sexta-feira, 14 de maio de 2010

TEMPLO DA RESSURREIÇÃO

SIMBOLISMO CRISTÃO-
CONSTRUINDO O TEMPLO DA RESSURREIÇÃO


Einstein dizia que a matéria é energia em estado de condensação e a energia é matéria em estado radiante.
O universo inteiro parece uma teia dinâmica de modelos inseparáveis de energia. Não somos partes separadas de um todo. Somos um todo.
Somos verdadeiramente campos de energia. Somos uma estrutura composta pelas mais variadas e complexas energias, com todas as possibilidades de evolução.
À proporção que a nossa percepção progride para frequências mais elevadas, podemos experimentar a realidade de nossos corpos, de outros planos e outros mundos, até nos identificarmos finalmente com o universo.
A experiência meditativa é a experiência de alçar a nossa consciência a uma frequência mais elevada, de modo a experenciar o todo.
O homem é uma personalidade-alma que possui um corpo físico e, outros corpos subtis. Cada corpo é uma espécie de transformador redutor de voltagem, canalizando a força da vida em graus e variedades de expressão. Cada corpo age como uma camada protectora para o seguinte. Cada corpo é um veículo de consciência que percebe uma actividade e um domínio específico de vibração, quer estejamos conscientes disto ou não.
Na realidade, cada corpo é uma versão mais dilatada do nosso eu, que carrega dentro de si as outras formas mais limitadas.
S. Paulo, já dizia:
“Não sabeis vós que sois um Templo de Deus e que o espírito de Deus habita em vós? Se alguém destrói o Templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o Templo de Deus é sagrado, e esse Templo sois vós”.
A história bíblica esconde do profano as pérolas da tradição pura.
A tradição primordial perpetuou-se por intermédio de seus santos, profetas, messias.
Os ensinamentos secretos e sagrados serviram para desenvolver em cada nação uma religião, cuja única finalidade era levar os fiéis a se unirem à sua própria divindade, sem intermediários. Para tanto, os adeptos infundiram na consciência dos homens, leis cósmicas com a ajuda de símbolos.
Uma dessas grandes leis, relaciona-se com as diferentes camadas de consciência que se desenvolveu no homem, e com o templo terrestre.
Quando se construía um templo de pedra, ele era feito segundo as normas e harmonias correspondentes a um corpo espiritual humano.
Quando o aspirante à via sacra penetra no templo, supõe penetrar simultaneamente em seu próprio corpo para meditar sobre as leis e os princípios cósmicos. Por exemplo, Akhenaton, construiu El Amarna, em forma de cruz, para respeitar a estrutura humana de um homem estendido com os braços abertos. Em Luxor, outra construção idêntica, feita nas proporções da geografia celeste (o universo) e da geografia terrestre (o homem),“um esqueleto humano traçado segundo os meios antropométricos, e construído cuidadosamente, osso por osso, foi colocado sobre o plano geral do templo”.
As catedrais também demonstram que os construtores eram iniciados, pois o conjunto corresponde às medidas que o homem pode e deve procurar em si mesmo.
“ O plano geral da catedral corresponde a um cânon preciso: duas torres, um nártex, uma trave tripla com sete janelas, sobre cujos muros se traçará mais tarde o caminho da Cruz. Depois vem o transepto, e depois a entrada propriamente dita do Santuário, sendo o resto reservado aos fiéis”.
O primeiro templo iniciático construído foi a pirâmide de Kéops, cuja finalidade era preservar e difundir o conhecimento, representando geometricamente, a divina contrapartida do homem físico.
O primeiro templo humano no ocidente, é simbolizado pela Arca de Noé, a perfeição racial.
Noé, arquétipo da perfeição racial, o gerador de uma raç
Simbolicamente, a Arca de Noé, abriga os protótipos dos quatro reinos da criação (mineral, vegetal, animal, e homem).
A Arca de Noé, também é um tabernáculo que encerra os grãos de nossa raça atual. A arca contém as diferentes sementes de uma evolução completa, incluindo sementes crísticas para o futuro novo Adão. Representa a nova expressão da humanidade.
Representa o CORPO ETÉRICO.

A Arca da Aliança, representa o homem de desejo e a humanidade no estado de exílio.
Representa o CORPO ASTRAL ou EMOCIONAL

Quando o homem de desejo se tornou um aspirante à sabedoria, e depois um discípulo, o objectivo era tornar-se “um construtor do templo”. Porém, os construtores de templos serão sempre constituídos por dois grupos:

1- os dos templos de pedra;
2- os dos templos espirituais.

A tarefa sublime e imediata dos discípulos do mundo é a de construir uma morada permanente para abrigar a glória do espírito, ou seja, o CORPO DA ALMA, o TEMPLO DE SALOMÃO, para onde foi levada a Arca da Aliança.
O verdadeiro templo já não seria de pedra, mas de elementos puros a que chamamos de virtudes, e que estavam encarnados no mestre Jesus. Assim, de templo em templo a realização espiritual cumpre a sua obra construtiva e regeneradora até chegar á perfeição cósmica, a visão celeste de Ezequiel, o templo de fogo divino que é a prerrogativa de todos aqueles que atingem a perfeição de um “Cristo” ou de um “Buda”, porque o TEMPLO DE EZEQUIEL nada mais é do que “A casa do Pai”, é o manto puro do espírito puro .

Progressão dos Templos

1- Adão Cadmo – A humanidade andrógina, o espírito puro. É o arquétipo original, divino, e é filho do mental.
O primeiro Adão foi o resultado da descida do espírito na matéria, alma vivente.
2- O segundo Adão é o resultado de uma ascensão, de uma reintegração, espírito vivificante.

a-A Arca de Noé – O conservador; o gerador; o corpo etérico humano no qual se desenvolvem as sementes da qualidade divina.
Noé é aquele que inaugura a 5ª raça (a nossa), polarizada no aspecto mental.

b-A Arca da Aliança – O homem encarnado na matéria por meio do instinto e da emoção (estado da humanidade em geral, gemendo e chorando, agitando-se na tempestade das suas paixões tumultuosas).
Construída por Moisés, tornou-se o emblema da faculdade geradora da mulher. A Arca da Aliança representa a “Escola de Mistérios” e é a depositária de todos os mandamentos.
Moisés é o Noé moderno e foi ele quem edificou o Tabernáculo. Moisés é escolhido para realizar a grande purificação do corpo de desejo e transmutá-lo em desejo de iluminação. Quem instruiu Moisés teria sido Metraton.
Representa o Corpo Emocional.

c-O Templo de Salomão – a Arca corresponde ao pensamento concreto (o intelecto), ligado à natureza humana.
O Templo corresponde ao pensamento abstracto (intuição). É neste templo que deve ser construído um vínculo entre as duas formas de pensamento, para que a personalidade possa fundir-se com a alma.
Representa o Corpo Mental.
Para muitos, Jeová é o chefe de uma grande hierarquia lunar, da qual o anjo Gabriel seria o representante na terra. É, ele, aliás, quem anuncia os grandes nascimentos.
A influência lunar está prestes a desaparecer, doravante é o Anjo Solar do homem que predominará. A partir deste momento o Corpo da Alma, ou Corpo Causal, está formado.
O Templo de Salomão representa o trabalho que deve empreender um alto iniciado. Este Templo será construído de materiais não mais emocionais, mas mentais, porque é pelo mental perfeitamente purificado, controlado e iluminado que as forças da alma, o CRISTO, pode descer na personalidade.

d-Comunidade da Nova Aliança – o nascimento de Jesus, a aliança do homem com o filho de DEUS. Josué e Jesus. A aliança Pai/Filho. O Princípio Crístico, a Alma, o Eu Superior. “Eu Sou o que Eu Sou”
A Transfiguração. Josué é transfigurado para tornar-se o receptáculo do Cristo, o germe do Cristo Solar desenvolve-se no corpo de Josué, semente divina que no decorrer do tempo, vai construir um templo humano cuja pureza será tal que ali se encarnará o próprio VERBO.
Representa o Corpo Causal.

e-O Templo de Ezequiel – A Mônada. O espírito puro que se reintegrou definitivamente à casa do Pai; A volta do filho pródigo.
É um estado ideal de consciência divina, absorvido na consciência da alma universal. “Eu e Meu Pai somos UM”
“Eu Sou o Eu Sou
Se eu dissesse aqui, neste momento, que a nossa personalidade aparenta ser algo que não é verdadeiramente aquilo que somos. Que o nosso corpo físico certamente também não é o que aparenta ser, concordariam? Talvez sim, talvez não!
Possivelmente estarão se perguntando: Então, quem somos nós? De onde vem toda esta vida que nos anima? Ou ainda...
Quem SOU EU?
Na Bíblia, temos uma passagem interessante, onde o iniciado Moisés comenta: - O nome de Deus é Eu Sou o que Eu Sou. E o que vem a ser esse Eu Sou o que Eu Sou?
Vem a ser a presença individualizada de DEUS, concentrada na minha alma individual, que consiste na presença do Eu Sou, rodeada pelas esferas ou anéis coloridos de Luz que compõem o Corpo Causal.
Estas esferas coloridas, na verdade são as “muitas moradas na casa do Pai”, onde estabelecemos para nós “tesouros nos céus”, ou seja, nossas palavras e nossas obras dignas do Criador; pensamentos e sentimentos positivos, bem como nossas vitórias e virtudes...

Posso dizer também que Sou o Santo Cristo Pessoal, ou Real, ou ainda a Consciencia Crística, também conhecido como Corpo Mental Superior, ou o Eu Superior.
Jesus de Nazaré, se tornou Jesus, o Cristo, ao fundir-se com o sétimo plano de consciência. Unindo assim o EU superior ao EU físico.
O Corpo Mental Superior, se revela nos nossos pensamentos de paz fraternidade, etc.
Aqui podemos nos tornar um ser totalmente diferente, qualitativamente diferente, e neste nível unirmo-nos à mente de Cristo, que é verdadeiramente a inteligência do coração.
Aqui é o domínio da intuição. Nossas acções e decisões serão na base da compaixão, do amor, da compreensão e do perdão.
Será somente através do Chackra Cardíaco que nos ligaremos ao Espírito, que nas tradições esotéricas era visto como o Sagrado Coração ou seja, a residência do Fogo Sagrado, ou ainda, o lar da Centelha Divina.
No seio do Sagrado Coração, residem todos os poderes da Divindade e todas as faculdades da Luz.
Veja bem, Eu Sou, aqui na encarnação física, o que Eu Sou lá em cima, na substância Luz.
Por isso, necessitamos urgentemente fazer uma reprogramação da maneira de pensar, sentir e agir. Somente assim nos distanciaremos de nossa mortalidade e nos tornaremos imortais.
Por isso já podemos entender Jesus, quando disse: “Eu Sou a Ressurreição e a Vida!”
A partir desse momento, o Corpo da Alma, ou o Corpo de Luz, está formado, e o Templo está concluído.
Esta iniciação é a coroação de todas as mortes e de todas as renúncias àquilo que provinha da personalidade inferior. É a última iniciação, pois ela significa a destruição total da personalidade-alma.
Durante milénios, a alma foi personalizada. Agora, porém, ela deve desaparecer, sacrificar-se voluntariamente, morrer para sempre. A alma se despersonaliza e permite assim a união entre o homem e sua mônada.
Várias encarnações deverão se suceder antes que a personalidade se torne bastante pura para permitir o “germe” do Cristos-criança formar-se no seio do Divino Cálice.
O Templo de Salomão é, pois, o corpo da alma do iniciado.
A alma deverá voluntariamente renunciar à existência pessoal. O filho deve elevar-se ao Trono do Pai, e como Filho Pródigo, reintegrar-se na morada paterna.
Assim despersonalizada, unem-se Homem e Mônada.“Que seja feita a tua vontade, e não a minha.”
Assim reintegrado à Casa do Pai, a Imortalidade é conquistada para sempre.
O homem tornou-se um Ser Divino, para sempre Imortal em seu CORPO GLORIOSO.
Este ovo áurico é um verdadeiro corpo, que no homem avançado é composto das mais radiosas cores. Este hábito de glória celeste que teceu o Adepto, possui também um chacra de nove pétalas, e é composto de três círculos. A coroa exterior corresponde á inteligência do Espírito Santo; a coroa do meio relaciona-se com o Amor da Alma, o Cristos , e o lótus interno, o elemento Mônada de reintegração, a Vontade do Pai.
Por ocasião desta última e suprema iniciação, as pétalas que cercam a Mônada abrem-se. A Mônada interna explode, sob o efeito do fogo eléctrico do Logos Solar, acarretando a desintegração do corpo físico. As pétalas dos outros centros psíquicos são destruídas da mesma forma, por esta terrível força de reintegração no Fogo do Pai, e as vidas angélicas que constituem sua essência e sua substância, são reabsorvidas no Coração do Sol, de onde elas serão novamente exteriorizadas em um próximo Sistema Solar.
O Corpo denso, também sofre uma desintegração semelhante e desaparece para sempre, retornando as partículas ao grande reservatório da natureza.
Doravante viverão no Corpo Glorioso, ou ovo áurico, que pacientemente construíram. Este corpo, pela vontade do adepto, densifica-se e torna-se tão tangível como um corpo físico normal, vide Jesus na Ressurreição.
O Templo espiritual perfeito, comentado pelo profeta Ezequiel é ainda uma visão do futuro, tão raros são aqueles que, como Cristo ou Buda, tiveram o privilégio de construí-lo em si mesmos.
Este último Templo é o derradeiro véu, além do qual toda consciência do si desaparece no fogo da reintegração final. O fogo da Mônada, é o centro supremo onde reside a divindade para a qual se dirigem os nossos esforços. Esse estado de realização se chama Nirvana ou Paz Profunda dos Rosacruzes.
Mais uma vez, estaremos nos perguntando: Como poderei elevar-me ao divino auto-despertar e à Ressurreição, quando nascido pela primeira vez como ser humano, no degrau mais baixo da imensa Escada de Jacó da Consciencia, estou ainda inadvertido de minha própria meta e de minha própria capacidade de atingi-la?
Como poderei ascensionar desse estado?
Veja como Moisés explica essa Ascensão no Velho Testamento: “Deus cria em cada dia, em todos os níveis de consciencia com as vibrações pertinentes a cada nivel, mas, no sétimo nível de consciencia, mas, no sétimo dia ele não cria, mas descansa em si mesmo.”
Vejamos, somente no estado de êxtase, como pura consciência, podemos experimentar isto, ou seja, podemos experimentar Deus, como Eu Sou o Que Eu Sou! Somente assim, poderemos repousar em Deus, sermos conscientes em Deus e, sermos o próprio Deus.
Veja, somos como as gotas de água que estão no mar e que são o próprio mar. Este é o nível máximo de consciência já alcançado. Aqui, Homem e Criador cessam de encarar-se como entidades distintas e, o ser humano se torna Um com Deus, é a Consciencia Monádica.
São os Homens/Deuses, que podem afirmar: “Eu e Meu Pai Somos Um!”.
Nossa essência é Luz. Ela existe fora do tempo, do espaço, fora da encarnação física. Então, posso afirmar que Eu Sou o que é, o que foi, e o que sempre será, Luz.
Essa essência é a fonte da própria vida. É o Deus indivisual e singular que existe dentre de cada um de nós. Ela é a fonte, a partir da qual brota toda a encarnação.
Se a Luz emerge, temos saúde. Se a Luz é bloqueada, temos inúmeras doenças.
A essência é o que você tem sido ao longo de toda esta vida, Luz.
Ela é o que você terá antes desta vida, Luz.
Ela é o que você vai continuar a ser depois desta vida, Luz.
Então é melhor começar desde já uma prática constante e desenvolver correctamente os nossos centros cerebrais, ainda bastante subdesenvolvidos. Poderemos, a partir daqui, levar depois para a próxima encarnação um corpo e um sistema nervoso muito mais evoluídos para adaptações e, assim desenvolvê-lo até atingirmos os limites de suas potencialidades.
Não devemos esperar atingirmos o nível de Homem/Deus plenamente consciente e espiritualizado a curto prazo. Porém, nenhum limite humano pode ser previsto para esta “potencialidade”.
Somente os que trazem em si, de encarnações anteriores, um sistema nervoso com força necessária para suportar o ciclo derradeiro da tensão progressiva crescente, sem se despedaçar sob o esforço, alcançam esta meta em apenas uma vida.
A resistência do sistema nervoso tem limites.
Aqueles que alcançaram a completa conscientização do ser, que alcançaram a consciência universal, foram e ainda são, muito raros na Terra, e no entanto, este é o nosso verdadeiro propósito, o propósito de toda a nossa vida, de todas as nossas encarnações; alcançar a consciencia plena, o estado monístico, o Eu Sou o que Eu Sou!
A chave é e será sempre a vibratória.

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