígeo, provido de quatro pétalas:- 1a. mineral, 2a. vegetal, 3a. animal, 4a. humana
A partir deste quatro, formado de dois oito entrecruzados, as pétalas dos centros se multiplicam até o número altamente sagrado de 144 mil pétalas, número da perfeição simbolizado pelos 144 mil eleitos do apocalipse.
O Carbono- predomina no Corpo Físico – (terra)
O Oxigenio- predomina no Corpo Vital - Energia Espírito (ar)
O Azoto + Oxigenio– predominam no Corpo Etérico
O Hidrogenio – predomina no Corpo Emocional ou Astral. – (água)
O Fogo- predomina no Corpo Mental.
A Glândula Pineal une a consciência humana à consciência cósmica. Esta aliança manifesta-se na Pineal através de sete cores e determina assim diferentes estados de consciência.
As impurezas e a corruptibilidade de um corpo serão sempre devidas à falta de perfeição da força da qual ele é o domicílio.
Há letras e símbolos que são verdadeiros seres vivos! Uma figura, um desenho, são forças evoluindo num mundo bem real.
Um homem ou uma mulher, são eles também, livros a serem decifrados com seus códigos, seus pontos de força, suas faculdades de compreender.
A única diferença é que a alma deles ainda não conseguiu emitir o sopro que pode desempoeirá-los e tornar a leitura mais fácil.
Todos nós humanos temos um corpo de terra, outro de água, depois de fogo e assim por diante. (7 corpos subtis)
Estes corpos são seres inteiros, têm seus apetites e suas esperanças, e associam-se dois a dois, assim, o ser humano possui, antes de mais nada, três verdadeiros corpos, que são ao mesmo tempo masculinos e femininos em suas tendências; quanto ao último, a jóia de SHEBA, compreende-os todos e os coroa como cento e quarenta e quatro mil diamantes ( é o quarto corpo- a base da pirâmide) que se impulsiona na direcção da luz única.
Eis porque os sábios designaram quatro letras para os reflexos dos nomes divinos.
Saber ler os corpos alheios deverá ensinar-te a conhecê-los, a ajudá-los, a curá-los e não a penetrar neles, a utilizá-los.
A cintilação do homem compõe-se globalmente de numerosas ondas coloridas que se misturam umas às outras a partir de uma coloração de base, reveladora do fundo da personalidade e das disposições de quem as emite.
Elas formam turbilhões, espirais, em inúmeros pontos do corpo. Elas constituem os “elos vitais” e grande parte delas coincidem com os órgãos indispensáveis à vida.
Assim, nosso baço e nosso coração, quanto a isso, são centros de forças privilegiadas, bem como a base do nariz.
Algumas zonas destacam-se por “turbulências coloridas” muito vivas, comparáveis a espirais que dão a impressão de penetrar no próprio corpo humano. Estas espirais indicam os locais das “rodas de força”, e há algumas particularmente indispensáveis ao equilíbrio, à cavidade do estômago, por exemplo.
A aura define-se como um surpreendente campo de energia animada por uma forte actividade vibratória que refere-se ao mesmo tempo a frequências electromagnéticas e psíquicas.
Estas energias são absorvidas do “exterior” (od ou energia cósmica) pelas “rodas de força”, e depois são distribuídas.
Essas espirais representam de certa forma as portas de entrada em nosso organismo.
1-CORPO VITAL - o mais denso de todos. A natureza de suas vibrações fica próxima da natureza de nosso corpo físico. Adapta-se exactamente às formas de nosso corpo de carne. O corpo vital compõem-se de éter. Tem coloração cinza-azulada. É na verdade, a “Aura da Saúde”. Esta aura se alimenta ao nível do baço.
2-CORPO EMOCIONAL (ASTRAL) - cujos desejos, angústias, decepções, alegrias, disposições naturais, qualidades e defeitos ele traduz. Aura instável por excelência, já que varia conforme o ritmo dos pensamentos e dos impulsos.
As doenças do corpo são muitas vezes reflexo das doenças
da alma. A face emocional de um ser continua muito ligada ao seu lado puramente físico.
A aura “astral”, é a radiação do Ego.
3-CORPO MENTAL- nitidamente ovóide. Observarás que na superfície, discretas vagas se sucedem numa cadência mais ou menos rápida ou regular. Elas nascem em função da actividade mental de cada um. Quanto mais um ser se beneficiar de uma personalidade correctamente desenvolvida, sólida, brilhante, mais este corpo aparecerá forte, estável e brilhante. O corpo mental, assemelha-se a um trampolim para a comunicação com o próximo e tem uma protecção contra o que pretende estar em desarmonia com ela. Ela se desenvolve de modo bem diferente em cada indivíduo, a tal ponto que alguns parecem por si só iluminar um grupo de pessoas reunidas, enquanto outros passam por “seres extintos”.
Infelizmente alguns homens só possuem seu terceiro corpo áurico em estado embrionário.
As condições atmosféricas podem tornar essa tarefa mais fácil. Um Sol bonito e tempo seco, facilitará a visão das cintilações. A chama etérea torna-se mais forte sob a acção dos raios solares sobre o local do baço, criando aí uma leve depressão.
Muita humidade, como a do corpo na água ou ao sair do banho, traz como consequência uma importante dispersão da aura etérea, e em proporções menores a seguinte.
A imersão total e súbita de um corpo na água provoca, por uma fracção de segundo, a expulsão total do corpo etéreo do organismo. Um corpo etéreo projectado um curtíssimo lapso de tempo fora de seu suporte físico, também desencadeia sempre uma perda de consciência rápida e breve como um relâmpago, mas suficiente para que centenas de coisas possam acontecer a um nível mais subtil.
Evitar-se há ler os corpos subtis de um ser saindo da água antes que ele tenha se enxugado cuidadosamente. Ao longo de uma jornada e mesmo de uma noite, resíduos orgânicos e outros acumulam-se na superfície da pele; Eles têm sua própria cintilação. É importante que um corpo se livre deles para que suas cintilações sejam perfeitamente límpidas, não poluídas.
Quando desenvolveres a calma e o silêncio em ti, e focalizar a sua atenção, sem olhar, com o olhar fora de foco, e com os olhos fechados sob uma fonte de luz, levantar o rosto para ela, olhar para longe à frente e sem esforço, mentalmente fixar a base do nariz exactamente entre teus olhos ou ligeiramente mais alto, conforme a vontade que sentires. Depois gradualmente baixar o rosto até a horizontal, vai perceber o” Véu de Ísis”, uma pequena esfera azul que deve aumentar a ponto de absorver-te por completo. Um dia ele será tão grande que mergulharás dentro dele. Trata-se de teu olho único. Este olho não tem uma existência concreta. Sua acção resulta, no plano corporal, do trabalho simultâneo de dois pequenos corpos situados no cérebro humano, a glândula pituitária e a pineal.
Do desejo de união com o seu interior, nos momentos de concentração e de busca de paz, o primeiro desses corpos desencadeia uma força que vem golpear o segundo e faz nascer o véu de Ísis, o corpo pituitário desencadeia um fenómeno magnético crescente que vem atingir a glândula pineal; daí nasce o terceiro olho.
Alguns seres percebem mais as luzes do corpo contra um fundo claro, ou contra um fundo mais escuro. Luz néon dispostas contra a tela preta, uma à rés-do-chão e outra no teto.
Jamais franzir os olhos.
A nudez de um corpo limpo é sempre o estado ideal para uma visão precisa. Deste modo a análise se processará sobre tons não poluídos e localizarás facilmente os órgãos doentes a partir da precisão das manchas coloridas, frequentemente cinzentas ou pardas, que a aura exalará.
Medite sobre este pensamento:-
“Purifica os teus pensamentos antes de ler cada homem; Toma cuidado, pois se não fores semelhante ao cristal, verás o próximo através dos véus das tuas maldades”.
Vamos analisar o livro “Corpos de Luz, de Anne e Daniel Meurois-Givaudan, para tentar esclarecer a questão dos Corpos Subtis.
A aura se manifesta globalmente como o halo mais ou menos colorido, mais ou menos luminoso que envolve um corpo. Em outras palavras, é possível acrescentar que se trata do campo de força emanado por um ser vivo. De fato, apenas alguns aparelhos imperfeitos e discutíveis, os testemunhos extra-sensoriais e a iconografia tradicional das religiões atestam sua existência.
Ao começar uma abordagem desse estudo, é importante saber que sob o termo geral "aura" se escondem várias realidades. Para falar de maneira mais clara, não existe uma aura, mas sim várias auras. isso significa que todo corpo emite diversos tipos de radiações luminosas que se completam, se superpõem e, mais que tudo, se interpenetram. Essas diferentes auras se mostram mais ou menos sutis conforme seu aparente distanciamento do corpo material.
Assim, a percepção delas depende das capacidades do ser humano ou do dispositivo utilizado para observá-las.
Essa constatação permite-nos compreender que um corpo é evidentemente constituído de vários níveis de vida, e a emanação de cada um deles, sob a forma de onda luminosa no nosso caso, deve ser portadora de um certo número de informações.
Para além do organismo físico, veremos que é possível enumerar seis planos de energia bem distintos uns dos outros pelo fato de ser cada um deles o reflexo de uma realidade diferente.
Se considerarmos o ser humano no aspecto que nos interessa, a observação de suas auras estabelece portanto o princípio de que sua constituição é séctupla, incluindo o corpo físico. Antes de qualquer esforço no sentido de percebê-las, quer dizer, de se comunicar com elas, parece-nos preferível limpar um pouco o terreno num âmbito mais teórico.
A AURA ETÉRICA
Comecemos, então, pela aura mais densa, aquela que se situa na periferia imediata do corpo material. O uso aconselha que seja chamada de aura etérica ou ainda de aura vital. Este último termo pode ter nossa preferência, pelo fato de exprimir bem a qualidade de informação transmitida por ela. Com efeito, ela é o barômetro preciso da vitalidade física de um corpo ou, melhor dizendo, o testemunho, o potenciômetro das reservas energéticas do nosso organismo. Em conseqüência, as informações que nos fornece são de natureza puramente funcional ou mecânica, pois dão conta de uma espécie de circuito elétrico relativamente primário, ainda que extra-corpóreo.
Concretamente, a aura etérica envolve o corpo físico como uma luva, numa espessura que varia em geral de um a três centímetros além da superfície da pele. Sua luminosidade, próxima do cinza azulado, por vezes até do prateado, poderia lembrar uma leve bruma ou uma fumaça de incenso, não fosse pela sua opacidade e pela sua maneira de se mover... até porque, no caso, trata-se realmente de "alguma coisa" que, embora relativamente estável, não é absolutamente estática. Essa aura se manifesta muitas vezes de maneira tão espontânea a um observador pouco atento que somos tentados a dizer que ela é a própria matéria, mais fluidificada. Veremos no entanto que isso significa, sem dúvida, abordar o problema pelo lado contrário.
A AURA ASTRAL
Para além dessa radiação, estende-se o que se costuma chamar de aura astral. A diferença que a distingue da anterior é notável, tão nítida que toma impossível confundir as duas. A aura astral, que também poderíamos batizar de "aura emocional", engloba o corpo e a radiação anterior numa zona com espessura média de cerca de um metro e meio. Sua grande mobilidade, suas colorações de variações infinitas são os principais sinais que a distinguem. Devemos considerá-la como o espelho fiel das paixões do indivíduo, pois fornece o reflexo exato de seu ego inferior ou personalidade.
É fácil compreender por que essa aura é particularmente tumultuosa na maioria dos humanos; as variações de todo tipo que podem ser lidas nela decorrem das tempestades e maremotos que a natureza afetiva do homem tem de enfrentar. Ela é também a aura da impermanência, pois sua superfície está em perpétua mutação e evolui no ritmo das emoções sutis de seu dono. É inegável que essa grande maleabilidade merece atenção especial, já que um bom número de erros na compreensão do ser profundo decorre do desconhecimento a seu respeito e de opiniões adquiridas de maneira apressada. Num plano mais formal, é importante saber que a aura astral conserva a silhueta bastante exata do corpo material. Simplesmente seus contornos se mostram mais pesados e muitas vezes exibem deformações ou excrescências que é preciso saber interpretar.
Mas, é verdade que um ser humano, felizmente, não se resume ao campo das suas emoções. Onde terminam as pulsões de todo tipo desenvolve-se o reino da razão, do intelecto e, enfim, da capacidade de abstração.
A AURA MENTAL
A aura mental, a terceira que vamos conhecer, nos fala desse nível da existência do homem. Assim como a aura astral, ela envolve as emanações anteriores em seu casulo, o qual se estende, na maioria dos casos, por um metro e oitenta a dois metros além da epiderme. Afirmar que seus contornos continuam sendo os do corpo humano seria exagero. Contudo, a figura que desenham conserva uma forma humanóide, sobretudo no que se refere à parte superior do corpo: busto, braços, cabeça. O encéfalo da aura mental pode aliás ser acometido de uma espécie de gigantismo bastante cômico e por vezes bem revelador das tendências do ser. Essa aura é infinitamente mais estável que a anterior, ainda que seja geradora de toda uma bateria de fumarolas e de formas estranhas que estudaremos adiante.
Quanto à sua coloração, varia do branco acinzentado a um amarelo-limão particularmente elétrico e facilmente perceptível.
Alguns poderiam dizer que essa aura é o testemunho da atividade inteligente.do homem, pelo menos no sentido que nossas civilizações ocidentais entendem o termo "inteligência". Ela contém os dados secundários do ser, no que se refere ao mundo das pulsões, e coloca em evidência os mecanismos de suas racionalizações e de seus processos de mentalização.
A AURA CAUSAL
Mais afastada do corpo físico, encontramos agora aquilo que se convencionou chamar de aura causal. Como o nome indica, ela nos coloca em contato com o mundo das "causas", que fazem do ser terrestre, personalidade, potencialidades de todo tipo e organismo físico, o que ele é. A noção de causa subtende, é claro, a de efeito. Portanto, é na aura causal que deveremos buscar, em alguns casos, a origem primordial de um certo traço marcante, às vezes até dominante, de uma determinada patologia.
Sua existência conduz sistematicamente, pelo menos para aqueles que acreditam no conceito, à noção de carma, quer dizer, a urna bagagem mais ou menos pesada, mais ou menos luminosa proveniente de existências anteriores. Outros verão talvez nesse termo a energia manifestada de uma espécie de inconsciente... mas, é certo que as escolas que tratam do inconsciente humano têm por vezes algumas divergências quanto à utilização desse ou daquele vocábulo. Para retornar à noção de carma, a aura causal resume, entre os que a levam em conta, o conhecimento profundo do ser, ou seja, as tendências e capacidades contra as quais ou com as quais será necessário trabalhar para progredir no caminho da vida.
Veremos no entanto que ela não traz em si a energia de uma fatalidade, mas sim que subtende a passagem do indivíduo por um certo número de portas ou pontos de referência que marcam seu avanço. No plano da observação, veremos também que essa aura engloba as anteriores para se estender por urna zona que varia entre dois e três metros além do corpo físico. Ela é contudo bastante móvel e não é raro vê-la condensar-se de forma considerável, por razões dificilmente detectáveis.
De maneira geral, a aura causal se apresenta corno uma espécie de trapézio, com a base pequena voltada para baixo, encimado por uma meia esfera ou por uma esfera completa. O conjunto de sua radiação se manifesta na verdade corno o de uma silhueta humana de torso imponente, como que guarnecido de ombreiras, sem membros definidos e portanto estilizada. Sua percepção lembra com freqüência certas portas da arquitetura sagrada tradicional, sobretudo a oriental. É preciso agora fazer uma espécie de pausa, pois com esse quinto nível do ser terminam as energias que constituem o que se chama para efeitos práticos de ego inferior do homem, ou seja, a soma de forças diversas, de consciência ou de inconsciência, que lhe permite pronunciar o "Eu" cotidiano. Isso significa que as duas radiações que seguem e envolvem as anteriores anunciam um campo sobre-humano ou semi-divino.
AURAS DE VITALIDADE DIVINA E DE ESPÍRITO DIVINO
E preciso reconhecer que quase não é possível falar muito sobre essas radiâncias, pela simples razão de a vida não permitir encontrar com freqüência homens ou mulheres que as tenham desenvolvido e, mais que isso, se disponham a observar respeitosamente cada manifestação delas.
Chamaremos sucessivamente essas duas radiações de aura de vitalidade divina e aura de espírito divino.
Como acabamos de afirmar, os seres que conseguem expandi-las são raros e seguramente podemos considerá-los como pontes estendidas entre nosso mundo terrestre e a "supra-existência" ou, se preferirmos, a existência, a jóia a ser descoberta.
Sem entrar em detalhes, para os quais nosso vocabulário se torna pobre, acrescentemos que essas duas auras constituem a resultante de uma extraordinária energia de amor, abnegação e vontade. São, portanto, um pouco como antenas entre dois tipos de realidade ou ainda como postos emissores-receptores de uma pureza cristalina. Os seres que as desenvolvem estão evidentemente próximos do estado de realização que coroa a evolução humana e a caminho de estados de consciência "búdica" ou "crística". O certo é que a sétima aura expandida por um ser humano encarnado se manifesta como uma imensa luz branca de uma virgindade indizível, colorida de quando em quando por um fluxo ondulatório dourado.
Sem comentários...
O OVO ÁURICO
De posse dessas informações, que podemos dizer sobre essas diversas radiações? De início, que aparecem globalmente sob a forma de um grande ovo, cuja parte inferior penetra profundamente no solo, sob o corpo do ser em questão. Esse detalhe é importante porque nos ajuda a compreender um pouco mais até que ponto um organismo vivo é constantemente ligado ao "corpo da terra" e, portanto, ao conjunto de energias telúricas. Esse casamento sistemático e necessário ao equilíbrio vital nos convida a refletir sobre a utilização de certos materiais de solo em arquitetura. Com efeito, ainda que o conjunto da radiação áurica enquanto emissão sutil se introduza automaticamente na matéria como uma onda sonora, não é menos verdade que alguns materiais, na sua maioria sintéticos ou dotados de efeitos de ordem magnética, perturbam e amortecem sua radiação adequada.
Não se trata aqui, é claro, de cair no exagero no que se refere a essa pesquisa de comunhão máxima com o solo.
Seja como for, o Ovo áurico não se mostra exatamente como um conjunto de camadas luminosas superpostas mais ou menos como os andares de um edifício. Isso quer dizer que, embora seja facilmente percebido dessa maneira, ele está em constante mutação. Seus elementos constituintes se interpenetram. Uma aura nunca será totalmente igual a ela mesma; a espessura de suas camadas, sua luminosidade, a maneira como se relacionam umas com as outras, e portanto seu dinamismo, se renovam sem parar em função de numerosos fatores.
OS CORPOS SUBTIS
Vamos agora tentar entender o que são exatamente as múltiplas camadas da aura que examinamos até aqui. Para isso, colocamos as seguintes questões:- elas pertencem aos corpos? São elementos constitutivos da alma e do espírito, como afirmam as tradições e religiões? De imediato, podemos responder que não. Com efeito, o conjunto das auras representa apenas a manifestação mais ou menos tangível dos verdadeiros corpos sutis; ele é portanto a emanação deles. Isso equivale a dizer que uma aura nada mais é que o sopro colorido de um corpo do qual procede.
Em conseqüência, é preciso tomar cuidado para não confundir aura etérica e corpo etérico, aura astral e corpo astral, aura mental e corpo mental, e assim por diante...
Mas, diremos nós, se não estão na própria aura, onde se situam então esses corpos sutis? Simplesmente no "interior" do corpo físico. A verdadeira origem da idéia das bonecas que se encaixam umas dentro das outras vem dessa constatação. Isso significa que se formos falar de "dimensões" num campo tão impalpável e sujeito a variações que o corpo astral ou emocional é ligeiramente menor que o corpo físico que o contém, que o corpo mental é menor que o corpo astral e assim por diante, até o "corpo de espírito divino". A radiação de uma aura quanto ao local que ocupa em volta de um organismo físico é, portanto, inversamente proporcional ao corpo do qual ela se origina.
Esse esclarecimento é bem menos dispensável do que pode parecer à primeira vista. Com efeito, quando as religiões ou os movimentos espirituais pregam a interiorização e nos dizem: "busquem a Verdade ou busquem a Deus em vocês mesmos", trata-se apenas de uma referência a essa realidade. Se nos basearmos nesse principio, a procura de nossa identidade profunda resultará portanto na quebra de um certo número de conchas que são também "corpos energéticos", "reservatórios íntimos".
Dessa forma, vemos como o conhecimento das auras, manifestações límpidas desses corpos incapazes de falsificar informações, pode ajudar o avanço do homem no campo da saúde física e espiritual.
OS NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA
Um tema para o qual parece-nos necessário voltar é o dos "níveis de consciência". De fato, com exceção da radiação etérica, cujas características nos mostrarão que serve de ligação final entre as realidades impalpáveis e o corpo denso, cada aura é o reflexo de um tipo bem específico de consciência. Isso significa dizer que cada camada da aura é o espelho de uma das faces da alma humana, ou do ego. Portanto, cada um de nossos corpos sutis constitui sem dúvida uma parcela de nós mesmos e, assim sendo, é dotado de uma forma de consciência que lhe é própria.
A evolução pessoal de todo ser contribui para que esse corpo, e portanto essa qualidade de consciência, e não uma outra qualquer, predomine nele ao longo da vida ou em uma determinada circunstância.
A aura é assim a testemunha imparcial do nível de vida profunda de um homem, em cada setor.
Nas centenas de casos que tivemos a oportunidade de observar durante os últimos anos, pudemos constatar que os seres humanos, em sua grande maioria, vivem no nível da sua consciência astral. Isso quer dizer que a maior parte de nós é regida cotidianamente pelas emoções e impulsos e não dispõe de uma possibilidade de recuo e de reflexão autêntica em relação aos acontecimentos da vida.
Essa observação significa igualmente, e por via de conseqüência, que a humanidade reage como uma criança ou no máximo como um adolescente.
Concretamente, esclarecemos que é bastante freqüente não encontrar traços de auras reais além da aura emocional. As radiações mental e causal se manifestam apenas de forma embrionária; todavia, essas diferentes observações só se aplicam a pessoas adultas. A respeito disso é preciso dizer que as teorias tradicionais, segundo as quais a cada sete anos todo homem acrescenta um novo corpo sutil àquele ou àqueles que já possui, já estão plenamente confirmadas pela leitura da aura. Assim sendo, uma radiância mental corretamente desenvolvida dificilmente pode ser constatada antes dos vinte e um anos de idade .
OS CHACRAS
A expansão das auras e a determinação de seus níveis de consciência com certeza caminham lado a lado com o que o Oriente costuma chamar de chacras. Cada um dos plexos, ou centros energéticos dispostos ao longo da coluna vertebral, parece estar, como indicam as evidências, ligado de maneira privilegiada a um corpo. Assim, o segundo chacra, que encarna as energias de reprodução da terra, está em estreita relação com a aura vital. Mas atenção, isso não significa que ele seja estranho aos outros corpos e radiações do ser. Muito pelo contrário, como iremos ver. Uma espécie de hierarquia costuma se estabelecer entre os diversos chacras e também entre os níveis sutis de um corpo. No entanto, chamamos a atenção para o fato de que esta classificação privilegia essencialmente um lado prático. Não se deve deduzir daí que haja uma predominância dos chacras superiores em relação aos da metade inferior da coluna vertebral. O antigo princípio da sabedoria que afirma que "assim como é em cima é embaixo" permanece mais verdadeiro do que nunca. O homem perfeito coloca em evidência um equilíbrio ideal entre as radiações de suas várias auras. Queremos dizer que ele possui saúde total e que trabalha com a mais perfeita desenvoltura, tanto no mundo da matéria quanto no do espírito. É essa harmonia que nos parece essencial descobrir e é essa busca que nos levará a ultrapassar o lado técnico desta obra.
OS DIVERSOS REINOS
Até aqui, falamos do homem e de suas auras; isso significa que ele é o único a quem esse trabalho diz respeito? Seguramente não. Se por um lado a leitura das radiâncias sutis nos induz naturalmente a privilegiar a saúde humana e as terapias a ela relacionadas, por outro é preciso se conscientizar de que tudo que há na Criação, sem exceção, é dotado de uma aura durante a sua existência. Do fragmento de rocha ao animal, passando pelo vegetal e pelos elementos básicos da natureza, tudo tem uma aura.
Isso nos leva de imediato a pensar que as noções de vida e de consciência e termos como "objeto" precisam ser urgentemente revistos em nossas civilizações. Se um "sopro, é exalado por tudo que existe na face da Terra, isso significa que um princípio de vida idêntico impregna a natureza e todos os seus habitantes e que existe também uma relação de parentesco, ainda que distante, entre o animado e o inanimado. Aliás, existe mesmo um "inanimado"? O solo que pisamos se renova constantemente por si só, ainda que uma existência humana seja muito curta para que se possa realmente ter uma percepção disso. Uma pedra semi-preciosa ou preciosa, a partir do momento em que é posta em destaque pelo olho de certas câmaras, começa a pulsar e a irradiar de forma diferente, e isso de maneira muito concreta, segundo ciclos e locais precisos.
O conhecimento da aura de cada coisa na natureza nos ensinará uma nova forma de respeito, levando ainda mais longe as noções habituais da ecologia. Ele nos ensinará principalmente a ter vontade de estender nosso campo de amor à integridade daquilo que constitui o mundo. E aqui se trata de uma tomada de consciência baseada muito mais em algumas pequenas constatações do que numa grande reflexão metafísica.
É claro que o Princípio da Vida não impregna da mesma maneira o mineral e o humano. Assim, os reinos mineral e vegetal são dotados apenas de uma aura etérica, o que significa que não têm consciência enquanto indivíduos, mas obedecem sistematicamente a um mecanismo vital, o que nos parece necessariamente lógico. O etérico de um vegetal é no entanto maior e mais rico em manifestações do que o de um mineral. Nesse sentido, os vegetais aperfeiçoaram neles a circulação primordial da vida.
E quanto aos animais? Como seria de esperar, eles possuem realmente uma aura astral, mais ou menos desenvolvida em função da espécie. Portanto, um animal é dotado de uma consciência da sua própria existência, da noção de pertencer a um grupo, ainda que esse saber instintivo não lhe permita fazer abstrações nem perceber a realidade da mesma maneira que nós. Como vimos, pelo fato de a energia astral estar relacionada às emoções, aos instintos e ao aspecto afetivo, ela os liga a um princípio tradicionalmente chamado princípio lunar. Isso nos leva a pensar que os animais têm uma imagem da vida parecida com aquela que criamos num sonho, o que, é claro, não os impede de saber realmente o que são o amor e o sofrimento.
De maneira geral, eles atendem seus impulsos e não criam para si limitações impostas pelo mental e por suas formas de lógica. Mesmo que pareça exagerado, é muito importante acrescentar que tivemos condições de observar animais começando a desenvolver um embrião de aura mental. O que significa dizer que certos animais chegam a fazer crescer neles um início de consciência individual e tornam-se cada vez mais capazes de gerar reflexões elaboradas.
Não estamos falando dos macacos, mas mais simplesmente de animais domésticos como o gato ou o cachorro, cavalos ou cabras. A presença de um amor humano não seria um fator decisivo nesse crescimento que os leva ao ponto mais alto de sua evolução? A resposta parece evidente. É necessário acrescentar que esses animais podem ser considerados como os iniciados de seu reino, já que têm acesso a um nível de consciência supra-animal.
Veremos, que o amor é de fato a chave mestra da evolução, pois permite desenferrujar as portas que dão acesso a planos de vida cada vez mais profundos. O conhecimento das auras e de seus diferentes corpos é mais um caminho para entender que o estágio atual em que o homem se encontra não representa absolutamente o ponto final da manifestação da vida. E já que hoje em dia admitimos que a Terra não é de forma alguma o centro do universo, é hora de reconhecer que seu atual locatário, também não é a jóia da evolução, mas uma simples etapa dela. Ademais, para se incutir isso com os olhos do coração, é preciso muito mais tolerância e humildade que essas linhas poderiam afirmar.
Se um simples arco-íris nos oferece o espetáculo de uma irradiação séctupla, por que iríamos nos deter na terceira ou quarta marca da escala?
O BAÇO E O FÍGADO
É imprescindível falar um pouco do baço e do fígado, pois esses dois órgãos desempenham um papel muito especial e preponderante em relação aos nossos primeiros corpos subtis, ou seja, o etérico e o astral. A observação da radiação vital coloca em destaque a hiperatividade do baço etérico. Tudo se passa como se ele desempenhasse as funções de um aspirador em relação a uma energia superior. Ele se apresenta como um plexo suplementar, urna espécie de funil pelo qual mergulha um princípio de vida que ele se apressa em redistribuir pelo organismo. Diremos que é o motor e até mesmo a fonte primordial do desenvolvimento de qualquer força etérica, o ponto de ancoragem do corpo vital no organismo denso.
Já o fígado, ou mais exatamente sua contraparte ou embrião sutil, nos interessa essencialmente no nível astral, do qual pode-se dizer que é o elemento diretor. A leitura da aura nos levará portanto, a observar particularmente seu funcionamento nesse plano. Aliás, as relações entre o fígado e as emoções são muito lógicas, como comprovam as expressões populares, como "destilar o fel" ou "ter maus fígados"'. Sabe-se também que em pessoas emotivas uma brusca contrariedade pode provocar a chamada "crise de fígado". É claro que um estudo completo e detalhado das vísceras poderia ser feito sob esse ponto de vista.
Uma questão se coloca: o que vem antes, o físico ou o sutil? Em outras palavras, a aura e os corpos dos quais ela emana são a resultante do ser material que temos diante dos nossos olhos ou o que acontece é o contrário?
A força da observação nos leva imediatamente a optar pela segunda resposta. O corpo físico pouco mais é do que o adensamento das energias impalpáveis cuja existência mencionamos. De fato, durante o seu processo de encarnação, o potencial que chamamos, o ego adensa progressivamente sua radiação; isso quer dizer que, se o compararmos a uma emissão em um certo tamanho de onda, essa mesma emissão estende sua existência por outras freqüências até transformar-se no que conhecemos no dia-a-dia. Isso nos permite entender melhor uma noção que não deveremos esquecer: a matéria pela qual apreendemos a vida é um efeito, e não uma causa. O estudo da aura nos dá, aliás, a possibilidade de ir mais longe na compreensão dessa causa... Contanto que concordemos em desempenhar o papel do apaixonado e não do instrumento da autópsia.
A MATÉRIA
Falamos das diversas freqüências de vida pelas quais o ser humano manifesta-se e trabalhamos com os conceitos de "matéria" e de sutil. Vamos nos deter por um instante nesse tema e colocar a seguinte questão: o que é a matéria? Certos cientistas dirão, é energia. Nesse sentido, estamos totalmente de acordo com eles. De fato, nossas observações nos levam a crer que não existe diferença fundamental entre o Princípio de Vida que se manifesta por meio das auras a um certo tipo de olhar e aquele que corre em nossas veias para se transformar em carne e osso. Parece evidente que se trata da mesma força, do mesmo "material, num estado de acabamento diferente, conforme o plano onde se situa. Em outras palavras, parece-nos pouco sensato opor sistematicamente corpos sutis e corpo denso ou espírito e matéria, pois, assim fazendo, alimentamos uma dualidade que se toma inconsistente a partir do momento em que escolhemos um certo caminho. Se as múltiplas auras se interpenetram, e chegam mesmo a acompanhar a natureza física, é porque não são estranhas umas às outras e cada uma é, na verdade, o prolongamento da outra, seu intermediário, enfim, até chegar a esse mundo denso. Um alquimista sabe que potencialmente existe ouro no chumbo. Incessantemente aquele que lê a aura capta o ouro de um indivíduo e tenta localizar as impurezas que fazem com que esse ouro não produza ainda um chumbo perfeito. A leitura da aura é um prelúdio à medicina da alma, e mostra que não é suficiente se basear numa manifestação para dar início a um processo de cura. Uma verdadeira transmutação da causa original da desarmonia pode ocorrer num determinado nível.
Imagine que o conjunto dos governos decida destruir a totalidade dos armamentos nucleares. Isso será evidentemente um grande benefício. No entanto, se no mesmo lapso de tempo a alma da humanidade não tentar desembaraçar-se das suas idéias de ódio, dominação e intolerância, essa gangrena sutil desencadeará de novo e de forma muito rápida o mecanismo dos impulsos guerreiros.
O ETÉRICO E OS NADIS
Vamos nos voltar agora para a radiação vital. Ela apresenta um certo número de particularidades dignas de ser mencionadas. O fato de acompanhar exatamente os contornos do corpo físico não a impede de dar às vezes a impressão de se permitirem certas fantasias. Faça, por exemplo, essa experiência: solicite à pessoa de quem você lê a aura que se mantenha imóvel durante um minuto, depois peça-lhe para se virar bruscamente de lado, agachar rapidamente, ou levantar energicamente um braço ao lado do corpo. Será no entanto preferível que você não seja avisado do momento exato desse gesto, a fim de não voltar sua atenção para ele.
Tão logo seja feito o movimento, você notará que a impressão etérica do ser observado ainda permanece em seu lugar inicial durante um ou dois segundos e depois se desloca progressivamente, "escorregando" para de novo fixar-se em torno da silhueta. Esclarecemos que não é bem o corpo etérico que se desprende aqui por um breve instante do organismo físico. O que é percebido nada mais é do que a sua marca fugaz na atmosfera. Esse estudo não tem outro objetivo senão ajudá-lo a perceber melhor a realidade e a densidade do corpo vital.
A percepção muito nítida de um "fio" saindo da massa etérica e indo juntar-se à sua contraparte material lhe mostrará que o que foi observado não se deve a um fenômeno de persistência da retina.
Vamos insistir agora na atenção muito especial que convém dar a esse invólucro sutil que é a aura etérica. O fato de ela não ser animada por nenhuma consciência verdadeira e, portanto, de servir de ligação entre o material e o imaterial faz com que muito freqüentemente a deixemos de lado. Em nossa opinião, trata-se de um erro, pois ela contém um grande número de indicações a respeito da circulação do prana no organismo. Dessa irrigação de um corpo com energia vital básica dependem em grande parte o bom funcionamento e o equilíbrio dos diversos órgãos do corpo.
Como se dá essa dinamização pelo prana? Em princípio, no plano da espessura e da densidade da aura etérica. Num primeiro momento, você deixará sua atenção ser absorvida por esse grau de estudo. Ainda que não saibamos interpretar o que é observado, vamos definir de forma geral que se um determinado ponto do corpo apresenta um reflexo etérico mais fino que no resto, isso indica uma deficiência de irrigação prânica. Existem aliás rupturas muito nítidas dessa irrigação que se manifestam por partes ocas ou buracos bem definidos na superfície dessa aura. Assim, é preciso se esforçar por deixar vir a você a percepção exata dessas rupturas, e também de eventuais intumescências ou hiperdinamizações.
Eis agora um ponto importante em relação à primeira aura o qual, felizmente, corresponde a uma manifestação muito fácil de ser captada em suas linhas gerais. Trata-se do modo empregado pelo prana para circular no corpo etérico e no seu duplo físico. Muitas leituras de aura destacam a presença de uma rede muito complexa de "veias brancas" e "vasos" de mesma natureza que percorrem o organismo em todas as direções, de forma semelhante à de uma rede de irrigação sanguínea. É por esses canais que circula a força prânica. Se é difícil ter uma visão global do corpo etérico, pelo menos e´relativamente fácil, como dissemos, captá-lo por partes. Percebe-se então que esses canais são de três tipos, de acordo com sua radiação e sua largura. Poderíamos falar em divisão? De fato, existe no nível etérico o equivalente a artérias, veias e vasos. A Tradição chama a isso de nádis. Os que podem ser percebidos com mais facilidade se manifestam em geral nas pernas e no busto. Neste último, existem
notadamente dois que partem dos ombros para se cruzar na cavidade do epigastro, como se fossem suspensórios. Isso pode ser constatado, é claro, tanto pela parte de trás quanto pela da frente. Observemos, por fim, que ao longo da coluna vertebral o nádi principal também é facilmente visível por trás. Trata-se do canal tradicionalmente chamado de Sushumna, no qual desliza, passo a passo com a evolução, a extraordinária força da Kundalini. Devemos ficar muito atentos ao aspecto dinâmico que este nádi manifesta e a eventuais interrupções em seu traçado, que começa exatamente na região do períneo e termina no topo da cabeça.
O corpo humano contém milhares de nádis. Cada vez que dois deles se cruzam, surge um ponto de dinamização no organismo. Assim, os locais de encontro dos nádis principais são os plexos ou centros de força que chamamos chacras e que têm entre suas funções regular as glândulas endócrinas.
Fala-se sempre dos sete chacras principais situados ao longo do eixo dorsal e em geral esquece-se de mencionar que existe um grande número de chacras secundários e terciários. Esses chacras, assim como o canal da Kundalini citado anteriormente, aparecerão na aura e no corpo etérico como zonas muito luminosas, não exatamente no contorno do invólucro, mas superpostas ao corpo observado. Você notará, por exemplo, para citar apenas os mais evidentes, um chacra secundário em cada punho, na face interna dos cotovelos, nas axilas, nas cavidades poplíteas (parte interna dos joelhos), nos calcanhares e geralmente em todas as juntas importantes.
Um exercício bastante útil consistirá em prolongar suas leituras do dorso do seu colaborador. Você terá assim mais chance de captar a radiação dos sete chacras principais. O sétimo, ou chacra coronário, que se eleva como uma chama num verdadeiro feixe de luz no topo da cabeça, pode ser percebido com facilidade. Mais uma vez, porém, não comece uma leitura com a intenção firme de detectar uma determinada manifestação da aura, a não ser os chacras. Esse controle sobre a leitura só surge com a prática.
Não se esqueça de estudar a aura pelo perfil. Você perceberá melhor que cada chacra se exprime por meio de um clarão mais ou menos vivo que se projeta bem além do etérico. Observe com atenção as diferenças de atividade luminosa que existem entre cada plexo e também a orientação de seus feixes; alguns são horizontais, enquanto outros se dirigem com rapidez para cima ou para baixo. Esses feixes têm forma ligeiramente cônica e lembram funis penetrando no corpo. É mais ou menos assim que eles são.
Embora seja relativamente simples captar essas radiações, é difícil aprender a lê-las com exatidão, a observar sua composição e o seu funcionamento. Limitemo-nos apenas a descrever o aspecto deles tal como uma leitura da aura nos permite entrever.
A literatura oriental com freqüência compara o chacra a um lótus, enquanto no Ocidente preferimos a associação à rosa. Poderíamos achar, à primeira vista, que essas denominações são apenas poéticas ou simbólicas. De forma alguma, pois a visão etérica de um plexo mostra o chacra semelhante a uma flor com suas pétalas. o cálice não é imóvel; gira em torno de si próprio numa velocidade mais ou menos alta, criando a impressão de "funil" a que nos referimos. No centro do turbilhão assim gerado, mergulha literalmente a força prânica, o que provoca a percepção de um "pistilo" ou de uma verdadeira coluna de luz. Existe, é claro, uma relação entre a qualidade e a quantidade dessa luz e a abertura maior ou menor das pétalas do chacra. De fato, quanto mais um chacra absorve força prânica, mais ele se abre e irradia. Portanto, a leitura do corpo num simples nível etérico servirá também para detectar o bom funcionamento dos centros de força, partindo do princípio de que cada um deles rege prioritariamente uma glândula endócrina e um certo número de órgãos ou funções vitais.
Essas primeiras observações do etérico nos ajudam a entender melhor uma coisa: não é suficiente tomar conhecimento apenas da radiação áurica em volta da silhueta material; é preciso levar em conta sua radiância sobre ela, o que é lógico se admitimos que observamos um invólucro, e não apenas um contorno. Daí a importância a ser dada às manchas e diferentes manifestações luminosas que aparecem "sobrepostas" ao corpo físico. Elas serão indícios muito claros para a detecção de problemas do organismo.
O ASTRAL
Vamos nos voltar agora para a aura astral, reflexo das emoções do ser, de sua vida afetiva, de seu temperamento e também de seu humor passageiro. Como já assinalamos, trata-se praticamente de um campo de batalha. Não devemos nos surpreender com o fato de essa aura ser pouco estável e suscetível a infinitas variações na maioria dos humanos. Enquanto a radiância etérica nos dava a sensação de uma massa elétrica bastante fixa, sua contraparte astral oferece o espetáculo de uma mutação constante. Os muitos esboços e pinturas feitos até hoje sobre o tema não são suficientes para mostrar sua realidade. A aura do corpo emocional humano não é simplesmente um sopro que vem das profundezas da consciência de seu "eu"; ela é sobretudo um conjunto de turbilhões que lembra serpentes percorrendo o corpo.
É bem provável que essa característica não apareça para você no começo do aprendizado. De fato, você será essencialmente sensível à cor básica que caracteriza qualquer aura astral. Inevitavelmente, sentirá vontade de dizer: "essa pessoa é azul, aquela é verde ou rosa ou amarela..." É bom deixar a percepção dessas cores vir até você naturalmente, da mesma forma que um perfume se insinua em suas narinas. Nas primeiras vezes, é possível que você não tenha uma visão nítida, mas que a comunicação estabelecida com seu colaborador apenas lhe sugira noções de cor. Você terá então impressões, talvez vagas, mas que não devem ser menosprezadas. Nunca é demais repetir: "alguma coisa" em você sabe e é preciso ajudar essa coisa a emergir. Atenção, porém... também não se trata de "viajar", levado pela imaginação e por manifestações de emotividade, como um entusiasmo exagerado, por exemplo.
A cor básica de uma aura astral não irá variar de um dia para o outro, ao contrário das cores secundárias relativas ao estado do momento. Uma modificação dessa aura básica só iria ocorrer depois de longos meses e, em certos casos, de muitos anos.
Antes mesmo de entrar na percepção das cores e de seus detalhes, seria difícil encorajá-lo a orientar sua atenção para a qualidade delas. Com isso, queremos dizer que é preciso primeiro considerar como essencial a amplitude de uma aura, sua força de radiação, luminosidade e transparência. Em resumo, atente principalmente para o dinamismo e a pureza da aura, antes de começar a entender o que quer que seja em detalhe. Saiba que existem auras astrais que são “ sujas" e outras que são "limpas". Saiba também que isso não sem deve obrigatoriamente à beleza da personalidade, mas também, às vezes, à saúde do corpo físico que ela exprime. Portanto, uma aura astral suave nem sempre é sinal de mediocridade... Da mesma forma, uma radiância astral dinâmica não revela necessariamente uma alma luminosa. A força ou o cansaço físico podem ser lidos também na aura emocional, e é preciso prestar atenção nesse detalhe. Isso nos mostra que a energia e a resistência de um indivíduo não decorrem apenas de seus organismos físico e etérico, mas derivam em boa parte de sua "força de caráter" ou de "alma”.
Vejamos o exemplo de um ser com ideais muito puros mas cujas ações são marcadas por uma timidez excessiva. Sua aura emocional, certamente muito pálida e retraída, será difícil de se perceber. Uma leitura desatenta dessa aura não captará nem a beleza nem as qualidades...
Apenas depois de ter exercido a habilidade de perceber um conjunto é que você deverá dar atenção às variações de luz e de cores segundo as zonas do corpo. Você verá que os ombros, os braços e às vezes a bacia costumam ter suas próprias cores e que a radiação astral em geral é percorrida por ondulações semelhantes às das ondas do mar ou ainda àquelas provocadas pela queda de uma pedra na água. São os impulsos, os diversos sentimentos do ser que constituem a origem da radiação astral.
Da mesma forma que o etérico, a radiação astral deverá ser lida de maneira atenta não apenas em tomo do corpo mas nele próprio. Zonas de atividade mais ou menos importante também irão se desenhar, indicando os órgãos afetados em maior ou menor grau pelo comportamento emocional de cuja pessoa você lê a aura.
Uma questão surge no entanto nesse estágio de nosso avanço: considerando-se que existem zonas de atividade articular no e corpo etérico e no astral, sob a forma de "manchas", como determinar quais delas são de origem puramente vital e quais são de ordem emocional? Tomemos como exemplo um caso bem comum: suponhamos que você identifique uma radiação acinzentada na região do fígado da pessoa colocada à sua frente. Inicie imediatamente uma leitura de perfil; se a radiação acinzentada não ultrapassar ou ultrapassar muito pouco o invólucro etérico, você poderá localizar com facilidade a dissonância nesse nível. Se, pelo contrário, a mancha se prolonga de forma intensa através da aura astral, suas conclusões serão bem diferentes, pois colocarão em destaque um possível distúrbio na vida interior do ser que se encontra à sua frente. Um exemplo contrário também pode ocorrer.
É provável que você tenha condições de perceber manchas na aura astral que parecem não ter ainda prolongamentos na aura etérica. Não se surpreenda com isso, mas não deixe de observar o fenômeno com atenção, pois essa é uma outra história cuja causas logo estudaremos.
O MENTAL
Já o sopro luminoso de origem mental oferece bem menos variações de ordem colorida. Também nesse caso, antes de qualquer coisa, é preciso aprender a ser sensível quanto ao seu campo de extensão e à qualidade da sua cor sempre muito uniforme. Convém estar especialmente atento ao contorno da aura mental. O que chamamos de "idéias", na verdade todas as construções de ordem mental, intelectual ou metafísica, transparece nesse nível. Com efeito, cada vez que um ser emite um pensamento, cria-se na superfície da sua aura mental uma espécie de gêiser de onde jorra imediatamente uma forma mais ou menos definida, forma esta que se desprende do conjunto dos corpos para seguir um itinerário próprio. Algumas sugerem, com muita nitidez, motivos geométricos, enquanto outras exibem contornos indefinidos e, por assim dizer, ectoplásmicos, por vezes bastante engraçados. Infelizmente, algumas chegam a ser inquietantes e lembram figuras de pesadelo. Tudo isso constitui as formas-pensamento que mencionamos anteriormente. Com empenho e uma total ausência de julgamento, você notará que algumas permanecem no conjunto do casulo áurico do indivíduo, enquanto outras o atravessam para vaguear em direção ao mundo, do lado da luz ou do lado das sombras, conforme sua polaridade original. A percepção de cores no nível da aura mental decorre da visualização dessas formas-pensamento, sendo que a tonalidade básica do mental vai do branco-creme ao amarelo exageradamente elétrico.
De passagem, vale salientar um fato curioso e por vezes engraçado. Pode acontecer que você identifique a presença muito fugaz e no entanto nítida de um rosto na zona da radiação mental de um ser. Se colocarmos de lado os fenômenos estudados pelos espíritas, transmite um pensamento claro, nítido, preciso e sustentado, a imagem trata-se igualmente de formas-pensamento. Quando o espírito humano emite um pensamento claro, nítido, preciso e sustentado, a imagem do seu suporte se instala automaticamete na aura com uma relativa densidade.
Lembramos em especial uma leitura dos corpos feita com a ajuda de um amigo. De repente, surgiu na sua radiação mental o contorno de um rosto com cabeleira e barba abundantes, os olhos aparentemente semicerrados e sofridos. Conhecendo o interesse de nosso amigo pelas questões de ordem espiritual, cogitamos imprudentemente a hipótese de que ele estaria pensando intensamente em Cristo... Nada disso! Para nossa surpresa, ele confessou que simplesmente tinha pensado com insistência numa cena triste que acabara de presenciar: a de um vagabundo, cabeludo e barbudo, sendo espancado por um de seus companheiros...
Espero que essa anedota o ajude a nunca tirar conclusões apressadas a partir de uma leitura áurica, seja qual for a aparente exatidão daquilo que percebeu.
O CAUSAL
Poucas coisas além das já citadas podem ser detectadas nas primeiras observações. Apenas o místico identificará detalhes capazes de servir ao outro. Ainda assim, essa aura está na origem de um fenômeno suficientemente freqüente e marcante para merecer uma menção. Pode ocorrer que sobre o rosto do ser que estamos observando surja rapidamente toda uma sucessão de outros rostos muito diferentes que parecem pertencer a uma outra época, outro país, outro meio social e até outro sexo. Dessa forma, não é raro que alguém simpático e jovem assuma de forma espontânea a fisionomia de um senhor ou de uma senhora idosos... Não vá pensar que se trata de uma visão do futuro! Esse tipo de imagem, que é também uma informação às vezes útil e nunca insignificante, provém do verdadeiro livro que é a aura causal. O corpo causal conserva a marca das existências anteriores. Um único "átomo" seu é suficiente para conter a memória de uma vida em seus mínimos detalhes. A percepção de rostos sucessivos que acabamos de mencionar é um pouco parecida com a leitura que fazemos dos títulos de capítulos de um livro quando damos uma olhada no índice. É claro que esse tipo de experiência pode ser impressionante, mas, ainda que mereça ser tema de uma reflexão, não deve adquirir importância excepcional. Em nossa opinião, as informações, quase sempre pouco expressivas, que ela fornece devem simplesmente ficar "reservadas".
De qualquer forma, em hipótese alguma seria possível provocar logo de início essas percepções. Fazer disso um objetivo por mera curiosidade, mesmo com fins louváveis, em nada corresponde ao ideal de trabalho que é necessário cultivar. Na busca de um certo tipo de amor, a pesquisa de sensações leva sempre a um impasse. O importante é ter em mente que aquilo que nos é dado de maneira fortuita nunca é o efeito de um acaso, e é preciso respeitar isso e agir com prudência na tentativa de interpretação.
Antes de concluir, gostaríamos de insistir num ponto em especial: não devemos esquecer que as diversas auras não estão colocadas umas sobre as outras a partir do físico. Elas interpenetram-se, da mesma forma que os corpos que lhes dão origem. Portanto, elas influenciam umas às outras. Assim, se perceber uma radiação numa camada áurica, você constatará com freqüência que ela consegue ultrapassar as radiações vizinhas e até se misturar a elas. Dessa forma, percebemos facilmente como um aspecto do ser chega a modificar outro e como, por exemplo, uma particularidade ou dissonância mental ou astral pode causar uma manifestação física no organismo.
OS NÁDIS
Como se sabe, os nádis são as vias de comunicação do prana no corpo etérico. Sua rede se situa de forma semelhante àquela que serve à circulação do sangue e àquela dos meridianos da acupuntura. O nádi primordial, que aliás aparece nitidamente na visualização, como você poderá notar, é tradicionalmente chamado de Sushumna; ele segue exatamente o desenho da medula espinhal e serve de via de passagem à famosa Kundalini dos orientais. O fato de esse canal ser muito visível na maioria dos indivíduos não significa de forma alguma, é claro, que a "energia da Serpente" está aí instalada de maneira perfeita. Somente o prana é suficiente para torná-la fosforescente. Uma das funções do prana, quando assimilado corretamente pelo conjunto dos chacras e especialmente pelo sétimo, o coronário, é estimular a energia da Kundalini na região do duplo sutil dos órgãos genitais. No quadro de uma leitura das auras, devemos estar particularmente atentos à regularidade da coluna luminosa do nádi principal. Certas situações de cansaço aparentemente insuperáveis provêm de uma irrigação insuficiente ou irregular desse canal que irradia então de maneira fraca ou interrompida, colocando em evidência uma ou mais rupturas.
De cada lado do nádi Sushumna poderá se manifestar a presença luminosa de dois grandes eixos de circulação de força, de polaridade respectivamente masculina e feminina, chamados de pingala e Ida. A visualização, bem mais delicada, dessas colunas de energia mostra que elas se cruzam de maneira regular ao longo do eixo maior, criando a imagem exata de um caduceu. Por meio de experiências, podemos constatar que uma chama trina distribui a energia de Vida num ser inteiro. As pranchas de estudo utilizadas por diversas grandes tradições que colocam em evidência nádis e chacras estão dessa forma bem longe de ser simbólicas. Também já mencionamos a presença de dois nádis principais que se cruzam no busto como um par de suspensórios. Vale notar que se um deles apresenta irregularidades, rupturas na sua luminosidade; trata-se de um sinal anunciador de problemas cardíacos ou, pelo menos, de importantes perturbações circulatórias.
Você deverá também dar atenção especial aos nádis que irrigam as pernas. Eles carregam para o conjunto do corpo uma parte não negligenciável das forças telúricas de que cada um precisa para seu próprio equilíbrio. Quando esses canais estão entrecortados de linhas acinzentadas, e se tornam dificilmente visíveis, constituem também um presságio de complicações de ordem circulatória nas pernas, ou mesmo de varizes, se essas zonas cinza se estendem amplamente ao longo dos nádis. É a intensidade dessas manchas que irá determinar o grau de proximidade da manifestação desarmoniosa. O problema será mais preocupante se os canais sutis que seguem muito fielmente as dobras da virilha parecerem bloqueados por massas escuras. Com efeito, quando esses sinais persistem, o organismo tende a se desligar de suas raízes-mães e, portanto, a se desvitalizar parcialmente. Ele se cansa com rapidez e encontra dificuldade para recarregar suas baterias. No caso, massagens na planta dos pés, nas pernas (principalmente no lado interno) e nas dobras da virilha serão muito úteis.
A irrigação correta dessa parte do corpo não deve ser relegada a um segundo plano, pois é verdade que uma boa quantidade de nossa alimentação sutil básica provém da própria terra. Uma comprovação disso é que um dos sinais do surgimento de câncer em planos não manifestados é a formação de zonas acinzentadas excessivamente grandes ao longo das panturrilhas e às vezes até nas pernas, a ponto de dar a sensação de que o ser está usando calçados escuros ou espessos colantes. No entanto, não devemos concluir que a cada vez que um sinal como esse aparece existe um câncer latente; basta apenas saber que esse estado realmente favorece a sua implantação. Vale acrescentar que é inútil tentar uma leitura de aura nas pernas se elas estiverem recobertas por um tecido colante, ainda que transparente.
A natureza de seu material cria fenômenos elétricos e magnéticos que impedem qualquer trabalho sério de visualização.
Aconteceu algumas vezes conosco observar crianças autistas ou que mostravam sinais de autismo. Pudemos notar então que esses seres possuíam uma aura mental excessivamente desenvolvida para sua idade (nas crianças ela é em geral apenas embrionária), enquanto o etérico de suas pernas parece coberto por um visgo de massas brumosas de um cinza profundo. Essa radiância escura ultrapassa, nos casos observados, o invólucro vital para se estender ao nível astral e depois ao mental. Em conseqüência, é um mecanismo de racionalização e de análise de uma situação, consciente ou não, que parece estar na origem de uma tal perturbação do ser. Um desbloqueio da situação poderia ser realizado por uma reenergização progressiva dos nádis a ela relacionados. Mesmo se o problema permanece mais internamente, é certo que um simples trabalho no etérico pode se mostrar encorajador.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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2 comentários:
Muito interessante mesmo.
Grande parte desse texto foi extraído de "O Livro dos Essênios".
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